notíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
Facebook X (Twitter) Instagram
Trending
  • Investimentos mais seguros: como proteger seu patrimônio na crise
  • A Bicentésima do Automobilismo Brasileiro e o Ícone Volkswagen Brasília
  • Brasileira Laysa Peixoto será a primeira mulher a viajar para o espaço
  • Brasil deve vender 1 milhão de veículos elétricos até 2027
  • Ataque a pré-candidato na Colômbia ressalta preocupações de segurança
  • Imbróglio político e militar na Venezuela causa crise internacional
  • Anvisa bloqueia 11 marcas de azeite por fraude e irregularidades
  • Diamantina no inverno: charme, cultura e tradições encantam turistas
Facebook X (Twitter) Instagram
notíciasnoBRnotíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
notíciasnoBR
Home - Diversos - O filme “Ainda Estou Aqui” e a reflexão sobre diálogo político

O filme “Ainda Estou Aqui” e a reflexão sobre diálogo político

Escrito por Editora Gazeta do Povo S/A6 de janeiro de 2025Updated:6 de janeiro de 2025Tempo de Leitura 5 Mins
Gostou? Compartilhe essa matéria Facebook Pinterest WhatsApp
Ícone de Busca
Gostou?
Facebook Pinterest WhatsApp

A trajetória de sucesso de público e de sátira que vem sendo percorrida pelo filme Ainda Estou aqui, premiado, inclusive, com um Mundo de Ouro para Fernanda Torres, faz jus à qualidade artística de uma produção que é um apelo por humanidade. A obra se destaca pela atuação sensível dos atores, a lustroso remontagem de era, a elegante trilha sonora e um roteiro primorosamente adequado do livro de Marcelo Rubens Paiva.

O filme sublinha a premência de preservação da memória de um ente querido, intuito de violência injustificável, e de manter vivo um pretérito que ainda não foi totalmente submetido a um necessário acerto de contas no país. Daí que toda tentativa de boicote ideológico ao filme, foi, felizmente, infrutífera. A história dos Paiva cala fundo na espírito, aproxima-nos por nossa capacidade de comoção e empatia.

Diante de um tecido social tão fragilizado pela polarização política uma vez que o que se observa no Brasil, a acolhida calorosa do público a Ainda Estou Cá deveria ser vista uma vez que um invitação ao diálogo político e ao início de uma reconciliação social entre os brasileiros

Disse Fernanda Torres, que interpreta a protagonista do filme, Eunice: “Você pode ser de esquerda, de direita, de centro, não importa, o filme vai te tocar em um lugar diferente”. O mais importante, porém, é que toque todos por meio do repúdio irrenunciável a qualquer forma de vexame e da baixeza a todas as ditaduras. Ditadores não merecem consideração pela simples razão de que princípios e valores humanitários transcendem, ou ao menos deveriam transcender, inclinações e tribos ideológicas. Não há zero “bom” que um ditador possa fazer porque não há zero que não possa ser obtido pela via democrática. Uma sociedade pode prosperar e prometer bem-estar social aos seus cidadãos sem que o governo espalhe o terror entre os que governa.

Diante de um tecido social tão fragilizado pela polarização política uma vez que o que se observa no Brasil, a acolhida calorosa do público a Ainda Estou Cá deveria ser vista uma vez que um invitação ao diálogo político e ao início de uma reconciliação social entre os brasileiros. Trata-se também de uma oportunidade de autocrítica por secção de cada um dos lados da clivagem ideológica que caracteriza o país.

Um saudável primeiro passo nesse sentido seria oferecido se direita e esquerda buscassem formas mais honestas de refletir sobre 1964 e o que se seguiu. Cabe à direita deixar de justificar o golpe sob o argumento frágil e questionável de que o Brasil corria o risco de submergir em uma ditadura comunista. Pior ainda seguir insistindo que as perseguições, as prisões, as torturas, os assassinatos e a increpação perpetrados pelo Estado foram males necessários para evitar um mal maior.

Mas cabe à esquerda, também, fazer sua mea culpa. Há décadas, intelectuais, artistas, políticos e professores da chamada “ala progressista” se negam, por diversos interesses, a realizar uma revisão verdadeiramente sátira e isenta sobre o período. Invariavelmente, a narrativa da esquerda sobre 1964 e o regime militar incorre em tentação panfletária e segue uma risca superficial, maniqueísta e manipuladora que simplifica cenários e carrega ainda mais nas tintas do que já foi extremamente dramático, muitas vezes para realçar contornos de heroísmo inexistentes ou mais modestos do que foram e até para exaltar vilanias.

