O turista que descer para o litoral do Paraná neste verão deverá encontrar a rodovia BR-277 muito dissemelhante daquela estrada das duas últimas temporadas, marcadas pela presença de buracos, sinalização insuficiente e serviços de assistência praticamente inexistentes. Essa é a promessa da empresa EPR Litoral Pioneiro, que assumiu a licença no término de fevereiro deste ano.
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Entre a liberação das praças de pedágio, em novembro de 2021, e a retomada da governo pela iniciativa privada, passaram-se 823 dias. Nesse período, a responsabilidade pela manutenção da estrada ficou com o governo do Paraná, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) — já no primeiro mês posteriormente o término da licença anterior, os buracos no pavimento passaram a fazer secção do dia a dia dos motoristas.
Segundo a EPR Litoral Pioneiro, foram investidos mais de R$ 200 milhões nos primeiros meses, valor que contempla a BR-277 e outros trechos sob licença do lote 2 das novas concessões de rodovias do Paraná — são 605 quilômetros de rodovias com trechos também nas BR-153, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855. Pelo contrato, a empresa tem 12 meses para entregar as primeiras intervenções.
Além da operação tapa-buraco, a EPR Litoral Pioneiro colocou porquê prioridade a recuperação da malha asfáltica entre os quilômetros 44 e 60 na subida da Serra do Mar. Esse serviço foi concluído em outubro e foi seguido do mesmo trabalho no sentido litoral. O trecho entre Paranaguá e o início da Serra do Mar também recebeu melhorias, de convenção com a empresa, muito porquê as avenidas Bento Rocha e Ayrton Senna, no perímetro urbano de Paranaguá.
“O usuário vai notar as diferenças e a presença da concessionária. Não vai mais ver buraco”, afirmou à Jornal do Povo o diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira. “Estamos trabalhando para entregar a primeira parte de forma antecipada, intensificando frentes de trabalho, para tudo estar pronto até o período de festas”, acrescentou.
Deslizamento na rodovia pressiona EPR na descida para o litoral do Paraná
Para satisfazer com o cronograma para a temporada de verão, a EPR Litoral Pioneiro terá de passar para resolver a interdição de uma tira da pista, no quilômetro 43 da rodovia para o litoral, que foi afetada por um deslizamento de pedras no dia 25 de novembro. Neste trecho, somente a tira da esquerda está liberada para o tráfico.
De convenção com a concessionária, está sendo instalada uma estrutura de contenção metálica para solucionar o problema. A previsão é de que as adequações sejam entregues antes do dia 20 de dezembro, quando começa o maior fluxo de veículos no sentido litoral.
O diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro reconhece que os deslizamentos na Serra do Mar podem se tornar um problema, principalmente nos períodos de chuvas mais intensas. “É um problema originário da rodovia”, disse. “O que estamos fazendo é aumentar o monitoramento meteorológico para aumentar a previsibilidade desses eventos”, completou. A empresa instalou, em parceria com o Simepar, 12 estações meteorológicas ao longo da Serra do Mar porquê forma de se antecipar a possíveis deslizamentos.
Trabalho de recuperação abre caminho para grandes obras
Além da BR-277, a EPR Litoral Pioneiro é responsável por rodovias no Paraná que cortam os Campos Gerais e o Setentrião Pioneiro. Da mesma forma que a rodovia para o litoral do estado, a empresa pretende entregar o primeiro pacote de intervenções até o dia 20 de dezembro, com destaque para trechos da BR-153, PR-092 e PR-151. Nesses pontos, a companhia executa a substituição do pavimento e a recomposição da sinalização nivelado e vertical.
Na BR-369, entre Jacarezinho e Cornélio Procópio, os serviços já foram finalizados, e na BR-153, entre Jacarezinho e Santo Antônio da Platina, tapume de 70% das obras foram concluídas. Ou por outra, nas PRs 151 e 092 – esta última nunca havia sido concedida – metade dos trechos foi renovado.
“Vamos entrar no segundo ano da concessão com a recuperação pronta e preparando para as grandes obras a partir do terceiro ano, incluindo duplicação e novas faixas adicionais, como constam no contrato”, apontou Moreira. “Os órgãos ambientais estão sendo ágeis e estamos no cronograma”, acrescentou.
A estimativa é de que, nos 30 anos de licença, a EPR Litoral Pioneiro invista R$ 10,8 bilhões em obras e R$ 6,5 bilhões em conservação e serviço ao usuário. Entre as principais obras estão as duplicações em vários trechos concedidos, totalizando 350 quilômetros, e instalação de 138 quilômetros de faixas adicionais. Essas obras devem ser entregues a partir do terceiro ano do contrato, no supremo até o sétimo para alguns pontos.
Para complementar as obras de pavimento, serão construídos 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas – estruturas que permitem o deslocamento de animais silvestres sem o risco de atropelamento.