Leste teor é sobre um indumento que ainda está sendo delicado pela redação. Logo teremos mais informações.
A CCR arrematou nesta quinta-feira (12) o terceiro lote das rodovias do Paraná depois oferecer um desconto de 26,6% sobre a tarifa básica do pedágio. O leilão foi realizado pela Escritório Pátrio de Transportes Terrestres (ANTT) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e contou com outras três concorrentes: EPR, Grupo Pátria e 4UM/Opportunity.
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A empresa, que foi a concessionária de secção das estradas contidas nesse lote no vetusto Argola de Integração, ficará responsável por 569 quilômetros da malha setentrião, que contempla as rodovias BR-376, BR-369, BR-373, PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090, que ligam a região setentrião do estado paranaense aos Campos Gerais. O contrato terá duração de 30 anos e os investimentos previstos em obras e serviços de conservação devem chegar a R$ 16 bilhões.
Pelo cronograma da ANTT, a assinatura do contrato com a vencedora do lote 3 deve ocorrer até 2 de fevereiro de 2025. Depois disso a concessionária começa a organizar o início das atividades. Ainda não há uma data definida para o início da cobrança da tarifa de pedágio nas sete praças — duas delas novas —, mas levando-se em conta os dois primeiros lotes leiloados, isso pode ocorrer em março de 2025.
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), vibrou a cada proposta apresentada, mormente nos lances de viva-voz, muito em razão do leilão do segundo lote, em agosto de 2023, que teve unicamente um concorrente e o desconto ficou em 0,08% sobre a tarifa básica — na ocasião a EPR arrematou o lote.
Segundo o governador, as concessões das rodovias eram o “maior problema que o paranaense queria ver consertado” e que o governo do estado trabalhou incansavelmente para buscar uma “modelagem moderna, com preço justo e muita obra”. Ratinho aproveitou para cumprimentar a vencedora, velha conhecida no estado. “É uma empresa que conhece muito bem o Paraná. É um motivo de alegria ter novamente vocês como prestadores de serviços”, disse.
O CEO da CCR Rodovias, Eduardo Camargo, afirmou que é uma “alegria voltar para o estado do Paraná” no setor de rodovias, visto que a empresa agora está adiante do Conjunto Sul dos aeroportos, incluindo quatro terminais no estado: Afonso Pena, Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina. “E vamos voltar ao Paraná em rodovias com a qualidade que a CCR gosta de fazer”, afirmou. A CCR, por meio da RodoNorte, administrou as mesmas rodovias que estão no lote leiloado nesta quinta na B3.
Contorno de Ponta Grossa está previsto no lote 3 das rodovias do Paraná
De acordo com o edital do lote 3, a nova concessionária terá de duplicar 32,58 quilômetros de estradas, divididos em quatro segmentos. Um deles finaliza a duplicação da Rodovia do Café (BR-376), que liga o Norte do Paraná até Ponta Grossa.
Outro trecho, entre Cambé e Sertaneja, ligará Londrina ao estado de São Paulo pela PR-445 e PR-323 em pistas duplas. As duplicações deverão ser entregues a partir do quarto ano de contrato e finalizadas dois anos depois.
A maior obra do terceiro lote é o Contorno de Ponta Grossa. Uma demanda antiga do setor produtivo, ele deveria ter sido construído pela própria CCR na concessão anterior, mas aditivos contratuais — considerados posteriormente irregulares —, retiraram a obrigação da obra.
Com 42,35 quilômetros de extensão, o contorno deve desafogar o trânsito na área urbana da cidade dos Campos Gerais e melhorar a fluidez de quem passa pela região, agilizando a ligação entre o Norte do estado com Curitiba e litoral. A previsão é de que a obra seja entregue até o sexto ano da concessão.
Outros dois contornos estão previstos nesse lote. O Contorno Leste de Apucarana, com 14 quilômetros de extensão, também desviará o trânsito da área urbana, bem como o Contorno de Califórnia, com 5,46 quilômetros, passando paralelamente à cidade.
As rodovias do lote 3 ainda receberão faixas adicionadas, vias marginais e ciclovias. Duas áreas de escape serão construídas e um trecho da Serra do Cadeado terá iluminação. No total, estão previstas oito passagens de fauna.
A empresa vencedora terá a obrigação de edificar dois pontos de paragem e sota, um na BR-376 e outro na PR-323, além de montar 13 bases de serviços operacionais — duas delas existentes da licença anterior. Essas bases serão equipadas com sete guinchos leves, quatro guinchos pesados, oito ambulâncias tipo C e quatro ambulâncias tipo D, equipadas para atendimento e transporte de pacientes de cimalha risco.