O governador {{aqui}} de Freitascomeçou o terceiro roadshow internacional promovido em 2025 pelo Governo de São Paulo. O primeiro dia de reuniões foi nesta terça-feira, 22, em Amsterdã, na Holandaonde a comitiva paulista apresentou o projeto do Túnel Imerso Santos-Guarujá à construtora Ballast Nedam.
A obra, aguardada há mais de cem anos pela região, terá faixas para veículos, ciclovia, passagem de pedestres e uma via exclusiva para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Além desse projeto, o roadshow tem foco na atração de investimentos para todo o portfólio do Programa de Parcerias em Investimentos do Estado (PPI-SP)estimado em mais de R$ 550 bilhões.
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O leilão do túnel está marcado para 1º de agosto, com investimento previsto de R$ 6 bilhões, por meio de uma concessão patrocinada de 30 anos.
Em publicação no X, {{aqui}} disse que a agenda do roadshow inclui passagem pela Noruega e Dinamarca ainda nesta semana, onde vão falar também da PPP das travessias hídricas. O projeto de modernização das balsas e catamarãs vai modernizar 14 linhas do transporte aquaviário, com 48 novas embarcações e R$ 1 bilhão em investimentos. O lançamento do edital está previsto para este semestre.
Na passagem pelos dois países, a comitiva se reunirá com executivos de empresas como TEC Tunnel, Immontec, Ruter, LNS, Sweco, DFDS, Maersk e Femern A/S.
Também está prevista uma visita técnica às obras do túnel submerso Fehmarnbelt, entre Dinamarca e Alemanha. Com 18 quilômetros de extensão, quatro faixas rodoviárias e duas linhas férreas, a megaestrutura é considerada uma referência global e serve de exemplo para o projeto do Túnel Santos-Guarujá.
Sabem o Túnel Santos-Guarujá? Obra aguardada há quase um século pela Baixada Santista? Vai ser tornar realidade! E para garantir os R$ 6 bilhões em investimentos e cerca de 9 mil empregos que serão gerados com a 1ª passagem imersa do Brasil, estamos em roadshow. Hoje na Holanda,… pic.twitter.com/y3korc2z1m
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) 23 de abril de 2025
Túnel subaquático promete percurso Santos-Guarujá em 1,5 minuto
O edital de concessão do Túnel Santos-Guarujá foi lançado em 27 de março, em Santos. Com 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade, a estrutura vai conectar os bairros de Outeirinhos e Macuco, em Santos, a Vicente de Carvalho, no Guarujá, e reduzir o tempo de deslocamento entre as duas áreas urbanas.
Atualmente, o percurso é feito pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, com 40 km e 50 minutos de viagem, ou balsa, que leva de 20 minutos a 2 horas, a depender do tráfego, movimentação no porto e condições climáticas. Mais de 20 mil veículos cruzam diariamente as duas margens por balsa, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.
A concessão prevê que a futura operadora será responsável por construir, operar e manter o túnel por 30 anos. O investimento total de R$ 6 bilhões será dividido entre o governo estadual, a União e a iniciativa privada, que receberá remuneração via tarifa e, eventualmente, contraprestação pública, conforme os estudos de viabilidade.
Com capacidade para 150 mil usuários diários, o túnel vai permitir o tráfego de carros, caminhões, ônibus, ciclistas e pedestres, com faixas segregadas, e uma via adaptável ao VLT. O tempo estimado de travessia será de cerca de 1,5 minuto. “A solução viária também amplia possibilidades de desenvolvimento e expansão do Porto de Santos”, diz o governo paulista em nota oficial.
Processo para construção terá pelo menos 8 fases
Diante da publicação do edital, os próximos passos serão a prestação de esclarecimentos, recebimento e análise das propostas, julgamento com base em critérios técnicos e econômicos, leilão público, homologação, adjudicação, assinatura do contrato e emissão da ordem de serviço.
Conforme destacou o consultor portuário Ivam Jardim ao portal g1, grandes projetos como esse exigem tempo e rigor nos trâmites. “O edital representa apenas a fase inicial do processo. Ainda há um caminho longo a percorrer, incluindo consultas públicas, ajustes e a definição de detalhes contratuais.”
O projeto do primeiro túnel submerso do Brasil foi desenvolvido com base em estudos da Fipe, validados por consultorias internacionais, e já possui licença ambiental prévia, segundo o governo paulista. Seis módulos de concreto pré-moldado serão construídos em doca seca e posicionados no leito oceânico por flutuação, depois de testes de impermeabilidade.
