Pablo Marçal (PRTB-SP), terceiro posto na disputa pela Prefeitura de São Paulo na eleição deste ano, negocia filiação com o partido União Brasil. O partido integra a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A legenda está avante dos ministérios das Comunicações (Juscelino Fruto) e Turismo (Celso Sabino).
O empresário conversa sobre uma verosímil candidatura na eleição presidencial de 2026. O jornal O Estado de S. Paulo divulgou a informação nesta quinta-feira, 7.
Tanto Marçal quanto Antonio Rueda, presidente pátrio do União Brasil, confirmam o diálogo, mas evitam declarar que já há um consonância. Rueda destacou que, para o empresário ser considerado candidato à Presidência pelo partido, precisa primeiro se filiar à legenda.
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Atualmente, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é reconhecido uma vez que o pré-candidato do União Brasil ao Palácio do Planalto. O governador mantém uma relação cordial com Marçal, mas acredita que ele próprio será o nome escolhido para simbolizar o União Brasil na corrida presidencial.
“Acho que ele teve um papel importantíssimo na eleição de São Paulo”, disse Caiado. “Mostrando que cada eleição é única.”
Ambos, Caiado e Marçal, têm um histórico de desentendimentos com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a última eleição, Caiado apoiou o vencedor Sandro Mabel (União) para a Prefeitura de Goiânia, enquanto Bolsonaro apoiou Fred Rodrigues (PL), o que gerou um conflito indireto.
Marçal, por sua vez, teve uma relação conturbada com Bolsonaro. O empresário chegou a exigir a reembolso de uma doação feita em 2022 e um pedido de desculpas do ex-presidente, o que não ocorreu.
Pablo Marçal ficou em terceiro lugar em São Paulo
Depois de permanecer em terceiro lugar na eleição deste ano para a Prefeitura de São Paulo, Marçal disse que não disputará mais a vaga de prefeito da capital paulista. Segundo o empresário, suas ambições se direcionam ao governo do Estado ou à Presidência.
“Vocês não vão me ver disputar a Prefeitura de São Paulo nunca mais”, afirmou Marçal. “Só tem dois caminhos: um governo do Estado ou a questão da Presidência do Brasil.”
Marçal enfrenta desafios legais que podem impactar sua trajetória política. O empresário é mira de ações judiciais que podem resultar em inelegibilidade. Ele é investigado por publicar um laudo médico falso contra Guilherme Boulos (Psol-SP) durante a campanha eleitoral.
A Polícia Federalista (PF) investiga denúncias contra Marçal, uma vez que supostos crimes contra a honra e preterição de bens. A investigação pode levar a uma inelegibilidade de até oito anos.
Os primeiros sinais de aproximação de Marçal com o União Brasil surgiram antes das eleições municipais de 2024. Na era, ele tentou formar uma confederação com o partido para sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, mas acabou concorrendo pelo PRTB.
Marçal recebeu 28,14% dos votos no primeiro vez, ficando detrás de Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Apesar de ser terceiro posto, a margem com os adversários foi apertada. O resultado o levou a buscar novas alianças políticas.
Durante o segundo vez das eleições, Marçal demonstrou escora a candidatos do União Brasil em outras localidades. A presença de Marçal no PRTB foi mira de críticas, principalmente por razão de alegações de envolvimento do partido com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Leonardo Avalanche, presidente pátrio do PRTB, negou a suposta relação com a partido criminosa.