A Polícia Federalista (PF) divulgou, na tarde desta quinta-feira (21), a lista de indiciados na investigação que apurou suposto golpe de Estado e derrogação violenta do Estado Democrático de Recta. A lista é composta por 37 nomes, em sua maioria, militares. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos indiciados. Além dele, advogados, ex-ministros e ex-assessores do ex-mandatário também constam na relação.
De convénio com a Polícia Federalista, todas as pessoas citadas foram “indicadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa”.
Quem são os 37 indiciados pela Polícia Federalista
Ailton Gonçalves Moraes Barros: capitão reformado, jurista, eleito deputado estadual suplente pelo PL do Rio de Janeiro se apresentando uma vez que o ’01 do Bolsonaro’. Foi recluso pela Polícia Federalista criminado de intermediar inserção de dados proibido no cartão de vacinação da Covid.
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva: solene da arma de infantaria formado em 1997. Foi um dos nomes identificados pela Polícia Federalista uma vez que participantes da redação de uma epístola de oficiais da ativa que tinha o objetivo de pressionar o comandante do Tropa em 2022, general Marco Antônio Freire Gomes, para que ele colaborasse com os que pediam golpe de Estado para a manutenção de Jair Bolsonaro no poder em seguida a guião na eleição presidencial.
Alexandre Rodrigues Ramagem: procurador de polícia, foi diretor-geral da Dependência Brasileira de Lucidez (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro e atualmente é deputado federalista pelo Rio de Janeiro. Também foi candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro em 2024.
Almir Garnier Santos: foi comandante da Marinha de 9 de abril de 2021 a 30 de dezembro de 2022. Antes disso, Garnier ocupou o missão de assessor próprio militar em quatro ministérios da Resguardo durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre os anos de 2014 e 2016. É doutor em Política e Estratégia Marítimas e rabino em Pesquisa Operacional.
Amauri Feres Saad: jurista assinalado no relatório da CPMI do 8 de janeiro uma vez que coautor da minuta para o suposto golpe apresentada ao portanto presidente Jair Bolsonaro (PL) no final de 2022.
Anderson Gustavo Torres: foi ministro da Justiça e Segurança Pública entre 30 de março de 2021 e 31 de dezembro de 2022, durante o governo Jair Bolsonaro. Também foi secretário de Segurança Pública do Região Federalista. Chegou a ser recluso criminado de preterição diante dos atos criminosos de 8 de janeiro.
Anderson Lima De Moura: coronel da ativa do Tropa, teria sido um dos autores da chamada “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” feita para pressionar a cúpula do Tropa a aderir a suposto projecto de golpe
Angelo Martins Denicoli: major da suplente do Tropa, foi assessor próprio na Prodesp, empresa pública de TI do estado de São Paulo. Na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, o militar também foi diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS) do Ministério da Saúde. Foi escopo de procura e inquietação na Operação Tempus Veritatis.
Augusto Heleno: general da suplente do Tropa, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) durante o governo Bolsonaro.
Bernardo Romão Corrêa Netto: coronel do Tropa, chegou a ser recluso pelos atos de 8 de janeiro de 2023, é integrante do grupo de escol chamado de “kids pretos”.
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha: possuinte do Instituto Voto Lícito, entidade contratada pelo PL para questionar a segurança das urnas eletrônicas durante as eleições de 2022.
Carlos Giovani Delevati Pasini: coronel da suplente, teria sido um dos autores da chamada “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” feita para pressionar a cúpula do Tropa a aderir a suposto projecto de golpe.
Cleverson Ney Magalhães: coronel do Tropa e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres Coter.
Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira: fez secção do Cimalha Comando do Tropa até novembro de 2023, quando entrou para a suplente, e foi comandante de Operações Terrestres (Coter). També, foi escopo da Operação Tempus Veritatis. Segundo a PF, ele seria o responsável pelo “emprego do Comando de Operações Especiais (COpESP)”, os “kids pretos”, no suposto projecto de golpe.
