Ok. Malas prontas. Crianças no táxi. Documentos de viagem, vistos, passaportes e passagens, ok. Contas pagas. Aviso à Receita Federalista. Cartões de crédito cancelados. Hm… Alguns reais na poupança para mantê-la ocasião. Patrimônio convertido em euro, Ok. Partiu Finlândia. Você não precisa morar no país mais feliz do mundo, consumir músculos de rena e trabalhar na fantástica fábrica do bom velhinho para que os seus filhos tenham contato com os princípios do ensino domiciliar fora de lar. Ele pode estar mais próximo do que você imagina.
Nesta semana, estive desenvolvendo algumas atividades extracurriculares de inglês para alguém peculiar que, depois dos cinquenta, decidiu deixar de passar sufoco em viagens internacionais. Se você leu meu cláusula anterior, sabe, ao menos em dois idiomas, o nome desta prática.
O afterschooling praticado por Toru Kumon, por mim e por você não difere do homeschooling praticado por mais de 35 milénio mães brasileiras, dentre elas professoras, advogadas, pesquisadoras e escritoras
O cursinho tem um sistema de ensino interessante. Ele dispensa o ensino tradicional, no qual, abre-se margem para que um ou outro aluno fique para trás, seja por timidez, seja por pânico de errar, seja por não conseguir seguir o ritmo da turma. Em vez disso, adota um método de autodesenvolvimento e conta com um orientador que auxilia cada aluno na sotaque e nas dificuldades que eventualmente surgirem com as atividades.
Quando soube disso, ao escutar as impressões do primeiro dia de lição, lembrei de um pai educador. Em risca reta geográfica, a 17.370 quilômetros do nosso país e há exatos 70 anos, uma petiz japonesa estava com um desempenho a desejar em matemática. Você já deve ter ouvido inúmeras vezes aquele ditado: lar de ferreiro, espeto de pau. O pai de Takeshi era professor de matemática.
Para melhorar o desempenho escolar do fruto, Toru elaborou alguns exercícios autoinstrutivos. O objetivo era torná-lo consciente do domínio de um teor antes de progredir para o próximo. Nascente é um dos princípios universais do homeschool: assimilação do teor.
Mais que isso, o método criado por Toru tinha uma vez que objetivo desenvolver em Takeshi o hábito do estudo, o libido pelo aperfeiçoamento, o autodidatismo. Outro princípio do ensino domiciliar. A satisfação em resolver os problemas matemáticos e progredir no teor geravam nele autoconfiança. O desempenho fenomenal do fruto na escola despertou em Toru o interesse de impor o método com outras crianças. Assim, no ano seguinte, em 1955, foi fundado o primeiro núcleo de Kumon de matemática em Osaka, no Japão.
Hoje, o Kumon está presente em mais de 60 países, assim uma vez que o ensino domiciliar, reunindo mais de 3,5 milhões de estudantes ao volta do mundo, contando com mais de 175 milénio no Brasil. O afterschooling praticado por Toru Kumon, por mim e por você não difere do homeschooling praticado por mais de 35 milénio mães brasileiras, dentre elas professoras, advogadas, pesquisadoras e escritoras.
Que possamos comemorar, neste septuagésimo ano de natalício da primeira turma do senhor Kumon, todos os pais que participam ativamente do ensino dos filhos, seja parcialmente, seja integralmente. Toru Kumon, que Deus o tenha.
Isadora Palanca é escritora, ghostwriter e mediadora de conflitos extrajudiciais, com formação em Recta e especialização em Recta e Processo Social. É autora dos livros “Ensino domiciliar na política e no direito” e “Regulamentações do ensino domiciliar no mundo”, e procura famílias que pratiquem o homeschooling fora do Brasil para o próximo livro.