Quem se interessa por quaisquer segmentos do design já sabe: conforme o quarto trimestre avança, surgem os anúncios de “cores do ano”. Análises de tendências neste modelo se multiplicaram em anos recentes, mas alguns estudos seguem firmes como os mais esperados. Mundialmente este posto é da empresa norte-americana Pantone, que anunciou sua primeira eleita em 1999: o Cerulean, azul que regeria o ano 2000.
A escolha de uma cor pode parecer algo lúdico, mas não tem nada de arbitrário. “O Pantone Color Institute criou o programa educacional Pantone Color of the Year para envolver a comunidade de design e os entusiastas das cores em todo o mundo. Queríamos chamar a atenção para a relação entre cultura e cor, destacar que os acontecimentos são expressos e refletidos através da linguagem da cor”, pontua Laurie Pressman, vice-presidente do instituto, em entrevista divulgada pela companhia.
Tal processo de seleção inclui análises criteriosas. Para chegar à seleção de cada ano, especialistas em cores vasculham o mundo em busca de novas influências que podem incluir movimentos da indústria do entretenimento, filmes em produção, novos artistas, moda, todas as áreas do design, destinos turísticos populares, novos estilos de vida, o cenário socioeconômico. Influências podem surgir ainda de novas tecnologias, materiais, plataformas relevantes de mídia social, inúmeros fatores que capturem atenções mundo afora.
“Ao celebrarmos o 25º ano do nosso programa Pantone Cor do
Ano e o papel fundamental que a cor desempenha na nossa experiência humana
partilhada, esperamos ter inspirado as pessoas a olhar para a cor de uma
maneira diferente, para a sua conexão com a emoção e a expressão dos
sentimentos humanos”, afirma Laurie Pressman. Ela completa: “o objetivo
do programa é ajudar empresas e consumidores a compreender melhor o poder que a
cor pode ter. Queremos destacar seu papel como uma linguagem silenciosa, para
ensiná-los a aproveitar o poder e a expressividade da cor para influenciar a
percepção – seja para criar uma estratégia de design mais bem-sucedida ou para melhor
mostrar a sua própria identidade pessoal. Esperamos continuar nesse movimento por
muitos mais anos”.