As stablecoins, ou “moedas estáveis”, estão emergindo como um dos ativos digitais mais relevantes, redefinindo o futuro das transações e pagamentos globais.
Desenvolvidas para mitigar a alta volatilidade característica de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, as stablecoins buscam manter um valor constante ao atrelar-se a ativos externos, como moedas fiduciárias (notadamente o dólar americano) ou commodities como o ouro.
Essencialmente, uma stablecoin combina a estabilidade de um ativo tradicional com a flexibilidade e eficiência da tecnologia blockchain. “Ao ser lastreada em reservas, como o dólar, a stablecoin permite que o usuário realize transações rápidas, de baixo custo e disponíveis 24/7, superando as limitações do sistema bancário tradicional”, explica Charles Mendlowicz, conhecido como o Economista Sincero, sócio da consultoria Ticker Wealth e quatro vezes eleito o melhor influenciador de investimentos pela ANBIMA.
O crescente interesse do mercado por esse tipo de ativo está refletido nos números. O setor de stablecoins atingiu uma capitalização de mercado superior a US$ 190 bilhões pela primeira vez, acumulando um crescimento de mais de 40% no ano de 2024, segundo dados da plataforma CoinGecko, com projeções de superar os US$ 200 bilhões.
Na América Latina, a adoção tem sido notável, com as stablecoins de dólar liderando as aquisições de criptomoedas. Empresas e prestadores de serviço dobraram o uso de stablecoins em pagamentos institucionais entre o fim de 2024 e o primeiro semestre de 2025, conforme um relatório da Bitso Business.
O potencial de mercado das stablecoins
Charles Mendlowicz destaca o papel fundamental que as stablecoins devem ocupar no ecossistema financeiro.
Ele projeta que até mesmo o setor bancário tradicional adotará esses ativos, o que indica o potencial desta tecnologia: “Eu acho que todos os bancos vão querer ter suas stablecoins. É um mercado potencial enorme, então, quem não sabe o que é, vai ter que aprender”.
Mendlowicz aponta que as stablecoins preenchem uma lacuna deixada pelas criptomoedas voláteis: a função de meio de troca. “Quem tem Bitcoin, Ethereum, XRP, não quer gastar. Eu não quero gastar Bitcoin para comprar alguma coisa,” explica ele, diferenciando as stablecoins como ativos de transação.
O economista conclui que, por serem estáveis, elas serão essenciais para transferências internacionais e compras. “As stablecoins serão as verdadeiras moedas digitais porque quem tiver a stablecoin, gastará em algum lugar,” afirma.
O futuro das transações
Com a expansão da capitalização e o aumento da adoção institucional, as stablecoins estão se consolidando como um novo tipo de ativo, essencial para a infraestrutura de pagamentos modernos.
Elas não apenas facilitam a transferência internacional e o comércio eletrônico, mas também oferecem acesso a uma moeda estável para milhões de pessoas em economias com alta inflação.
A tendência aponta para um futuro onde as stablecoins terão um papel central, integrando a tecnologia blockchain ao sistema financeiro global.
Sobre Charles Mendlowicz, o Economista Sincero
Charles Mendlowicz é um dos principais nomes do mercado financeiro brasileiro, com 30 anos de experiência e um histórico de sucesso entre o mercado financeiro e o varejo.
É sócio da Ticker Wealth, onde lidera a estratégia de expansão, e autor do best-seller “18 princípios para você evoluir”.
Sua abordagem direta e transparente o consagrou como um influenciador confiável, tendo sido eleito o melhor influenciador de investimentos pela ANBIMA por quatro vezes.
