notíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
Facebook X (Twitter) Instagram
Trending
  • PF e Receita investigam PCC em crimes na Faria Lima
  • Trump promete endurecer combate ao crime nos EUA
  • Raul Gil recebe alta após tratamento de diverticulite aguda em São Paulo
  • EUA usam Lei Magnitsky para sancionar golpistas de criptomoedas no sudeste asiático Noticias No BR
  • Defesa de Bolsonaro aponta vícios em julgamento no STF
  • Procon multa Piracanjuba por confundir consumidor com embalagens
  • TCU identifica R$ 85 milhões em emendas sem projeto formal
  • CCJ retoma processo que pode cassar mandato de Carla Zambelli
Facebook X (Twitter) Instagram
notíciasnoBRnotíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
notíciasnoBR
Home - Diversos - O filme “Ainda Estou Aqui” e a reflexão sobre diálogo político

O filme “Ainda Estou Aqui” e a reflexão sobre diálogo político

Escrito por Editora Gazeta do Povo S/A6 de janeiro de 2025Updated:6 de janeiro de 2025Tempo de Leitura 5 Mins
Gostou? Compartilhe essa matéria Facebook Pinterest WhatsApp
Ícone de Busca
Gostou?
Facebook Pinterest WhatsApp

A trajetória de sucesso de público e de sátira que vem sendo percorrida pelo filme Ainda Estou aqui, premiado, inclusive, com um Mundo de Ouro para Fernanda Torres, faz jus à qualidade artística de uma produção que é um apelo por humanidade. A obra se destaca pela atuação sensível dos atores, a lustroso remontagem de era, a elegante trilha sonora e um roteiro primorosamente adequado do livro de Marcelo Rubens Paiva.

O filme sublinha a premência de preservação da memória de um ente querido, intuito de violência injustificável, e de manter vivo um pretérito que ainda não foi totalmente submetido a um necessário acerto de contas no país. Daí que toda tentativa de boicote ideológico ao filme, foi, felizmente, infrutífera. A história dos Paiva cala fundo na espírito, aproxima-nos por nossa capacidade de comoção e empatia.

Diante de um tecido social tão fragilizado pela polarização política uma vez que o que se observa no Brasil, a acolhida calorosa do público a Ainda Estou Cá deveria ser vista uma vez que um invitação ao diálogo político e ao início de uma reconciliação social entre os brasileiros

Disse Fernanda Torres, que interpreta a protagonista do filme, Eunice: “Você pode ser de esquerda, de direita, de centro, não importa, o filme vai te tocar em um lugar diferente”. O mais importante, porém, é que toque todos por meio do repúdio irrenunciável a qualquer forma de vexame e da baixeza a todas as ditaduras. Ditadores não merecem consideração pela simples razão de que princípios e valores humanitários transcendem, ou ao menos deveriam transcender, inclinações e tribos ideológicas. Não há zero “bom” que um ditador possa fazer porque não há zero que não possa ser obtido pela via democrática. Uma sociedade pode prosperar e prometer bem-estar social aos seus cidadãos sem que o governo espalhe o terror entre os que governa.

Diante de um tecido social tão fragilizado pela polarização política uma vez que o que se observa no Brasil, a acolhida calorosa do público a Ainda Estou Cá deveria ser vista uma vez que um invitação ao diálogo político e ao início de uma reconciliação social entre os brasileiros. Trata-se também de uma oportunidade de autocrítica por secção de cada um dos lados da clivagem ideológica que caracteriza o país.

Um saudável primeiro passo nesse sentido seria oferecido se direita e esquerda buscassem formas mais honestas de refletir sobre 1964 e o que se seguiu. Cabe à direita deixar de justificar o golpe sob o argumento frágil e questionável de que o Brasil corria o risco de submergir em uma ditadura comunista. Pior ainda seguir insistindo que as perseguições, as prisões, as torturas, os assassinatos e a increpação perpetrados pelo Estado foram males necessários para evitar um mal maior.

Mas cabe à esquerda, também, fazer sua mea culpa. Há décadas, intelectuais, artistas, políticos e professores da chamada “ala progressista” se negam, por diversos interesses, a realizar uma revisão verdadeiramente sátira e isenta sobre o período. Invariavelmente, a narrativa da esquerda sobre 1964 e o regime militar incorre em tentação panfletária e segue uma risca superficial, maniqueísta e manipuladora que simplifica cenários e carrega ainda mais nas tintas do que já foi extremamente dramático, muitas vezes para realçar contornos de heroísmo inexistentes ou mais modestos do que foram e até para exaltar vilanias.

