O primeiro-ministro Justin Trudeau assumiu o governo do Canadá em 2015, com a promessa de mudanças e “caminhos ensolarados” para o país. Quase uma dez depois, uma nuvem sombria paira sobre sua governo.
Cada vez mais impopular, Trudeau sofreu com a repúdio de Chrystia Freeland, ministra das Finanças, na última terça-feira, 17. Ambos divergiram sobre uma vez que mourejar com as ameaças tarifárias do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Freeland, considerada há tempos uma vez que uma potencial sucessora de Trudeau no governo canadense, declarou em sua missiva de repúdio que ela e o primeiro-ministro estavam “em desacordo sobre o melhor caminho para o Canadá”.
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Ela e Trudeau discordaram sobre uma isenção de imposto temporária e um subvenção de 250 dólares canadenses para a maioria dos trabalhadores, as quais Freeland chamou de “truque político caro”.
Em novembro deste ano, Trunfo disse que imporia uma taxa de 25% sobre todos os produtos que entrassem no país vindos do Canadá e do México, tarifa que prejudicaria significativamente a economia canadense. O país envia murado de 75% de suas exportações totais para os EUA.
“As coisas que vendemos para os Estados Unidos são as coisas de que eles realmente precisam”, disse Freeland, depois do proclamação de Trump. “Vendemos petróleo, vendemos eletricidade, vendemos minerais e metais críticos.”
Segurança política do Canadá sob ameaço
A saída abrupta chocou os canadenses e ameaçou desestabilizar ainda mais o governo de um país divulgado por sua firmeza e aumentou a pressão para que Trudeau renuncie ao missão.
Embora tenha vencido as eleições gerais em 2019 e 2021, sua popularidade tem tombado sempre por pretexto de escândalos políticos, promessas não cumpridas e questões econômicas.
Sua derrocada se solidificou nos últimos meses, quando o Partido Liberal perdeu cadeiras em eleições suplementares e levou integrantes de seu partido a pedirem que ele se retire. Em sinal simples de sua impopularidade, mais canadenses enxergam Trump de forma mais positiva do que Trudeau — 26% a 23%, respectivamente.
Em tom de gracejo, Trump brincou que seria uma “ótima ideia” o Canadá se tornar o 51º Estado dos EUA. “Eles economizariam muito com impostos e proteção militar”, ironizou. Uma pesquisa do Instituto Leger mostra que 13% dos canadenses apoiam a decisão.
O presidente eleito sugeriu que a fusão das nações resolveria suas preocupações com o tráfico de fentanil e reduziria o fluxo de transmigração proibido. Durante o glosa, Trump chamou Trudeau de “governador” do Canadá.
O progressismo do governo foi um dos fatores que derrubaram sua aprovação, segundo o investidor Leandro Ruschel. “Trudeau priorizou políticas cotistas DEI, ambientalismo radical e proteção a criminosos, além de implementar algumas das políticas repressivas mais agressivas contra opositores”, explica. “O socialismo globalista liderado por Trudeau provou ser um grande desastre.”
As próximas eleições federais do Canadá devem ser realizadas até outubro de 2025, mas podem ocorrer antes, caso Trudeau as convoque ou se os legisladores as solicitem. Pesquisas mostram que, se a eleição fosse hoje, o Partido Conservador de Pierre Poilievre venceria com ampla vantagem.
Surge uma figura conservadora
O conservador Pierre Poilievre, graduado em Relações Internacionais, é um dos políticos mais cotados para suceder Justin Trudeau no governo canadense. Patrono do livre-mercado, ele foi ministro no governo de Stephen Harper e foi eleito uma vez que parlamentar por sete mandatos consecutivos.
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Nos últimos anos, Poilievre tem assinalado que os aumentos acentuados representam um “imposto da inflação”, uma maneira disfarçada de os governos arrecadarem moeda ao aumentar os preços para a população. Hoje, mais da metade das famílias no Canadá dizem que trabalham unicamente para se cevar, segundo o político.
Ele também foi uma das primeiras vozes a se manifestar contra decretos anticientíficos e cerceamento de liberdades dos canadenses durante a pandemia de covid-19. Na idade, Trudeau silenciou e prendeu milhares de manifestantes que protestavam contra bloqueios considerados ineficazes.
Em exposição no Parlamento canadense, na última terça-feira, 17, Poilievre criticou o aumento no dispêndio de vida promovido pelo governo Trudeau. Ele revelou que existem dois tipos de cidadãos: os que sairão do país caso ele não vença e os que querem, mas não poderão fazer o mesmo. “Os impostos aumentaram, a conta de calefação aumentou, mas o salário não aumentou”, resume.
Pierre Poilievre faz um dos melhores discursos conservadores da história recente e expõe o sinistro do socialismo globalista no Canadá
À medida que a devastação causada pela agenda socialista se espalha pelo mundo, líderes conservadores emergem para indicar caminhos que prometem… pic.twitter.com/yfJCps9ZSw
— Leandro Ruschel 🇧🇷🇺🇸🇮🇹🇩🇪 (@leandroruschel) 18 de dezembro de 2024
Estas últimas, segundo Poilievre, enxergam no conservadorismo a “última esperança” de terem suas vidas recuperadas economicamente. Em seguida, ele afirma que estes cidadãos foram enganados pelas promessas de boa qualidade de vida no Canadá.
“Não era nada extravagante, mas você teria uma casa com um jardim onde poderia ter filhos brincando com segurança, e um cachorro legal que poderia alimentar junto com os filhos, e seus filhos poderiam brincar tranquilos nas ruas”, explicou o político.
Sua proposta reside em transformar o país novamente em um lugar seguro, com bons salários e aluguel e sustento acessíveis. Ele deseja, ao fechamento de seu exposição, que o Canadá volte a ter pessoas que “se orgulhem de levantar a bandeira” e saibam que “o governo é um servo, não um mestre”.
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