Eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já ocupou a Vivenda Branca de 2017 até 2021, fará seu retorno o incumbência nesta segunda (20) em evento que apesar de uma intensa nevasca promete recrutar milhares de apoiadores. O empresário, espargido pela sua visão nem um pouco ortodoxa da política externa americana, agora irá chefiar o influente Estado americano até 2029, levantando a questão: o que será do mundo nos próximos 4 anos?
Antes mesmo de sua posse e retorno ao poder, Trump já deu sinais dessa resposta ao declarar publicamente um interesse em apender o Canadá, a Groenlândia e o Meio do Panamá e em mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. Tais movimentações envolvendo territórios no Continente Americano refletem dois elementos que são segmento fundamental da política externa de Trump: o nacionalismo populista e um menor apreço à federação transatlântica, refletido na sua vontade de apender território de dois países membros: o Canadá e a Dinamarca.
Leste segundo é, talvez, um dos maiores diferenciais de Trump na política externa. Isso porque, confrontando o pensamento tradicional americano, o novo presidente tem uma visão mais sátira em relação à OTAN, argumentando que os demais países membros não cumprem suas funções na organização porquê o investimento mínimo previsto do PIB para a resguardo, por exemplo. Trump também acredita que a tradicional federação transatlântica com raízes que remontam à primeira guerra mundial tem o efeito de ocupar as Forças Armadas americanas com assuntos que deveriam ser resolvidos pelos Estados europeus, e já criticou francamente a organização em inúmeros episódios.
Esse posicionamento do novo gerente de Estado americano faz com que a resposta para a pergunta do primeiro parágrafo para os demais países da federação transatlântica seja que os próximos 4 anos serão extremamente delicados para a OTAN e provavelmente muito desgastante, contando com menor suporte e maior pressão por segmento dos EUA. As consequências desta instabilidade mútua irão levar provavelmente a uma militarização de países europeus e um desgaste nas relações diplomáticas dentro da organização.
O Oriente Médio também figura entre uma das regiões mais afetadas, com Trump prometendo ser extremamente combativo na luta contra o Irã e os grupos terroristas. Assim, a novidade governo americana promete trazer desafios significativos ao Irã e seus grupos satélites com uma política ainda mais incisiva contra estes
Ainda na Europa, é esperado por analistas uma diferença significativa no contexto da guerra entre Rússia e Ucrânia. Trump, que já sinalizou que pretende diminuir o suporte militar à Ucrânia e prometeu durante a campanha negociar o termo da guerra, deve utilizar o colossal poder diplomático americano para terebrar caminho para um cessar-fogo e mediando os interesses russos, ucranianos e, naturalmente, americanos. Apesar disso, não se pode esperar, porquê prometido em campanha, que levante processo seja extremamente rápido, com levante enfrentando obstáculos porquê a disposição ucraniana para lutar, a dificuldade de negociação causada pelo isolamento da Rússia e uma enorme pressão doméstica no legislativo americano para continuar apoiando Kiev.
O continente deve tolerar significativas mudanças com o republicano na Vivenda Branca. A primeira delas é a relação entre China e EUA, que deve piorar de forma significativa tanto no contexto da geopolítica quanto na economia. Trump, seguindo uma tendência iniciada no primeiro governo e seguida durante o governo Biden, acredita que a força do Estado americano na geopolítica deve estar direcionada de forma quase exclusiva no enfrentamento à China, excluindo a Rússia, que muitos burocratas ortodoxos americanos defendem porquê sendo uma rival considerável.
O Oriente Médio também figura entre uma das regiões mais afetadas com o retorno do republicano, com Trump prometendo ser extremamente combativo na luta contra o Irã e os grupos terroristas. Assim, a novidade governo americana promete trazer desafios significativos ao Irã e seus grupos satélites com uma política ainda mais incisiva contra estes. Israel de Netanyahu, por sua vez, se mostra extremamente contente com o novo líder americano e otimista para os próximos quatro anos, optimista de que vai receber ainda mais suporte de seu principal parceiro, os EUA.
Outra grande tendência que deve se concretizar durante é o colapso do transacção internacional liberal liderado pelos EUA nas últimas décadas. Leste fenômeno já tinha se tornado tendência por conta da gradual subtracção da predominância americana e uma maior instabilidade no cenário internacional, mas o protecionismo de Trump deve atuar porquê agente impulsionador dessa diferença no transacção internacional, promovendo políticas protecionistas na América, criando tarifas para produtos vindos de fora e aumentando de forma significativa a guerra mercantil contra a China, colocando em xeque o padrão atual neoliberal da economia internacional.
Paralelamente, o simbolismo do retorno de Trump traz mais um elemento extremamente importante de se indagar na política internacional: o impulsionamento de lideranças políticas populistas e nacionalistas dentro do campo político da Direita. Leste fenômeno é perceptível ao se notar a proximidade de Trump com figuras porquê Viktor Orban, da Hungria, e Netanyahu, de Israel, além de inúmeros outros, principalmente pelas Américas, Europa e Oriente Médio.
Leste fenômeno impulsiona a vaga de incremento mundial de um setor populista da direita, fomentando estes movimentos por diferentes países e desafiando o status quo em boa segmento deles. Lideranças porquê os já citados primeiros-ministros da Hungria e de Israel, o presidente prateado Javier Milei, o salvadorenho Bukele e, embora de maneira limitada, Jair Bolsonaro no Brasil, provavelmente irão se beneficiar do novo coligado na Vivenda Branca tanto na política doméstica de seus países quanto no cenário internacional. Partidos da direita também devem se beneficiar em inúmeros outros países, porquê França e Alemanha.
Naturalmente, a volatilidade do sistema internacional e o resultado de diferentes episódios que não dependem de ações de Trump podem impulsionar ou frear suas políticas, e é impossível saber com antecedência o resultado e os impactos efetivos de seu procuração no cenário internacional. Ainda assim, não restam dúvidas que a transição do tradicional pensamento de política externa do Estado americano presente na governo Biden para o não ortodoxismo que promete estar presente na segunda governo Trump irá trazer significativas consequências para o mundo e que o clima em seguida a posse do novo presidente será de mudança.
Felipe Vasconcelos, comentador de política internacional, é fundador do Observatório Atena.
leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br