Para compreender o impacto das atuais tentativas de privatização no Brasil, mormente em relação a gigantes uma vez que Petrobras e Eletrobras, é principal examinarmos o contexto histórico e as motivações por trás desses processos. Desde a Era Vargas, as empresas estatais têm sido palco de um intenso debate entre o interesse público e as forças que buscam alinhá-las às demandas do setor privado, muitas vezes ligadas ao agronegócio. Nascente setor, em diversas ocasiões, demonstra pouco interesse em fortalecer a soberania energética e industrial do país. No Paraná, essa discussão ganha contornos particulares, evidenciando a valimento de entender uma vez que os interesses agrícolas e econômicos regionais se relacionam com os projetos nacionais.
Durante o governo Vargas, a instauração da Petrobras e de empresas estatais no setor elétrico, uma vez que a Eletrobras, tinham uma vez que objetivo prometer que os recursos estratégicos do Brasil não ficassem vulneráveis a pressões externas ou dependentes de setores econômicos específicos, uma vez que o agronegócio. Vargas compreendia que o fortalecimento da soberania vernáculo estava intrinsecamente ligado ao controle do próprio desenvolvimento energético, rompendo com a tradicional política do “café com leite” e o domínio das elites agrárias. As estatais surgiram uma vez que um contraveneno contra a submissão de um único setor econômico, que muitas vezes travava o desenvolvimento industrial.
A submissão ao agronegócio é um fenômeno que se fortalece. Sem empresas estatais fortes, o Brasil volta a depender quase exclusivamente desse setor, que muitas vezes ignora as necessidades ambientais e sociais do país
Hoje, a narrativa de prevaricação se tornou o argumento principal para justificar privatizações, mas poucos se perguntam sobre os reais interesses por trás disso. A prevaricação é inegavelmente um problema, mas a solução seria desmantelar a capacidade do Brasil de gerir seus recursos estratégicos? É uma pergunta crucial. Privatizar essas empresas significa jogar fora o principal instrumento de mediação econômica e social do Estado, entregando-o a interesses privados, muitos deles internacionais. No Paraná, os reflexos disso são claros. Se empresas de infraestrutura, mormente aquelas ligadas a setores estratégicos de robustez, forem privatizadas, as tarifas para a população provavelmente subirão, e o controle sobre o desenvolvimento econômico ficará cada vez mais distante dos interesses locais.
A submissão ao agronegócio é um fenômeno que se fortalece. Sem empresas estatais fortes, o Brasil volta a depender quase exclusivamente desse setor, que muitas vezes ignora as necessidades ambientais e sociais do país. Essa “boiada” passando significa um retorno à visão de país voltado somente para a exportação de matérias-primas, colocando em segundo projecto os avanços sociais, energéticos e industriais conquistados a duras penas desde a Era Vargas.
As recentes privatizações no Paraná têm gerado muita discussão. A venda da Copel, nossa companhia de robustez, foi justificada uma vez que uma forma de melhorar o serviço e reduzir custos. Mas será que é isso mesmo que acontece? Olhando para outros lugares que fizeram o mesmo, fico me perguntando quem realmente ganha com isso. E agora estão falando em privatizar a Sanepar, que cuida da nossa chuva, e a Celepar, responsável pela tecnologia do estado. Isso me preocupa, pois são serviços essenciais para todos nós.
Lembro que empresas uma vez que a Petrobras e a Eletrobras foram criadas para prometer que o Brasil tivesse controle sobre setores importantes. aqui no Paraná, a ideia era a mesma com a Copel, Sanepar e Celepar – fortalecer nossa economia lugar. Antes de ser privatizada, a Copel tinha um papel importante em manter as tarifas justas e investir no longo prazo. Agora, com donos privados, as decisões são tomadas pensando mais no lucro do que nas necessidades do povo paranaense. Isso pode valer contas mais caras e menos investimentos em áreas que precisam mais.
A verosímil venda da Sanepar e da Celepar também me deixa apreensivo. A chuva é um recta substancial, não deveria ser tratada uma vez que mercadoria. E a Celepar lida com informações importantes do estado – isso nas mãos de empresas privadas pode ser aventuroso. Dizem que privatizar ajuda a combater a prevaricação e torna tudo mais eficiente. Mas será mesmo? Parece que estamos ficando cada vez mais dependentes do agronegócio e de grandes empresas, perdendo o controle sobre nossos próprios recursos.
Requião Fruto é deputado estadual no Paraná.