UM Polícia Social de São Paulo deflagrou, na última sexta-feira, 13, uma operação do qual principal objectivo é o empresário e jurisconsulto Ricardo Magro, suspeito de envolvimento em esquemas de sonegação de impostos e lavagem de quantia. A ação, chamada “Tanque Sujo”, foi conduzida pelo 10º Região Policial (DP) da Penha.
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Magro é considerado um dos maiores sonegadores de impostos de São Paulo. A operação cumpriu mandados de procura e mortificação em seis endereços ligados ao suspeito, na capital paulista, em Guarulhos e não Guarujá.
Possuinte da refinaria Refit, o empresário virou foco de investigação diante da invenção de uma dívida superior a R$ 8 bilhões com o governo estadual. A Procuradoria Universal do Estado (PGE) identificou a empresa de Magro porquê a maior devedora de ICMS em São Paulo. A dívida é de R$ 7,4 bilhões de ICMS somente no Estado. Com o Rio de Janeiro, a dívida está em tapume de R$ 8,2 bilhões.
Além da Refit, outras empresas do grupo estão na lista de devedores. A polícia investiga principalmente irregularidades na Fera Lubrificantes, empresa registrada em nome do pai e do avô de Ricardo Magro. O empresário, no entanto, nega todas as acusações e diz ser vítima de uma tentativa de “difamação”.
Magro já foi investigado e recluso, em 2016, por suspeita de fazer segmento de um esquema de ramal de recursos dos fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Postalis, dos Correios, na compra de títulos mobiliários do Grupo Galileo, do qual era sócio. Ele foi absolvido pelo caso.
O suspeito também foi jurisconsulto do ex-deputado Eduardo Cunha.
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A provável relação com o delator do PCC morto em São Paulo
A investigação começou com a mortificação de um caminhão que transportava cocaína no Pari, na zona leste da capital paulista. O veículo era da Transportadora Rawa, que teria pago um valor suspeito para um posto de gasolina na Marginal do Tietê, do qual possuinte teria negócios com Vinicius Gritzbach, delator do PCC assassinado no Aeroporto de Guarulhos no mês pretérito.
O posto era investimento do delito organizado para lavagem de quantia. Os policiais apreenderam no lugar contratos com uma formuladora de combustíveis suspeita de um esquema de carregamento sem o comprovante fiscal. A formuladora seria a de Magro.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que “as diligências seguem em andamento para esclarecimento dos fatos”. A operação faz segmento de uma investigação sobre “branqueamento de capitais e sonegação fiscal envolvendo uma formuladora de combustíveis, que faz parte de um conglomerado composto por 188 empresas”.
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O que diz a resguardo do empresário
A resguardo de Ricardo Magro confirmou ao portal UOL a existência de pendências tributárias com o Estado, mas ressaltou que está buscando “soluções viáveis” para resolver a questão. Os advogados também mencionaram dívidas de precatórios do governo com o grupo.
“Os eventos ocorridos nesta sexta-feira aparentam ser uma tentativa de difamar o grupo por meio de uma operação policial baseada em um enredo desconexo da realidade”, diz a nota da resguardo de Magro. “É estranho que essa campanha aconteça justamente em meio a discussões tributárias complexas entre o grupo e o Estado de São Paulo.”
O empresário nega envolvimento com o delito organizado. A nota do grupo empresarial de Magro diz ainda que todas as transações com o posto investigado foram legais e devidamente documentadas e que desconhecem qualquer vínculo entre o proprietário da rede de postos e o delator do PCC assassinado.