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Home - Diversos - O filme “Ainda Estou Aqui” e a reflexão sobre diálogo político

O filme “Ainda Estou Aqui” e a reflexão sobre diálogo político

Escrito por Editora Gazeta do Povo S/A6 de janeiro de 2025Updated:6 de janeiro de 2025Tempo de Leitura 5 Mins
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A trajetória de sucesso de público e de sátira que vem sendo percorrida pelo filme Ainda Estou aqui, premiado, inclusive, com um Mundo de Ouro para Fernanda Torres, faz jus à qualidade artística de uma produção que é um apelo por humanidade. A obra se destaca pela atuação sensível dos atores, a lustroso remontagem de era, a elegante trilha sonora e um roteiro primorosamente adequado do livro de Marcelo Rubens Paiva.

O filme sublinha a premência de preservação da memória de um ente querido, intuito de violência injustificável, e de manter vivo um pretérito que ainda não foi totalmente submetido a um necessário acerto de contas no país. Daí que toda tentativa de boicote ideológico ao filme, foi, felizmente, infrutífera. A história dos Paiva cala fundo na espírito, aproxima-nos por nossa capacidade de comoção e empatia.

Diante de um tecido social tão fragilizado pela polarização política uma vez que o que se observa no Brasil, a acolhida calorosa do público a Ainda Estou Cá deveria ser vista uma vez que um invitação ao diálogo político e ao início de uma reconciliação social entre os brasileiros

Disse Fernanda Torres, que interpreta a protagonista do filme, Eunice: “Você pode ser de esquerda, de direita, de centro, não importa, o filme vai te tocar em um lugar diferente”. O mais importante, porém, é que toque todos por meio do repúdio irrenunciável a qualquer forma de vexame e da baixeza a todas as ditaduras. Ditadores não merecem consideração pela simples razão de que princípios e valores humanitários transcendem, ou ao menos deveriam transcender, inclinações e tribos ideológicas. Não há zero “bom” que um ditador possa fazer porque não há zero que não possa ser obtido pela via democrática. Uma sociedade pode prosperar e prometer bem-estar social aos seus cidadãos sem que o governo espalhe o terror entre os que governa.

Diante de um tecido social tão fragilizado pela polarização política uma vez que o que se observa no Brasil, a acolhida calorosa do público a Ainda Estou Cá deveria ser vista uma vez que um invitação ao diálogo político e ao início de uma reconciliação social entre os brasileiros. Trata-se também de uma oportunidade de autocrítica por secção de cada um dos lados da clivagem ideológica que caracteriza o país.

Um saudável primeiro passo nesse sentido seria oferecido se direita e esquerda buscassem formas mais honestas de refletir sobre 1964 e o que se seguiu. Cabe à direita deixar de justificar o golpe sob o argumento frágil e questionável de que o Brasil corria o risco de submergir em uma ditadura comunista. Pior ainda seguir insistindo que as perseguições, as prisões, as torturas, os assassinatos e a increpação perpetrados pelo Estado foram males necessários para evitar um mal maior.

Mas cabe à esquerda, também, fazer sua mea culpa. Há décadas, intelectuais, artistas, políticos e professores da chamada “ala progressista” se negam, por diversos interesses, a realizar uma revisão verdadeiramente sátira e isenta sobre o período. Invariavelmente, a narrativa da esquerda sobre 1964 e o regime militar incorre em tentação panfletária e segue uma risca superficial, maniqueísta e manipuladora que simplifica cenários e carrega ainda mais nas tintas do que já foi extremamente dramático, muitas vezes para realçar contornos de heroísmo inexistentes ou mais modestos do que foram e até para exaltar vilanias.

A vida no Brasil entre 1964-1985 é retratada pela esquerda uma vez que uma “distopia superlativa” capaz de fazer outras experiências totalitárias uma vez que a Alemanha nazista, o stalinismo soviético ou o maoísmo chinês parecerem brincadeiras de crianças. O enfrentamento entre o regime e seus opositores, principalmente nos chamados “anos de chumbo” é retratado em peças, canções, filmes e livros didáticos uma vez que uma luta sem nuances do muito contra o mal, uma vez que se todos que inicialmente apoiaram o golpe tenham se tornado, depois, partícipes do regime e cúmplices de suas atrocidades.

Já os que estavam combatendo o regime militar, são descritos, sem exceção, uma vez que pacifistas e abnegados que lutavam pela democracia no país. Muitos não eram. O projecto dos grupos radicais armados era instalar no Brasil uma “ditadura do proletariado”. Sabemos disso por depoimentos públicos de ex-integrantes de suas fileiras. Obviamente, zero justifica que tenham sido torturados, exilados e mortos. Pode-se cogitar hoje que foi uma utopia de inconsequentes querer repetir no Brasil o que foi feito, por exemplo, em Cuba. Mas os guerrilheiros dos anos de 1960/70 acreditavam piamente que era provável.

Atentados à petardo, assaltos a bancos, sequestros, justiçamentos, mutilações e assassinatos ocorreram por obra e perdão da luta armada e atingiram mais de uma centena de inocentes (civis ou militares de baixas patentes) que zero tinham a ver com a repressão e os homens do poder, a maioria não em combates francos e corpo a corpo, mas em situações de emboscada com os ardis típicos de ações terroristas. Os protagonistas e idealizadores dessas ações deveriam parar de ser apresentados uma vez que heróis românticos. E suas vítimas merecem ser lembradas uma vez que são, há muito tempo, as vítimas do regime militar. A memória não deveria apagá-las. Ainda estão cá também.

Carlos Maurício Ardissone é doutor em Relações Internacionais pela PUC-RJ.

leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br

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