Um hacker brasílico de Curitiba (PR), enfrenta acusações formais em um tribunal federalista dos Estados Unidos por roubo envolvendo milhões em Bitcoinrelacionada a uma invasão cibernética.
O Departamento de Justiça dos EUA revelou que, em 2020, Junior invadiu ilegalmente sistemas de uma subsidiária brasileira de uma empresa norte-americana sediada em Novidade Jersey, conhecida porquê Vítima 1-Brasil.
Durante a invasão, ele obteve dados confidenciais de mais de 300 milénio clientes. Meses depois, em setembro de 2020, Junior começou a contatar representantes da empresa nos EUA, incluindo o CEO, exigindo mais de US$ 3 milhões em Bitcoin para manter os dados roubados em sigilo.
Entenda o caso de brasílico que praticou roubo contra empresa dos Estados Unidos pedindo milhões em bitcoin e o que pode suceder com ele
Em uma das comunicações, Junior declarou possuir dados confidenciais de centenas de milhares de clientes e ameaçou divulgá-los caso a empresa não pagasse o valor exigido.
Para provar seu entrada, ele enviou vários e-mails para os representantes da “Victim 1”, reiterando as ameaças e fornecendo detalhes sobre os dados roubados e porquê poderiam ser acessados. O nome da empresa envolvida no caso não foi divulgado pela justiça dos EUA, somente o veste que é uma companhia de Novidade Jersey que opera no Brasil.
Ou por outra, Junior sugeriu que uma violação de dados pública poderia impactar negativamente o valor das ações da empresa, que possuía uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 26 bilhões na estação.
Uma vez que acusações contra Junior incluem quatro crimes de roubo envolvendo informações obtidas de computadores protegidos e quatro crimes de comunicações ameaçadoras.
Cada uma das acusações de roubo pode resultar em até cinco anos de prisão, enquanto as comunicações ameaçadoras podem acarretar até dois anos de prisão. Ele também pode enfrentar multas significativas, de até US$ 250 milénio ou o duplo do prejuízo causado.
Caso nas mãos da justiça dos EUA
O caso é orientado pela Procuradoria do Província de Novidade Jersey, com espeque do FBI. Segundo o procurador Philip R. Sellinger, o uso de ameaças digitais para roubo é uma violação séria da lei.
A investigação reforça o compromisso das autoridades dos EUA em rastrear e punir crimes cibernéticos, mesmo que os perpetradores estejam fora do território norte-americano.
UM resguardo de Junior ainda não apresentou uma resposta formal às acusações. Nos EUA, todos os réus são presumidos inocentes até que se prove o contrário em julgamento. O processo contra o hacker brasílico está disponível aos interessados através do linkcom sua identidade revelada para o mundo todo.
Brasílio pode ser extraditado aos EUA?
Ó Brasil não extradita seus cidadãos natosconforme o item 5º, inciso LI da Constituição Federalista de 1988, que estabelece que “nenhum brasílico será extraditado, salvo o naturalizado em caso de delito geral praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes“.
No caso de Junior Barros de Oliveira, se ele for um cidadão nato brasílico, ele não pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder pelos crimes mencionados. No entanto, ele pode ser processado e julgado no Brasil pelos mesmos fatos, desde que o governo dos EUA forneça as provas necessárias para que as autoridades brasileiras deem prosseguimento ao caso. Essa cooperação ocorre com base em tratados internacionais e acordos de assistência jurídica mútua entre os dois países.
Se Junior não for um cidadão nato, mas sim naturalizado, ele pode ser extraditadodesde que se enquadre em uma das exceções constitucionais, porquê crimes cometidos antes da naturalização ou envolvimento com tráfico de drogas.