Segundo dados do Bitybank, maior banco de criptomoedas brasileiro, o volume de negociações dos doláres digitais USDT e USDC, conhecidos também como stablecoins, cresceu mais de 160% no primeiro trimestre de 2025, comparado com o mesmo período de 2024.
Este crescimento vem ocorrendo por vários motivos, mas principalmente pela facilidade em posicionar parte de sua economia em moedas fortes, como o dólar ou euro, e também pela agilidade na transferência de valores internacionalmente.
Agora, como o novo IOF definido pelo governo, pagamentos com stablecoins ganharam um impulso extra, pois além de toda agilidade e facilidade de uso, agora também permitem custos reduzidos, dado que tais impostos não se aplicam diretamente no uso destes criptoativos.
No caso de remessas internacionais, quando feitas através de bancos tradicionais, comumente levam entre 1 e 2 dias para chegar ao destinatário, enquanto as remessas com criptomoedas levam minutos e podem ser feitas até mesmo nos finais de semana ou madrugadas. Isto traz muita agilidade para as empresas e acaba se convertendo em economia, por reduzir custos relacionados a estocagem de produtos que aguardam pagamentos, juros diários de empréstimos ou multas por atrasos nas remessas de valores.
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Com as novas taxas de IOF, as empresas que ainda não adotaram essa tecnologia, terão um enorme incentivo para utilizá-la, podendo reduzir em até 10 vezes o impacto do novo imposto sobre seus custos.
E não são apenas as empresas que estão preocupadas, o aumento do IOF também pesa no bolso das pessoas físicas: viagens internacionais, cursos no exterior, serviços de streaming estrangeiros, plataformas de trabalho global ou até aquela transferência para ajudar um parente fora do país – tudo ficou mais caro. A nova taxa de 3,5% impacta diretamente essas operações cotidianas.
“Esse aumento do IOF irá impactar diretamente o pequeno e médio empreendedor, freelancers, turistas e qualquer cidadão que precise pagar ou receber do exterior. Este movimento do governo empurra para a adoção de outras alternativas, como stablecoins, que acabam se tornando cada vez mais atrativas pela sua eficiência e baixo custo.” alerta Ney Pimenta do Bitybank.
Ton Marques, líder de produtos do Bitybank, explica: “Com o aumento na demanda por stablecoins, aceleramos o desenvolvimento de alguns produtos da empresa, voltados para esse público. Temos desde de um cartão de crédito, que permite pagamentos diretamente com dólar digital, até um sistema que busca pelo melhor preço de USDT e USDC, em dezenas de provedores de liquidez, garantido que o cliente consiga comprar ou vender pela melhor oferta, mesmo quando necessita de grandes volumes, como os requisitados normalmente por grandes empresas.”
Até mesmo os bancos tradicionais, como o Bradesco, declararam recentemente que o uso de stablecoins é um caminho sem volta: “O grande ganho que imaginamos com a stablecoin é operacional. Ela traz uma eficiência maior e esperamos um custo melhor para todo mundo”, declarou Roberto Medeiros, diretor da área de câmbio do banco.
Bárbara Rocha, diretora de marketing do Bitybank, complementa e finaliza: “Os cripto ativos deixaram de ser apenas uma alternativa de investimento para se tornarem uma ferramenta real de proteção patrimonial e liberdade financeira. Oferecer soluções simples, seguras e acessíveis para o dia a dia das pessoas é o que nos move a trazer a cripto-economia para a realidade dos brasileiros.”
