O papa Francisco fez uma visitante surpresa à ex-senadora e ex-ministra das Relações Exteriores italiana Emma Bonino, histórica defensora do recta ao monstro no país, nesta terça-feira, 5. Ela havia sido internada em meados de outubro por pretexto de problemas respiratórios e retornou para mansão recentemente.
Francisco estava em um compromisso com a comunidade acadêmica na Pontifícia Universidade Gregoriana quando decidiu visitar Bonino, hoje com 76 anos. Ao trespassar da residência, Francisco foi abordado por pessoas que perguntaram sobre a saúde da militante, que já havia vencido um cancro no pretérito. “Muito bem”, respondeu o pontífice. “Ela é sempre cordial.”
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Emma Bonino compartilhou detalhes da visitante em um post em sua conta no Twitter/X, em que também publicou uma foto com o papa, ambos em cadeiras de rodas, na varanda. “Nesta manhã, com enorme surpresa e muita emoção, Sua Santidade me fez uma visita agradabilíssima”, escreveu. “Do papa Francisco sempre emerge um aspecto humano extraordinário.”
Francisco e Emma Bonino já se encontraram várias vezes no pretérito. A primeira ocasião ocorreu em 2015, quando a ex-ministra das Relações Exteriores participou de uma audiência-geral na Sala Paulo VI, no Vaticano. Junto do procurador-adjunto de Roma, Michele Prestipino, e Maria Rita Parsi, Bonino apresentou novas iniciativas em prol das crianças refugiadas pela instalação A Fábrica da Tranquilidade.
Em 2016, o papa recebeu a política em audiência privada no Palácio Apostólico. Na ocasião, a Sala de Prensa do Vaticano informou que “a conversa se concentrou principalmente nos temas dos fluxos migratórios, do acolhimento aos migrantes e da integração deles”.
Foi justamente pelo trabalho em prol dos migrantes que o papa Francisco elogiou a parlamentar, durante um encontro informal, em Santa Marta, com o diretor do jornal italiano Corriere della Sera, Luciano Fontana, ainda em 2015. Emma Bonino disse que Francisco, naquela ocasião, “prestou o melhor serviço à Itália para conhecer a África”.
Ativista pró-aborto
Emma Bonino formou-se em línguas estrangeiras e literatura pela Universidade Bocconi de Milão, em 1972, com uma tese sobre a autobiografia de Malcolm X. Em 1975, fundou o Núcleo de Informação, Esterilização e Monstro, com o propósito de oferecer às mulheres suporte médico relacionado ao monstro e à esterilização.
Bonino foi eleita deputada no Parlamento Italiano pelo Partido Radical, em 1976, e reeleita nas eleições seguintes, até 1994. Em 1979, foi eleita pela primeira vez uma vez que deputada no Parlamento Europeu. Ao longo dos anos, também liderou campanhas pela legalização do monstro, pelo divórcio e pela descriminalização do consumo de drogas leves.
Essa não é a primeira vez que ela se encontra com um pontífice: em 1986, Bonino apresentou um projecto de combate à inópia ao Papa João Paulo II. A ativista contribuiu para a instalação da associação Food and Disarmament International, que coordena atividades e iniciativas de informação internacional sobre esse tema.
As palavras do papa em resguardo da vida
Durante seu pontificado, o papa Francisco tem sido enfático na resguardo da vida do nascituro e afirmado que essa pretexto está intrinsecamente ligada à proteção de todos os direitos humanos. Ele ressalta que a vida deve ser defendida em todas as suas fases, seja a dos nascituros, a dos idosos, a dos enfermos ou a dos famintos.
Leia mais:
“Entre estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predileção, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir”, disse o papa, na exortação apostólica Evangelii gaudium.
Durante coletvisa de prensa durante um voo do México a Roma, em 2016, Francisco disse que “o aborto é um crime, é tirar a vida de um para salvar outro”. Em outra de suas tradicionais declarações no avião, o papa afirmou que o monstro “não é um problema religioso”, mas sim um problema humano.
Leia também: “A legalização da barbárie”, item de Ana Paula Henkel publicado na Edição 184 da Revista Oeste