notíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
Facebook X (Twitter) Instagram
Trending
  • Atuação da Polícia na Colômbia Após Ataque a Senador Miguel Uribe
  • Baleia que moveu 80.000 bitcoins (R$ 47 bilhões) pode ser um hacker Noticias No BR
  • Raro cometa interestelar ilumina o céu do planeta
  • Atualização do Bitcoin: Análise e Perspectivas, o que esperar? Noticias No BR
  • Tragédia no Futebol: Morte de Dois Irmãos Devasta Portugal e Lideranças
  • Investigador diz que 920 hackers norte-coreanos estão empregados na indústria e chama empresas de negligentes Noticias No BR
  • CNJ inicia mutirão nacional para revisar condenações por porte de maconha
  • Investidor abre barra de ouro com 100 bitcoins após 13 anos; e é roubado Noticias No BR
Facebook X (Twitter) Instagram
notíciasnoBRnotíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
notíciasnoBR
Home - Diversos - O recta à informação e a cultura do tempo perdido

O recta à informação e a cultura do tempo perdido

Escrito por Maria Helena Japiassu Marinho de Macedo22 de novembro de 2024Updated:24 de novembro de 2024Tempo de Leitura 5 Mins
Gostou? Compartilhe essa matéria Facebook Pinterest WhatsApp
o direito a informacao e a cultura do tempo perdido
Gostou?
Facebook Pinterest WhatsApp

No contexto contemporâneo, da sociedade informacional e neoliberal, vivemos a intensidade de estarmos integralmente conectados e virtualizados. Não temos tempo a perder, pois tempo e numerário transformam-se em sinônimos. As informações, os dados e os ativos intelectuais são hoje os bens e serviços mais valiosos de nossa economia e política, e os alimentamos a todo momento, sem nos darmos conta das implicações cotidianas que nos são impostas. Há, no entanto, um paradoxo entre o recta à informação e a cultura da aceleração.

O recta à informação é fundamental em uma democracia, pois permite o aproximação do cidadão a fatos, dados e documentos que serão importantes para sua formação, discrição e autonomia. No extenso rol de direitos constitucionais que compõem o sumptuosidade dessa disciplina jurídica, está o recta de aproximação à informação (Art. 5°, XIV, CF/88), inclusive pública (Art. 5°, XXXIII, CF/88), além do recta à liberdade de prensa, o recta à ensino, entre outros. Nos vinte anos de Regime Militar vivenciados pelo Brasil, antes da redemocratização institucionalizada pela Constituição Federalista de 1988, alguns dos efeitos mais perversos do governo dominador foram a exprobação e o sigilo de informações, que prejudicaram a memória pessoal das vítimas da ditadura e a memória coletiva de nossa história.

Voltemos aos tempos pretensamente perdidos, para desacelerar as flamas. Para as manchetes, talvez os cancelamentos. Aos fatos, o sota dos olhos, para permitir a reflexão, o discrição, a dialética e a tolerância

A sensação de aceleração do tempo não é novidade; é um sintoma da modernidade e da cultura ocidental, que se estrutura em bases capitalistas. A produção e o libido de consumo fomentam o movimento desordenado para a manutenção de um sistema voltado ao progresso, talvez imaginário por suas ambições nunca alcançadas de {{aqui}} social. As 24 horas dos sete dias da semana organizam a separação do trabalho em jornadas, racionalizam as rotinas, o tempo da subsistência, do consumo e das férias. Somos resultado e produtores do sistema que nos aliena.

O filósofo coreano Byung-Chul Han diagnosticou a nossa sociedade contemporânea, voltada ansiosamente ao desempenho e à exploração da liberdade, porquê uma “sociedade de cansaço”. Vivemos inflamados, em uniforme incentivo. Pausa e desconexão são associadas ao tédio e à delírio social. Han também é responsável do livro Infocracia, em que ressalta a relevância das informações na economia neoliberal e seus efeitos políticos totalitários, em democracias de vigilância e discursos de pós-verdades.

Neste contexto, o paradoxo consiste na asserção de que o tempo da informação e da dedicação intelectual é o tempo das manchetes e do “estar ligado”, mas não o do discrição ou da autonomia. Não é à toa que plataformas de informações imediatas, porquê a X/Twitter, de Elon Musk, tornaram-se tão populares, indo além dos profissionais do jornalismo e sendo acessadas e alimentadas por todos que se autorizam a opinar. Queremos estar informados e conectados, sob pena de sermos excluídos do sistema, no qual também somos produtores e consumidores de informação.

O sucesso do nosso autoempreendedorismo depende também de nossa notícia e interatividade, da nossa “comunicação sem comunidade”, porquê afirma Han, por não tecer um diálogo geral, mas se voltar à asserção do eu.

