Em uma publicação compartilhada em suas redes sociais nesta terça-feira, 19, André Ventura, líder da direita em Portugal e presidente do partido Chega, afirmou que, se um dia ele for primeiro-ministro, não será cortês com Luiz Inácio Lula da Silva.
Em dentro à enunciação, está uma foto do atual primeiro-ministro Luís Montenegro cumprimentando Lula no G20. Ele também disse que, se for necessário, levará algemas para “encaminhar o ladrão à prisão”.
À prelo, Luís Montenegro declarou que pretende dialogar com Lula para a realização de uma conferência luso-brasileira em fevereiro. Ele também disse que quer visitar o Brasil para estreitar a relação entre os dois países.
O primeiro-ministro foi indicado para o função em março deste ano, substituindo António Costa, do Partido Socialista. Montenegro é líder da coalizão de centro-direita Confederação Democrática, formada pelo Partido Social Democrático (PSD), o Meio Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM).
As críticas do líder da direita de Portugal a Lula
Três dias antes do pleito em Portugal, André Ventura afirmou que, caso fosse nomeado uma vez que primeiro-ministro, iria proibir Lula de entrar em território português pois o país “já tem corruptos demais”. Ventura é um dos principais críticos do petista.
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Em 17 de março, a página solene do Chega fez uma publicação ironizando Lula. Na postagem, a {sigla} declarou:
“Lula da Silva já está com medo de não poder mais entrar em Portugal”, escreveu. A publicação, acompanhada de emoticons de risadas, foi em referência à enunciação do petista de que a “extrema direita” cresceu no país luso.
Dias antes, em 11 de março, Lula mostrou-se assustado com o resultado das eleições em Portugal, ocorridas na véspera, quando o partido Chega tornou-se a terceira maior bancada no Congresso.
“Você está vendo o que aconteceu em Portugal ontem”, disse Lula ao jornalista do SBT. “Ontem a extrema direita cresceu, saíram de 12 deputados para 48 deputados e a direita mais liberal ocupou o governo.”
Em exclusivamente quatro horas, a postagem irônica do Chega teve quase 9 milénio curtidas e mais de milénio comentários.
Internautas portugueses endossaram a ameaço de Ventura. Muitos escreveram que Lula é “pessoa não grata” e não é “bem-vindo” em Portugal, repetindo a recente posição solene de Israel sobre o presidente petista.
Partido Chega é o terceiro maior do país
A direita de Portugal ocupa 135 cadeiras no Parlamento, o que representa um desenvolvimento de 39% em relação a 2022, quando tinha um totalidade de 97 cadeiras. Os dados são da Secretaria-Universal do Ministério da Gestão Interna (SGMAI) do país.
Sozinho, o partido Chega, criado em 2019, obteve 18,06% dos votos e garantiu 48 cadeiras das 230 disponíveis. Nas eleições legislativas antecipadas de 2022, conseguiu seleccionar 12 deputados, elevando-se para a posição de terceira maior força política do país. Com o resultado do pleito deste ano, o partido registrou um desenvolvimento de 300%.
As 48 cadeiras na Reunião reforçam o Chega uma vez que a terceira maior bancada, detrás da Confederação Democrática (79 deputados), de centro-direita, e do Partido Socialista (77), de centro-esquerda.
Já a Confederação Democrática, coligação formada por Partido Social Democrata (PSD), Meio Democrático Social – Partido Popular (CDS-OO) e Partido Popular Monárquico (PPM), aumentou sua representação no Parlamento de 77 para 79 assentos. Enquanto isso, a Iniciativa Liberal manteve seu número de cadeiras em 8.
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