O ditador da Síria, Bashar al-Assad, foi deposto durante o progressão rebelde neste domingo, 8. Sua figura representa a segunda geração de uma dinastia familiar que manteve o poder por mais de cinco décadas no país.
Assad é publicado por seu regime brutal na Síria, que, desde 2011, foi devastada por uma guerra social que arrasou o país e desencadeou uma crise de refugiados que deslocou milhões de pessoas de suas casas.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
A guerra começou depois que o regime de Assad se recusou a atender às demandas pró-democracia durante a Primavera Sarraceno naquele ano. Em vez disso, o governo optou por uma repressão violenta ao movimento, com milhares de manifestantes mortos e presos logo nos primeiros meses.
Desde logo, as forças de Assad foram acusadas de violações dos direitos humanos ao longo dos 13 anos de guerra, uma vez que o uso de armas químicas contra sua própria população. No início da guerra, Estados Unidos, Jordânia, Turquia e União Europeia exigiram que Assad deixasse o poder.
Leia mais:
Confira:
No entanto, o regime, fortemente sancionado pelo Poente e só internacionalmente, se manteve graças ao esteio de aliados poderosos, uma vez que Rússia e Irã, além de uma campanha implacável contra a oposição.
Bashar al-Assad chega ao poder
Bashar al-Assad é rebento de Hafez al-Assad, ditador sírio que governou o país entre 1971 e 2000, quando morreu. Sem intenções de assumir o lugar do pai, Bashar estudou oftalmologia em Londres até que seu irmão mais velho, Bassel, prestes para suceder Hafez, morreu em um acidente de coche em 1994.
Bashar, logo, foi empurrado aos holofotes e começou a estudar ciências militares. Mais tarde, formou-se coronel no Tropa sírio. Assad assumiu o poder em 2000, em uma eleição de candidato único, logo depois da morte de seu pai.
![O presidente sírio Bashar al-Assad parabenizou Vladimir Putin por sua reeleição para o próximo mandato presidencial na Rússia](https://noticiasnobr.com.br/wp-content/uploads/2024/12/Quem-e-Bashar-al-Assad-ditador-deposto-da-Siria.jpeg)
Tanto os sírios quanto pesquisadores internacionais demonstraram otimismo em relação ao novo presidente, que se apresentou uma vez que um líder jovem e moderno, capaz de conduzir um regime mais democrático. No entanto, as esperanças se dissiparam quando o novo líder manteve alianças com grupos terroristas, uma vez que o Hamas e o Hezbollah.
Assad foi reeleito com ampla maioria a cada sete anos. A mais recente vitória foi em 2021, em uma eleição que Estados Unidos, Reino Unificado, França, Alemanha e Itália consideraram “fraudulenta”.
Assad ficou marcado por suas táticas brutais durante a guerra social iniciada em 2011, quando foi formada uma oposição armada composta por grupos paramilitares e desertores do Tropa. Em 2013, inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) encontraram evidências “esmagadoras e incontestáveis” do uso de gás Sarin na Síria.
O Sarin é um gás sem cor e sem cheiro, usado uma vez que arma química por pretexto de sua extrema potência sobre o sistema nervoso. Ele foi classificado uma vez que uma arma de devastação em volume pela ONU e proibido pela Convenção sobre Armas Químicas, assinada por 189 países, entre eles a Síria.
+ Leia mais: “Conheça o grupo Hayat Tahrir al-Sham, que derrubou Assad na Síria“
O pior momento se deu em agosto de 2013, quando o logo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou uma vez que “o pior uso de armas de destruição em massa no século 21”. Na ocasião, o ataque pode ter matado mais de 1,4 milénio pessoas, entre elas centenas de civis.
O ataque mobilizou potências mundiais a trabalhar para desmantelar o arsenal químico do regime. Em 2013, os Estados Unidos aumentaram o esteio às forças de oposição sírias depois do que Washington chamou de “violação de uma linha vermelha”.
O conflito se tornou um marco do legado de Assad. Centenas de milhares de mortos, mais de 7 milhões de migrantes internos e mais de 6 milhões de refugiados internacionais foram o saldo da guerra, segundo dados divulgados pela ONU.
Leia também: “Falta o Irã”, material de Augusto Nunes publicada na Edição 237 da Revista Oeste
Leia mais: