Em uma superfície rústico no município paranaense de Campo do Tenente – cidade com 7,5 milénio habitantes, localizada a 100 quilômetros de Curitiba – encontra-se o único mosteiro trapista masculino do Brasil.
Lar de 20 monges que seguem a regra de São Bento, o lugar, que recebe o nome de Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo, recebe visitantes de topo tipo – desde interessados em retiros espirituais ou em sota em meio às extensas áreas verdes, até turistas atraídos pela venustidade do lugar ou pelo estilo de vida dos monges.
Lá, os visitantes podem caminhar entre as árvores ao som de inúmeras espécies de pássaros até encontrar uma bela e ampla capela, que costuma lotar unicamente nos domingos. No templo, é verosímil participar da missa matutino diária e das várias orações que os monges fazem ao longo do dia.
Há uma outra capela, mais intimista, que fica anexa à hospedaria do mosteiro. Aliás, os monges trapistas, conhecidos por sua hospitalidade, deixam essa particularidade muito evidente na estrutura que mantêm no lugar para receber até 12 hóspedes.
Hospedaria com som unicamente do quina dos pássaros
Para hospedar-se no mosteiro trapista de Campo do Tenente, não há um valor estipulado – logicamente a maioria dos que usam o serviço costuma fazer uma taxa financeira, já que há custos para manter a estrutura.
Na hospedaria, os visitantes desfrutam de um quarto com roupa de leito e toalhas, banheiros e outras áreas de uso generalidade, porquê uma cozinha para preparar as próprias refeições. O charme dos quartos fica por conta das belas vistas de superfície virente pelas janelas. Toda a hospedaria é marcada pelo sumo silêncio.
Na hora do almoço, os hóspedes (e também aqueles que informaram seu nome previamente para passar o dia no mosteiro trapista) são convidados para almoçar no refeitório, perto dos monges, uma repasto preparada pelos próprios religiosos, sem dispêndio – um cardápio simples, sem músculos; o mesmo que os monges consomem.
A regra dentro da catedral é silêncio, portanto quem pensa em visitar o espaço pode se preparar para fazer sua repasto ao som unicamente dos talheres tocando os pratos. Quem visitante o mosteiro também encontrará uma loja que comercializa livros, itens religiosos e uma série de guloseimas, desde geleias e biscoitos até bolos de frutas e chocolates artesanais, tudo produzido pelos monges. A poucos metros da loja se encontra a pequena fábrica em que os religiosos produzem os víveres, chamada Panificação Trapista.
Mosteiro economicamente sustentável
Um tanto que pode despertar a curiosidade de quem visitante o Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo pela primeira vez é porquê um número pequeno de monges é capaz de manter uma estrutura tão grande, e com tanta superioridade.
A resposta está por trás da filosofia de vida dos religiosos, que é baseada na Regra de São Bento – um conjunto de preceitos escritos por Bento de Núrsia (480-547 d.C.), que serve porquê guia para a vida monástica na tradição católica.
O capítulo 48 da Regra estabelece que “são verdadeiramente monges quando vivem do trabalho de suas mãos”. Os religiosos trapistas, junto com alguns poucos funcionários, trabalham com afinco na lavoura, na panificação e se encarregam de todos os cuidados da mansão em que residem e da hospedaria oportunidade ao público.
Grande secção da superfície do mosteiro é dedicada ao cultivo de milho, soja, cevada, trigo, aveia, centeio e outras culturas. As colheitas são vendidas para cooperativas da região, o que contribui para manter financeiramente toda a estrutura. Isso faz com que, diferentemente de outros, o mosteiro seja autossuficiente e não dependa diretamente de doações externas.
Onde fica e porquê visitar o mosteiro trapista de Campo do Tenente
“Vem para cá gente do Brasil todo que busca recolhimento espiritual, ou que quer descansar. A hospedaria costuma ficar lotada todo o ano”, conta padre Estêvão, o monge responsável por manter contato com a comunidade externa ao mosteiro.
Apesar de a maioria dos visitantes serem católicos, o mosteiro abre as portas para pessoas de outras denominações ou até mesmo que não professam a fé cristã. À reportagem da Publicação do Povo, padre Estêvão conta que a hospedaria costuma receber periodicamente um pequeno grupo de pastores presbiterianos que aproveitam o silêncio para fazer retiros espirituais.
Já para quem deseja participar das atividades religiosas, há missas de segunda a sábado, às 6h15. Nos domingos, dia da semana em que o lugar costuma estar mais pleno, a celebração acontece às 10h. Ao longo do dia, na capela principal, os monges fazem as orações do Ofício Divino, conhecidas porquê “Liturgia das Horas”. Essas orações também são abertas ao público.
O Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo fica lhano ao público todos os dias, entre 6h e 18h. Seja para hospedagem ou unicamente para passar o dia é preciso informar previamente o nome aos religiosos. Isso pode ser feito pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (41) 3628-1264.
Endereço: Rodovia PR 427, km 07, 3301 | Rio da Várzea, Campo do Tenente – PR
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