Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) provocou forte indignação em Israel por acusar o país de “atos genocidas” e de uso de violência sexual contra palestinos na Faixa de Gaza. O estudo, conduzido pela Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU, foi relativo, segundo a entidade, aos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém oriental.
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O documento atribui a Israel ações para impedir nascimentos em Gaza por meio de “instalações de saúde sexual e reprodutiva sistematicamente destruídas em Gaza”. As afirmações enfureceram o governo israelense. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahudeclarou que todas essas acusações são falsas.
“O circo anti-Israel conhecido como ‘Conselho de Direitos Humanos’ da ONU’ há muito tempo foi revelado como uma organização antissemita, podre e irrelevante que apoia o terrorismo”, destacou Netanyahu.
“Por um bom motivo, Israel decidiu abandoná-lo há aproximadamente um mês”, acrescentou o chefe de governo israelense. Para ele, há uma inversão de valores.
“Em vez de se concentrar nos crimes contra a humanidade e nos crimes de guerra que foram perpetrados pela organização terrorista Hamas no pior massacre realizado contra o povo judeu desde o Holocausto, a ONU novamente escolheu atacar o Estado de Israel com falsas acusações, incluindo acusações infundadas de violência sexual. Este não é um conselho de direitos humanos; é um conselho de direitos de sangue”.
De acordo com o texto do documento, o objetivo de Israel era o de assumir o controle da região, sem a população palestina.
“O relatório concluiu que a violência sexual e de gênero — que aumentou em frequência e gravidade — está sendo perpetrada em todo o território palestino ocupado como uma estratégia de guerra para Israel dominar e destruir o povo palestino.”
A representação permanente de Israel na ONU, em Genebra, rebateu as alegações do relatório. Acrescentou que elas são infundadas, tendenciosas e sem credibilidade. Pelos argumentos de Israel, a versão da ONU é fantasiosa.
O governo israelense considera que a ONU forçou uma conclusão, sem nenhuma objetividade, de que as forças israelenses tinham intenções de impedir a reprodução da população palestina, na incursão que fizeram depois dos ataques brutais de 7 de outubro, realizados pelo grupo terrorista Hamas, que controla a região. Um dos pontos que enfureceram os representantes israelenses traz a seguinte afirmação:
“As autoridades israelenses destruíram em parte a capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza como um grupo por meio da destruição sistemática da assistência médica sexual e reprodutiva, o que equivale a duas categorias de atos genocidas no Estatuto de Roma e na Convenção sobre Genocídio, incluindo a imposição deliberada de condições de vida calculadas para provocar a destruição física dos palestinos e a imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos.”
Israel Rebade
Especialistas da ONU disseram que tais ações constituem crime contra a humanidade.
“Formas específicas de violência sexual e de gênero – como nudez e desnudamento forçados em público, assédio sexual incluindo ameaças de estupro, assim como agressão sexual – fazem parte dos procedimentos operacionais padrão das Forças de Segurança Israelenses em relação aos palestinos.”
O relatório ainda vai além.
“Outras formas de violência sexual e de gênero, incluindo estupro e violência aos genitais, foram cometidas sob ordens explícitas ou com encorajamento implícito da alta liderança civil e militar de Israel.”
O documento da ONU, prossegue Israel, simplesmente desvirtuou todos os conceitos das FDI, que, conforme afirmam seus comandantes, buscam a todo custo preservar a dignidade e a vida de civis. Os números fornecidos pelo grupo terrorista Hamas são adulterados, de acordo com Israel.
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Além de superestimarem o número de vítimas, incluem entre eles milhares de terroristas que, propositalmente, se misturam, à paisana, entre a população civil, para confundir os oficiais israelenses e induzi-los a matar o maior número de palestinos possível. Algo que Israel sempre evitou, de acordo com as FDI.
“As FDI têm diretrizes específicas e uma política que proíbe categoricamente esse comportamento inapropriado”, respondeu a missão permanente de Israel na ONU em Genebra. Segundo seus membros, os processos de inspeção estão de acordo com os padrões internacionais.