Em 28 de outubro de 1922, ocorreu a “Marcha sobre Roma”, uma manifestação organizada pelo Partido Nacional Fascista (PNF). Isso marcou o começo da ascensão fascista de Benito Mussolini ao poder na Itália e o colapso da democracia liberal no país.
O evento, com características de um golpe de Estado, forçou o primeiro-ministro Luigi Facta a renunciar ao cargo. Diante da pressão, o rei Vitor Emanuel III não resistiu e convidou Benito Mussolini para liderar a formação de um novo governo.
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Três dias depois da marcha, Mussolini começou a composição de seu ministério e assumiu o controle com plenos poderes. Sob sua liderança, a ditadura fascista implantou medidas rígidas e eliminou opositores políticos.
O regime justificava suas ações autoritárias, ao alegar que buscava melhorar as condições de vida de todas as classes sociais, mas, na prática, reprimia qualquer oposição ao seu governo.
Fim da ditadura em 1943
Mussolini permaneceu no comando da Itália por mais de duas décadas, até 1943. Durante seu regime, o país experimentou um período de autoritarismo extremo, com forte censura, perseguições e um rígido controle estatal. A influência de Mussolini e do fascismo moldou profundamente a sociedade italiana, com consequências que ecoaram por muito tempo.
O fim da ditadura veio em 1943, quando Mussolini foi deposto. Nos anos finais da Segunda Guerra Mundial, o líder fascista tentou manter algum poder no norte da Itália, mas seu regime já estava em colapso. Em 28 de abril de 1945, guerrilheiros da Resistência Italiana capturaram e executaram Mussolini. Assim, encerraram definitivamente sua trajetória política e marcaram o fim de uma era sombria na história da Itália.
Quem foi Benito Mussolini
Benito Mussolini, nascido em 29 de julho de 1883, em Predappio, Itália, foi um político, jornalista e líder do Partido Nacional Fascista. Sua ascensão ao poder ocorreu em um período de instabilidade política e social na Itália pós-Primeira Guerra Mundial. Suas promessas de ordem e revitalização nacional atraíram uma ampla base de apoio.
Mussolini começou a carreira política como membro do Partido Socialista Italiano, mas, em 1914, rompeu com a esquerda por causa de sua defesa da entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial. Depois da guerra, fundou o movimento fascista, em 1919, que rapidamente ganhou popularidade entre aqueles que se sentiam desiludidos pela situação econômica e política do país.