Neste mês, Oeste traz novamente aos leitores as reportagens que fizeram mais sucesso em 2024. A material aquém, publicada originalmente em 4 de novembro, informa que a boxeadora Imane Khelif, da Argélia, possui cromossomos XY e testículos internos.
Leia a reportagem aquém
Um relatório médico revelou que a boxeadora Imane Khelif, da Argélia, possui cromossomos XY e testículos internos. A informação, publicada no site norte-americano Reduxx, veio à tona meses depois de Imane ter conquistado uma medalha de ouro no boxe feminino na Olimpíada de Paris 2024. O relatório foi desvelado por um jornalista gálico.
O documento foi elaborado em junho por uma parceria entre o Hospital Kremlin-Bicêtre, em Paris, e o Hospital Mohamed Lamine Debaghine, na Argélia. Os endocrinologistas Soumaya Fedala e Jacques Young revelaram que Imane tem deficiência de 5-alfa redutase, transtorno que ocorre em homens biológicos.
+ Boxeadora italiana desiste depois de 46 segundos contra lutadora intersexual
Essa anomalia genética afeta o desenvolvimento normal dos órgãos sexuais. Ao promanação, meninos com essa deficiência são frequentemente designados porquê do sexo feminino devido à genitália deformada. Na puberdade, tornam-se aparentes sinais de masculinização, porquê prolongamento muscular e exiguidade de seios.
No final de outubro, o jornalista Djaffar Ait Aoudia obteve um examinação físico detalhado realizado em Imane Khelif. O relatório galeno mostrou que uma sonância magnética não encontrou útero, mas testículos internos e um “micropênis”. Testes confirmaram o cariótipo XY e níveis de testosterona típicos de homens.
Recomendações médicas
O relatório recomenda que Imane passe por “correção cirúrgica e terapia hormonal” para alinhar-se com sua identidade de gênero percebida. Também sugere base psicológico devido ao impacto neuropsiquiátrico significativo causado pelos resultados.
Georges Cazorla, técnico da boxeadora, já havia recebido que a boxeadora foi avaliada em seguida ser desqualificada pela Associação Internacional de Boxe em março. Cazorla reconheceu um “problema com os cromossomos” de Khelif, mas defendeu sua participação em competições femininas.
Imane Khelif foi colocada em supressores de testosterona depois da avaliação médica. No entanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não realiza testes cromossômicos desde 1999, e, na Olimpíada de Paris, a única exigência era ter um marcador de sexo feminino em documentos legais.
Alan Abrahamson, professor da Universidade do Sul da Califórnia, confirmou o cariótipo de Imane. Em agosto, ele afirmou ter visto os resultados dos testes cromossômicos de 2022 e 2023, que “concluíram que o DNA da boxeadora era masculino, consistindo de cromossomos XY”.
Entidades do esporte já haviam emitido alertas para exigência de boxeadora da Argélia

Depois da vitória de Khelif em Paris, a IBA confirmou que ela falhou em múltiplos testes cromossômicos, mas não pôde liberar os resultados devido ao Comitê Olímpico Argelino.
A desportista Marshi Smith, do Parecer Independente de Mulheres no Esporte (Icons, na {sigla} em inglês), criticou o COI por permitir que Khelif competisse.
Leia também: “Ex-campeão alertou o COI sobre ‘lutadores masculinos’ no boxe feminino”
“Eles ficaram parados, enquanto as mulheres eram submetidas a agressões físicas por espetáculo, despojadas de segurança, justiça e suas conquistas de vida”, disse. “Todos os envolvidos devem enfrentar consequências rápidas e sérias.”
Marshi acrescentou que acredita que Khelif deveria ter sua medalha de ouro retirada, mas duvida que qualquer ação será tomada.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste