O McDonald’s anunciou, neste domingo, 27, que retomará a venda dos hambúrgueres Quarterão com Queijo em seus restaurantes nos Estados Unidos a partir da próxima semana.
Novos exames descartaram os hambúrgueres de carne como a origem do surto de intoxicação por E. coli, que resultou na morte de uma pessoa e deixou pelo menos 75 outras doentes em 13 Estados norte-americanos.
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Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) emitiram um alerta de segurança alimentar, em que informaram que dezenas de pessoas relataram ter comido o sanduíche Quarterão no McDonald’s antes de adoecerem.
Em comunicado, o McDonald’s disse que o surto parecia estar “contido em um ingrediente e uma região específicos” e afirmou estar confiante de que “qualquer produto contaminado relacionado a este surto foi removido de nossa cadeia de suprimentos e está fora de todos os restaurantes McDonald’s”. A decisão afeta cerca de um quinto das unidades do McDonald’s nos EUA.
Embora um ingrediente específico ainda não tenha sido confirmado como a fonte do surto, as agências federais disseram que as fatias de cebola ou os hambúrgueres de carne bovina do Quarterão são as fontes mais prováveis de contaminação, conforme divulgado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA).
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Neste domingo, 27, o o laboratório de microbiologia do Departamento de Agricultura do Colorado analisou dezenas de amostras de hambúrgueres — tanto frescos quanto congelados — de restaurantes associados ao surto e afirmou que todas testaram negativo para E. coli. Assim, os restaurantes que receberam cebolas da Taylor Farms, empresa com sede na Califórnia, retomarão a venda dos hambúrgueres sem o ingrediente.
Cebola do McDonald’s podem ser a causa das infecções
A FDA e o CDC dizem que seguem suas investigações da origem do surto. “A FDA está usando todas as ferramentas disponíveis para confirmar se as cebolas são a fonte deste surto”, afirmou um porta-voz. “A FDA e parceiros estaduais também estão coletando amostras de cebola para análise.”
A Taylor Farms retirou as cebolas do mercado “por excesso de cautela”, e a distribuidora US Foods emitiu um recall de quatro produtos de cebola por causa de uma “potencial contaminação por E. coli”. De lá para cá, outras redes de fast food, como Taco Bell, Pizza Hut, KFC e Burger King, retiraram cebolas de seus produtos nas áreas afetadas por “precaução extrema”.
“Sei que nossa relação é construída com base na confiança”, disse o presidente do McDonald’s nos EUA, Joe Erlinger. “Vocês confiam em nós para servir alimentos seguros a cada vez.”
“Em nome do sistema McDonald’s, quero que ouçam de mim: pedimos desculpas”, acrescentou Erlinger. “Para os clientes afetados, tenham meu compromisso de que, guiados por nossos valores, faremos o certo.”
Os sintomas de intoxicação por E. coli podem ocorrer rapidamente, dentro de um ou dois dias depois do consumo de alimentos contaminados. Eles geralmente incluem febre, vômito, diarreia ou diarreia com sangue e sinais de desidratação — pouca ou nenhuma micção, sede aumentada e tontura. A infecção é especialmente perigosa para crianças menores de 5 anos e pessoas idosas, grávidas ou com sistemas imunológicos debilitados.
O surto já resultou em pelo menos um processo contra o McDonald’s, movido por um residente do Colorado que testou positivo para infecção por E. coli depois de comer em uma das unidades da rede de fast food.
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