A vida no Brasil entre 1964-1985 é retratada pela esquerda uma vez que uma “distopia superlativa” capaz de fazer outras experiências totalitárias uma vez que a Alemanha nazista, o stalinismo soviético ou o maoísmo chinês parecerem brincadeiras de crianças. O enfrentamento entre o regime e seus opositores, principalmente nos chamados “anos de chumbo” é retratado em peças, canções, filmes e livros didáticos uma vez que uma luta sem nuances do muito contra o mal, uma vez que se todos que inicialmente apoiaram o golpe tenham se tornado, depois, partícipes do regime e cúmplices de suas atrocidades.

Já os que estavam combatendo o regime militar, são descritos, sem exceção, uma vez que pacifistas e abnegados que lutavam pela democracia no país. Muitos não eram. O projecto dos grupos radicais armados era instalar no Brasil uma “ditadura do proletariado”. Sabemos disso por depoimentos públicos de ex-integrantes de suas fileiras. Obviamente, zero justifica que tenham sido torturados, exilados e mortos. Pode-se cogitar hoje que foi uma utopia de inconsequentes querer repetir no Brasil o que foi feito, por exemplo, em Cuba. Mas os guerrilheiros dos anos de 1960/70 acreditavam piamente que era provável.

Atentados à petardo, assaltos a bancos, sequestros, justiçamentos, mutilações e assassinatos ocorreram por obra e perdão da luta armada e atingiram mais de uma centena de inocentes (civis ou militares de baixas patentes) que zero tinham a ver com a repressão e os homens do poder, a maioria não em combates francos e corpo a corpo, mas em situações de emboscada com os ardis típicos de ações terroristas. Os protagonistas e idealizadores dessas ações deveriam parar de ser apresentados uma vez que heróis românticos. E suas vítimas merecem ser lembradas uma vez que são, há muito tempo, as vítimas do regime militar. A memória não deveria apagá-las. Ainda estão cá também.

Carlos Maurício Ardissone é doutor em Relações Internacionais pela PUC-RJ.

leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br

Post Anteriorentenda o revés por trás do caso que envolveu soldado israelense, Justiça brasileira e prenúncio
Próximo Post STF quer revogar regra que impede votos de Mendonça e Nunes Marques, o que pode beneficiar Dino e Zanin
Editora Gazeta do Povo S/A

Veja outras matérias!

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

História do Jazz - Origem, Influencias e Legado

História do Jazz – Origem, Influencias e Legado

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Ícone de Busca

Bets e a responsabilidade jurídica dos influenciadores Noticias No BR

Ícone de Busca

Lula quer importar censura chinesa Noticias No BR

Ícone de Busca

Senado aprova novas regras para licenciamento ambiental Noticias No BR

Ícone de Busca

Baptista Júnior compromete mais Bolsonaro que Freire Gomes Noticias No BR

EM DESTAQUE
Constituição de 1934: Pilares Históricos

Constituição de 1934: Pilares Históricos

7 de março de 2025
STF pode gerar impacto financeiro de R$ 777 milhões com mudança no Marco Civil

STF pode gerar impacto financeiro de R$ 777 milhões com mudança no Marco Civil

2 de junho de 2025
Como a China utiliza a IA para censurar

Como a China utiliza a IA para censurar

18 de maio de 2025
História do Jazz - Origem, Influencias e Legado

História do Jazz – Origem, Influencias e Legado

6 de junho de 2025
Mercado Livre aciona Justiça contra bloqueios de plataformas piratas

Mercado Livre aciona Justiça contra bloqueios de plataformas piratas

3 de junho de 2025
NOVIDADES
Investimentos mais seguros: como proteger seu patrimônio na crise

Investimentos mais seguros: como proteger seu patrimônio na crise

8 de junho de 2025
A Bicentésima do Automobilismo Brasileiro e o Ícone Volkswagen Brasília

A Bicentésima do Automobilismo Brasileiro e o Ícone Volkswagen Brasília

8 de junho de 2025
Brasileira Laysa Peixoto será a primeira mulher a viajar para o espaço

Brasileira Laysa Peixoto será a primeira mulher a viajar para o espaço

8 de junho de 2025

Links rápidos

  • Sobre nós
  • Anuncie conosco
  • Quero ser um redator
  • Contato

Transparência

  • Informações de Propriedade e Financiamento
  • Política de Correções
  • Política de Diversidade
  • Política de Ética
  • Política de Feedback Acionável
  • Política de Princípios de Publicação
  • Política de privacidade
  • Relatório de Pessoal de Diversidade

Contatos

  • [email protected]
  • [email protected]
  • +55 (11)94720-6114
  • © 2024 NoticiasnoBR Todos os direitos reservados
  • Desenvolvido por Creativelabs Studio

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Digite Esc para sair.

Ad Blocker Habilitado!
Ad Blocker Habilitado!
Nosso site é possível exibindo anúncios online para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos desabilitando seu Ad Blocker.