A vida no Brasil entre 1964-1985 é retratada pela esquerda uma vez que uma “distopia superlativa” capaz de fazer outras experiências totalitárias uma vez que a Alemanha nazista, o stalinismo soviético ou o maoísmo chinês parecerem brincadeiras de crianças. O enfrentamento entre o regime e seus opositores, principalmente nos chamados “anos de chumbo” é retratado em peças, canções, filmes e livros didáticos uma vez que uma luta sem nuances do muito contra o mal, uma vez que se todos que inicialmente apoiaram o golpe tenham se tornado, depois, partícipes do regime e cúmplices de suas atrocidades.

Já os que estavam combatendo o regime militar, são descritos, sem exceção, uma vez que pacifistas e abnegados que lutavam pela democracia no país. Muitos não eram. O projecto dos grupos radicais armados era instalar no Brasil uma “ditadura do proletariado”. Sabemos disso por depoimentos públicos de ex-integrantes de suas fileiras. Obviamente, zero justifica que tenham sido torturados, exilados e mortos. Pode-se cogitar hoje que foi uma utopia de inconsequentes querer repetir no Brasil o que foi feito, por exemplo, em Cuba. Mas os guerrilheiros dos anos de 1960/70 acreditavam piamente que era provável.

Atentados à petardo, assaltos a bancos, sequestros, justiçamentos, mutilações e assassinatos ocorreram por obra e perdão da luta armada e atingiram mais de uma centena de inocentes (civis ou militares de baixas patentes) que zero tinham a ver com a repressão e os homens do poder, a maioria não em combates francos e corpo a corpo, mas em situações de emboscada com os ardis típicos de ações terroristas. Os protagonistas e idealizadores dessas ações deveriam parar de ser apresentados uma vez que heróis românticos. E suas vítimas merecem ser lembradas uma vez que são, há muito tempo, as vítimas do regime militar. A memória não deveria apagá-las. Ainda estão cá também.

Carlos Maurício Ardissone é doutor em Relações Internacionais pela PUC-RJ.

leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br

Post Anteriorentenda o revés por trás do caso que envolveu soldado israelense, Justiça brasileira e prenúncio
Próximo Post STF quer revogar regra que impede votos de Mendonça e Nunes Marques, o que pode beneficiar Dino e Zanin
Editora Gazeta do Povo S/A

Veja outras matérias!

Captura de tela 2025 08 31 170141

Descubra Como Chegar a Caraíva com Conforto e Segurança

Captura de tela 2025 07 07 221239

Bambbu Cosméticos: marca brasileira valoriza a beleza dos fios brancos e resgata a autoestima feminina

OS2 comunicacao

Construtora abre mais de 40 vagas de emprego em Sorocaba

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

História do Jazz - Origem, Influencias e Legado

História do Jazz – Origem, Influencias e Legado

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Ícone de Busca

Bets e a responsabilidade jurídica dos influenciadores Noticias No BR

EM DESTAQUE
Análise do Ledger Flex – A carteira criptografada com tela sensível ao toque da Ledger vale a pena?

Estudo do Ledger Flex – A carteira criptografada com tela sensível ao toque da Ledger vale a pena?

7 de novembro de 2024
Tecnologias emergentes transformam politica

Tecnologias emergentes transformam política, economia e sociedade no Brasil

9 de agosto de 2025
Conflito em Israel: uma análise sobre proteção, política e internationalismo

Conflito em Israel: uma análise sobre proteção, política e internationalismo

19 de junho de 2025
Política de Musk e Trump revela conflitos na direita conservadora

Política de Musk e Trump revela conflitos na direita conservadora

7 de junho de 2025
Bird Daily Combo para 11 de janeiro de 2025 – Maximize seu Bird TON Rewards

Bird Daily Combo para 11 de janeiro de 2025 – Maximize seu Bird TON Rewards

11 de janeiro de 2025
NOVIDADES
PF e Receita investigam PCC em crimes na Faria Lima

PF e Receita investigam PCC em crimes na Faria Lima

10 de setembro de 2025
Trump promete endurecer combate ao crime nos EUA

Trump promete endurecer combate ao crime nos EUA

10 de setembro de 2025
Raul Gil recebe alta após tratamento de diverticulite aguda em São Paulo

Raul Gil recebe alta após tratamento de diverticulite aguda em São Paulo

9 de setembro de 2025

Links rápidos

  • Sobre nós
  • Anuncie conosco
  • Quero ser um redator
  • Contato

Transparência

  • Informações de Propriedade e Financiamento
  • Política de Correções
  • Política de Diversidade
  • Política de Ética
  • Política de Feedback Acionável
  • Política de Princípios de Publicação
  • Política de privacidade
  • Relatório de Pessoal de Diversidade

Contatos

  • [email protected]
  • [email protected]
  • +55 (11)94720-6114
  • © 2024 NoticiasnoBR Todos os direitos reservados
  • Desenvolvido por Creativelabs Studio

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Digite Esc para sair.

Ad Blocker Habilitado!
Ad Blocker Habilitado!
Nosso site é possível exibindo anúncios online para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos desabilitando seu Ad Blocker.