Fabrício Moreira De Bastos: coronel do Tropa e supostamente envolvido com Epístola ao Comandante do Tropa de Oficiais Superiores da Ativa do Tropa Brasílio”.
Filipe Garcia Martins: ex-assessor para assuntos internacionais do governo Bolsonaro. Ele é criminado por suposta participação no caso da minuta do decreto que previa estado de resguardo ou de sítio e a convocação de novas eleições presidenciais em 2022. Foi recluso em fevereiro deste ano porque seu nome estava em um documento editável encontrado no computador do tenente-coronel Mauro Cid. De convénio com o documento, Martins estaria na lista de passageiros de um voo presidencial com orientação a Orlando (EUA) marcado para 30 de dezembro de 2022. Foi solto em liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica, em 9 de agosto.
Fernando Cerimedo: empresário prateado que fez uma live em novembro de 2022, na qual apontou, sem provas, supostas fraudes nas urnas eletrônicas.
Giancarlo Gomes Rodrigues: militar do tropa que atuou na Abin durante a gestão de Ramagem. Foi escopo da PF na operação que investiga um suposto esquema de espionagem proibido de autoridades.
Guilherme Marques De Almeida: tenente-coronel do Tropa, foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis.
Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel do Tropa, foi recluso durante a Operação Contragolpe. Fazia secção em 2022 do grupo “kids pretos”, formado por militares das Forças Especiais.
Jair Messias Bolsonaro: ex-presidente da República.
José Eduardo De Oliveira E Silva: padre católico. Segundo a PF, ele teria participado de uma das reuniões sobre o projecto do suposto golpe no Palácio do Planalto. No prelúdios do mês de novembro, em prova à PF, ele teve o celular vasculhado e não pode ter entrada a uma imitação do prova.
Laercio Vergílio: general da suplente do Tropa. Indigitado pela participação no planejamento intelectual para uma suposta prisão do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes.
Marcelo Bormevet: agente da PF, comandou o Núcleo de Lucidez Pátrio (CIN) durante a gestão de Ramagem, investigado pelo “Abin paralela”.
Marcelo Costa Câmara: coronel do Exército, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Mario Fernandes: general do Exército, foi preso na Operação Contragolpe pela articulação do suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre Moraes.
Mauro Cesar Barbosa Cid: tenente-coronel do Exército, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Nilton Diniz Rodrigues é o atual comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, na Amazônia. Ele trabalhou como assistente do general Freire Gomes, que comandou o Exército entre março e dezembro de 2022, fim do governo Bolsonaro.
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: comentarista político de direita. É neto do general João Batista Figueiredo, o último presidente do regime militar.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: general do Exército, ex-ministro da Defesa, ex-comandante do Exército.
Rafael Martins de Oliveira: tenente-coronel do Exército, lotado nas Forças Especiais. Foi preso em fevereiro.
Ronald Ferreira De Araujo Junior: tenente-coronel do Exército
Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros: tenente-coronel do Exército. De acordo com a investigação, Cavaliere integraria o núcleo responsável por organizar reuniões de planejamento e execução de medidas para manter manifestações em frente aos quartéis, incluídos a mobilização, a logística e o financiamento de militares das forças especiais, em Brasília.
Tércio Arnaud Tomaz: ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”. Na investigação sobre o golpe de Estado, Tomaz teve o celular apreendido em fevereiro de 2024. Em investigações anteriores, sobre contas falsas no Facebook, Tércio Arnaud Tomaz foi assinalado uma vez que gestor de alguns dos perfis que teriam divulgado fake news.
Valdemar Costa Neto: presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro.
Walter Souza Braga Netto: general da reserva do Exército, foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro. Foi candidato a vice-presidente na chapa que disputou a reeleição em 2022.
Wladimir Matos Soares: integrou o setor de perceptibilidade da Secretaria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia em 2008 e atuou na Polícia Federalista em Salvador antes de ser transferido para Brasília. Foi recluso na quarta-feira (20) por planejar o homicídio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.