A resguardo de Filipe Martins – ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – afirmou que o oração encontrado pela Polícia Federalista (PF) em um HD extrínseco durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro deste ano, “contraria frontalmente todas as acusações” feitas a Filipe.
O oração seria proferido por Bolsonaro posteriormente a roteiro nas eleições de 2022. Apesar de a redação do oração estar sendo atribuída a Filipe pela prelo, o texto não foi lido por Bolsonaro durante o pronunciamento do dia 1º de novembro de 2022.
Mesmo em posse da PF desde fevereiro de 2024, o texto do oração não foi incluído no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federalista (STF) que investiga uma suposta “trama golpista”.
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O registro encontrado pela PF indica a data de geração do material em 31 de outubro de 2022. O texto do texto foi divulgado nesta terça-feira (3) pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão).
Ao noticiar sobre o material, jornais estão reforçando a tese da PF de que o oração indicaria a intenção de queixa do resultado da eleição por segmento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Acontece que, apesar de sofrear críticas ao novo governo e ao processo eleitoral, o oração, se proferido por Bolsonaro, deixaria evidente que o resultado não seria contrariado.
“Mesmo considerando essa eleição ilegítima, não irei contestá-la. Meu amor pelo país e pelo povo brasileiro está acima de tudo. Seguirei firme em meu compromisso com nossa nação e lutarei desde o primeiro dia contra um governo que considero ilegítimo e sem condições morais de governar o nosso país”, diz um trecho do texto.
Para a resguardo de Filipe, “o texto, de forma clara e inequívoca, rejeita qualquer insinuação sobre um ‘golpe’ e reafirma que a eleição, ainda que prejudicada por irregularidades, não seria contestada”.
Resguardo de Filipe diz que PF “implode as bases de seu indiciamento anterior”
Confira:
Em nota enviada à Jornal do Povo, a resguardo de Filipe disse que “a própria Polícia Federal implode as bases de seu indiciamento anterior” com a divulgação do oração. A íntegra do texto encontrado pela PF está no término desta material.
“É evidente que o discurso, embora duro e marcado por uma forte retórica política própria de quem se preparava para liderar a oposição ao futuro governo, nada tem de golpista. O discurso, aliás, é bem menos agressivo do que outras manifestações políticas da história recente, como aquelas promovidas pelo próprio PT de Lula contra Collor, Itamar Franco, FHC, Temer e Bolsonaro”, diz um trecho da nota.
A resguardo também questionou o vestuário de o oração não ter sido incluído no relatório final da PF.
“Isso levanta uma questão seríssima: estaria a Polícia Federal selecionando provas de forma parcial, omitindo documentos que inocentam um investigado, enquanto promove acusações sem fundamentos sólidos? Esse grave indício de má-fé precisa ser esclarecido com urgência e, se necessário, investigado pelas autoridades competentes”, disse a resguardo na nota.
“Esse fato é ainda mais grave por não ser a primeira vez que os delegados responsáveis pelo inquérito apresentam versões contraditórias nas acusações contra Filipe Martins. Recordamos, a esse respeito, a gravíssima inconsistência em torno da alegação que embasou a prisão preventiva de nosso cliente, mantida de forma ilegal e abusiva por mais de seis meses”, continuou a resguardo.
O que diz a PF
Fontes ligadas à Polícia Federalista disseram à Jornal do Povo que os investigadores cogitam a possibilidade de o oração ter sido rejeitado por Bolsonaro.
Segundo as mesmas fontes, o HD em que o registro com o oração foi encontrado ainda contém outros arquivos que serão analisados, portanto, não é provável, neste momento, declarar que o oração tenha sido mesmo escrito pelo Filipe Martins.
Relembre o caso Filipe Martins
Filipe foi recluso no dia 8 de fevereiro de 2024 durante a deflagração da Operação Tempus Veritatis, que mirou Bolsonaro e aliados.
A ação investiga a suposta vinculação deles aos atos de 8 de janeiro de 2023 e a uma provável tentativa de golpe de Estado. Ao todo, quatro pessoas tiveram prisão preventiva decretada: o ex-assessor e três militares.
No caso do ex-assessor, o motivo que embasou a prisão foi o vestuário de seu nome constar na lista de passageiros que viajaram a bordo do avião presidencial com Bolsonaro dia 30 de dezembro de 2022 rumo a Orlando, nos Estados Unidos, sem registros formais da saída ou ingresso no controle migratório do Brasil.
A ordem de prisão emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes, usou uma vez que embasamento um registro desatualizado do Microsoft Word com uma lista de passageiros do voo presidencial de 30 de dezembro de 2022 para Orlando, nos EUA, em que supostamente constaria o nome do ex-assessor.