O historiador Rodrigo Turin também nos labareda a atenção para essa cultura de aceleração do tempo e de seus vocabulários. Assim, percebem-se nas relações sociais termos porquê “flexibilidade”, que, por exemplo, em um relacionamento de trabalho, “diz respeito à capacidade de reação (mais do que de ação) a um estado de movimento contínuo e hiperacelerado, mas que não se dirige a nenhum lugar específico”, e “eficiência”, atribuída a uma postura gerencial do Estado perante os mercados financeiros, afastando-o do tempo da sociedade social e, portanto, esvaziando o tempo próprio da democracia representativa.

Pensar a informação neste envolvente sociocultural também enseja perceber os vocabulários que lhe são precisos. Bolhas informacionais e fake news fazem segmento de um léxico contemporâneo que denuncia nossas relações de alheamento com uma veras compartilhada. Essas estratégias de manipulação de dados e fatos oferecem o conforto das bolhas de convívio e das fantasias argumentativas, possibilitando raciocínios lineares sem o desconforto do processo dialético democrático.

Porquê pensar o recta à informação neste contexto? Em que medida temos liberdade de aproximação à informação ou em que medida sofremos os contingenciamentos das notícias enviesadas que nos chegam? Qual a possibilidade de a informação permitir a autonomia e fomentar o necessário diálogo democrático esperado?

Sugiro pensarmos em um novo vocabulário para a nossa estratégia de informação, para além do fomento especulativo. Proponho a procura por uma cultura de slownews, ou pela intenção de estudo de nossas informações, dados e leituras, que incitem pensar nas brechas do tempo rápido, nas pausas necessárias para sedimentar o pensamento crítico. Voltemos aos tempos pretensamente perdidos, para desacelerar as flamas. Para as manchetes, talvez os cancelamentos. Aos fatos, o sota dos olhos, para permitir a reflexão, o discrição, a dialética e a tolerância.

Maria Helena Japiassu Marítimo de Macedo, Advogada, servidora pública, pesquisadora em Direitos Culturais, rabi e doutoranda em Recta pela UFPR, técnico em Gestão Cultural e em Captação de Recursos pela Universidade de Boston, membro do Instituto Brasílio de Direitos Autorais (IODA), membro associada do IBDCult e coordenadora do GT Artes da Percentagem de Assuntos Culturais da OAB/PR.

Teor editado por:Jocelaine Santos

leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br

https://diclotrans.com/redirect?id=41928&auth=49e94614f6987ef93673017ac5a16616c706109f
Post AnteriorA direita avança no mundo e no Brasil
Próximo Post A racionalização da máquina do Estado brasileira é uma utopia
Maria Helena Japiassu Marinho de Macedo

Veja outras matérias!

OS2 comunicacao

Construtora abre mais de 40 vagas de emprego em Sorocaba

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

História do Jazz - Origem, Influencias e Legado

História do Jazz – Origem, Influencias e Legado

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Ícone de Busca

Bets e a responsabilidade jurídica dos influenciadores Noticias No BR

Ícone de Busca

Lula quer importar censura chinesa Noticias No BR

Ícone de Busca

Senado aprova novas regras para licenciamento ambiental Noticias No BR

EM DESTAQUE
Alta histórica da Selic impacta economia e juros no Brasil

Alta histórica da Selic impacta economia e juros no Brasil

19 de junho de 2025
História do Jazz - Origem, Influencias e Legado

História do Jazz – Origem, Influencias e Legado

6 de junho de 2025
Crônicas Políticas: Relatos e Lições

Crônicas Políticas: Relatos e Lições

28 de abril de 2025
img 679d728d9f147

Grupo DPSP expande atuação nacional e celebra a marca de 1.600 lojas

31 de janeiro de 2025
Lúcio Vaz

Emendas de parlamentares somaram R$ 31 bilhões em 2024

9 de janeiro de 2025
NOVIDADES
Atuação da Polícia na Colômbia Após Ataque a Senador Miguel Uribe

Atuação da Polícia na Colômbia Após Ataque a Senador Miguel Uribe

4 de julho de 2025
Baleia que moveu 80.000 bitcoins (R$ 47 bilhões) pode ser um hacker

Baleia que moveu 80.000 bitcoins (R$ 47 bilhões) pode ser um hacker Noticias No BR

4 de julho de 2025
Raro cometa interestelar ilumina o céu do planeta

Raro cometa interestelar ilumina o céu do planeta

4 de julho de 2025

Links rápidos

  • Sobre nós
  • Anuncie conosco
  • Quero ser um redator
  • Contato

Transparência

  • Informações de Propriedade e Financiamento
  • Política de Correções
  • Política de Diversidade
  • Política de Ética
  • Política de Feedback Acionável
  • Política de Princípios de Publicação
  • Política de privacidade
  • Relatório de Pessoal de Diversidade

Contatos

  • [email protected]
  • [email protected]
  • +55 (11)94720-6114
  • © 2024 NoticiasnoBR Todos os direitos reservados
  • Desenvolvido por Creativelabs Studio

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Digite Esc para sair.

Ad Blocker Habilitado!
Ad Blocker Habilitado!
Nosso site é possível exibindo anúncios online para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos desabilitando seu Ad Blocker.