A resguardo de Filipe já comprovou, mediante confirmação de companhia aérea, que ele não viajou com a comitiva de Bolsonaro para Orlando, mas ficou no Brasil e foi para Curitiba (PR), o que contraria a tese da Polícia Federalista (PF) de que o ex-assessor havia planejado uma fuga.
Filipe foi recluso no apartamento de sua prometida em Ponta Grossa (PR).
Contradições
No relatório final da investigação sobre a suposta tentativa de golpe, posteriormente manter Filipe recluso preventivamente por seis meses sob argumento de que teria deixado o país em avião solene sem passar pelos controles migratórios, a Polícia Federalista (PF) mudou sua versão.
Segundo o relatório, em vez de ter fugido, uma vez que afirmado inicialmente no documento que levou à prisão de Filipe, ele teria, na verdade, forjado “uma possível saída do Brasil” (imagem aquém). O objetivo seria “dificultar sua eventual localização e consequente aplicação da lei penal”.
Leia a nota da resguardo de Filipe na íntegra
A Resguardo de Filipe Martins vem a público expressar seu contentamento pelo vestuário de que, ainda que não por iniciativa de seus detratores, mas pela força inegável da Verdade, o frágil “castelo de cartas” construído com mentiras e suposições infundadas contra seu cliente começa, finalmente, a ruir.
Conforme amplamente noticiado pela prelo, a Polícia Federalista identificou um oração elaborado para o logo Presidente Jair Bolsonaro, logo posteriormente as eleições de 2022. De conciliação com a estudo de metadados, a autoria do texto foi atribuída a Filipe Martins. O teor do oração, agora revelado, contraria frontalmente todas as acusações que há quase um ano vêm sendo lançadas contra Filipe.
O texto, de forma clara e inequívoca, rejeita qualquer sugestão sobre um “golpe” e reafirma que a eleição, ainda que prejudicada por irregularidades, não seria contestada. O trecho mais emblemático do oração declara:
“Mesmo considerando essa eleição ilegítima, não irei contestá-la. Meu amor pelo país e pelo povo brasileiro está acima de tudo. Seguirei firme em meu compromisso com nossa nação e lutarei desde o primeiro dia contra um governo que considero ilegítimo e sem condições morais de governar o nosso país.”
É evidente que o oração, embora duro e marcado por uma possante retórica política própria de quem se preparava para liderar a oposição ao horizonte governo, zero tem de golpista. O oração, aliás, é muito menos hostil do que outras manifestações políticas da história recente, uma vez que aquelas promovidas pelo próprio PT de Lula contra Collor, Itamar Franco, FHC, Temer e Bolsonaro.
O ponto mais relevante, mas, é inequívoco e insofismável: não se trata, de forma alguma, de um chamado a golpe de Estado, mas precisamente do oposto; do pregão de que não havia intenção de responder o resultado eleitoral e do compromisso de oferecer oposição ao horizonte governo desde o primeiro dia.
Com essa novidade evidência, a própria Polícia Federalista implode as bases de seu indiciamento anterior, ao mostrar Filipe Martins uma vez que responsável de um documento do qual texto refuta categoricamente as acusações lançadas contra ele. Estranhamente, mas, o referido oração não foi incluído no relatório final que indiciou Filipe.
Isso levanta uma questão seríssima: estaria a Polícia Federalista selecionando provas de forma parcial, omitindo documentos que inocentam um investigado, enquanto promove acusações sem fundamentos sólidos? Esse grave vestígio de má-fé precisa ser esclarecido com urgência e, se necessário, investigado pelas autoridades competentes.
Esse vestuário é ainda mais grave por não ser a primeira vez que os delegados responsáveis pelo sindicância apresentam versões contraditórias nas acusações contra Filipe Martins. Recordamos, a esse reverência, a gravíssima inconsistência em torno da argumento que embasou a prisão preventiva de nosso cliente, mantida de forma proibido e abusiva por mais de seis meses.
No relatório inicial, a mando policial afirmou que Filipe teria realizado uma viagem aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, sem deixar qualquer registro dessa movimentação. Porém, ao ser comprovado de forma irrefutável que tal viagem não ocorreu, a Polícia Federalista alterou sua narrativa. Passou, logo, a alegar que Filipe, antes indiciado de viajar sem deixar registros, teria, na verdade, “simulado registros” com o propósito de induzir a PF a crer que ele havia deixado o país.
Essas versões conflitantes não somente desconstroem a credibilidade das acusações, mas também expõem um preocupante padrão de inconsistências e arbitrariedades ao longo da investigação, em evidente prejuízo aos direitos e à honra de Filipe Martins, que há dez meses, tem sido intuito de restrições descabidas e infundadas, numa violação flagrante de seus direitos fundamentais e inalienáveis.
A resguardo reitera sua crédito de que, com a verdade vindo à tona, as acusações serão arquivadas pela Procuradoria-Universal da República e de que Filipe Martins será plenamente inocentado. O documento agora revelado é uma prova irrefutável de sua inocência, e esperamos que nenhum novo insulto seja cometido em nome de narrativas sem lastro na verdade. A verdade, uma vez que sempre, prevalecerá.
Leia o texto completo do oração encontrado pela PF
Quero revelar que me enganei ao pensar que o problema desta eleição seria somente a urna eletrônica: que nossos inimigos seriam os algoritmos e que os hackers representavam o maior risco para a integridade do pleito eleitoral. Mal sabia eu que o problema ia muito além:
Que iriam proteger um lado em detrimento do outro.
Que iriam nos proibir de falar a verdade sobre nossos concorrentes e permitir que o lado de lá publicasse mentiras nojentas sobre nós.
Que a lei iria mandar transferências, sem sentido, de nossas propagandas televisivas para nossos adversários.
Que a repreensão iria embatucar a voz dos conservadores proibindo rádios, televisões e jornais de falar a verdade.
Que influenciadores que nos apoiam seriam desmonetizados para não permitir que continuassem desempenhando um papel na discussão pública e na disputa eleitoral.
Que proibissem cidadãos honestos de exibir nossa bandeira em carros, caminhões e fachadas de lojas.
Que institutos de pesquisas iriam trabalhar francamente para induzir os eleitores a um suposto “voto útil”, prejudicando candidaturas legítimas e tentando proporcionar um único candidato.
Que a parcialidade chegaria ao ponto de ignorar por completo mentiras criminosas sobre o salário mínimo, a aposentadoria e o décimo terceiro salário, com grande prejuízo para a nossa campanha, enquanto vídeos que somente exibiam as falas do outro candidato sobre “MEI” foram retirados do ar em menos de 24 horas. Para referir só um exemplo.
Que seríamos proibidos de invocar o outro candidato de corrupto, ladrão e ex-presidiário, além de não poder sequer explicar que ele não foi inocentado pela justiça, enquanto me chamavam de genocida, miliciano, canibal e outras bobagens do tipo.
Que o descontrole ou má fé das inserções nas rádios daria uma larga vantagem de veiculação para o grupo do Lula, nos roubando milhares de veiculações. Repito: milhares de comerciais de rádio que foram roubados de nós. Esse pormenor, sozinho, se caracteriza uma vez que a maior fraude eleitoral da história democrática em nosso país.
Na verdade, fomos intuito de um contra-ataque do sistema, e estamos sendo perseguidos pelos poderosos, unidos para esconder a verdade junto com os principais veículos de mídia.
Todos são testemunhas disso. Mesmo assim, tivemos mais de 58 milhões de votos, vencemos 4 das 5 regiões e elegemos uma maioria para o Congresso Vernáculo e governadores que representam os nossos valores e princípios: Deus, Pátria e Família.
Tenho certeza de que se houvesse imparcialidade e paridade de tratamento, o resultado seria muito dissemelhante.
Por anos, fui indiciado injustamente de querer dar um golpe. O que aconteceu foi exatamente o contrário disso.
Eu sempre afirmei que o Brasil está supra de tudo e que Deus está supra de todos. Sempre deixei evidente também que estaria disposto a sacrificar minha vida pelo Brasil, mas não colocarei em risco a vida do meu povo. Por isso, mesmo considerando essa eleição ilegítima, não irei contestá-la. Meu paixão pelo país e pelo povo brasiliano está supra de tudo.
Seguirei firme em meu compromisso com nossa pátria e lutarei desde o primeiro dia contra um governo que considero ilegítimo e sem condições morais de governar o nosso país.
Quero deixar evidente mais uma vez: não tratarei com normalidade um governo liderado por uma quadrilha que saqueou o país e que agora volta à cena do delito.
Convocarei todos os meus eleitores e apoiadores para fazer oposição a esse governo desde o primeiro dia, pois sabemos que não podemos esperar outra coisa de um governo do PT além da roubalheira, da depravação, da leniência com o delito e do autoritarismo.
Liderarei a bancada que elegemos para o Congresso para que aprovem as pautas que acreditamos serem as melhores para o nosso país.
Lutarei dia e noite por nossa liberdade e não permitirei que nosso Brasil se torne uma Venezuela.
Agradeço aos mais de 58 milhões de eleitores que confiaram a mim o seu voto e reafirmo meu compromisso com todos os 210 milhões de brasileiros.
Nunca desistirei do Brasil e peço que vocês também.