A história do desenvolvimento rústico do Espírito Santo está profundamente entrelaçada à trajetória do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rústico (Incaper), que completa 68 anos, neste sábado (16). Gerando e transferindo conhecimentos e tecnologias para os produtores rurais, a instituição ajudou a impulsionar a agropecuária capixaba e continua contribuindo para que o Estado se consolide porquê uma potência agrícola do Brasil, cada vez mais sustentável e prestes para os desafios que se impõem ao setor.
Muitos dos provisões que chegam à mesa dos capixabas carregam a do dedo do Incaper, seja por meio das pesquisas, porquê o desenvolvimento de variedades adaptadas ao solo e clima do Espírito Santo ou resistentes a pragas e doenças, seja através da assistência técnica e extensão rústico (Ater), que garante escora direto e gratuito aos produtores para adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis. São ações que fortalecem cadeias produtivas, promovem a inovação no campo e garantem provisões de qualidade para a população.
“Celebramos 68 anos muito orgulhosos pelo protagonismo do Instituto no processo de transformação do rural capixaba ao longo das últimas décadas, mas com olhos no presente e no futuro, muito conscientes do papel estratégico que precisamos seguir desempenhando com o setor agropecuário do Estado, especialmente na adaptação das atividades às mudanças climáticas, um grande desafio para a produção rural”, afirma o diretor técnico e universal do Incaper, Antonio Elias Souza da Silva.
O diretor destaca que o instituto trabalha em diversos projetos de pesquisa e extensão rústico com foco no enfrentamento das condições climáticas extremas. Entre as iniciativas estão as pesquisas dedicadas a aumentar a tolerância à seca (déficit hídrico) e a elevadas temperaturas em culturas de grande preço econômica, porquê o moca e a pimenta-do-reino, dois grandes vetores da economia rústico capixaba.
Uma vez que forma de ampliar a resiliência climática e a firmeza das áreas de produção, o Incaper também atua junto aos produtores rurais na recomendação e no escora à implementação de sistemas produtivos sustentáveis, porquê as agroflorestas, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), o plantio direto e a recuperação de pastagens degradadas.
Outra iniciativa importante para o enfrentamento dos desafios climáticos é o fornecimento de dados meteorológicos cada vez mais precisos, para estribar os produtores capixabas no planejamento e otimização das práticas agrícolas. Nesse sentido, tem destaque o recém-lançado Sistema de Obtenção e Tratamento de Dados Meteorológicos do Espírito Santo (Satdes), primeira plataforma a disponibilizar informações em tempo real sobre as condições climatológicas no Estado.
O Incaper também concentra esforços para ampliar a sustentabilidade na principal atividade agrícola capixaba. Com o projeto Cafeicultura Sustentável, a meta é inserir 8 milénio propriedades no processo de adequação socioeconômica e ambiental, reduzindo os impactos da produção, atendendo às exigências dos consumidores e ampliando a competitividade do moca capixaba no mercado global.
Autonomia vinculada à Secretaria da Cultura, Aprovisionamento, Aquicultura e Pesca (Seag), o instituto lidera projetos estratégicos no contexto do Governo do Estado, em temas porquê novas tecnologias para a cultivação familiar, juventude rústico e sucessão familiar, fomento à bovinocultura sustentável e agrometeorologia.
“Temos 150 projetos de pesquisa e desenvolvimento em execução, com investimento de R$ 28,4 milhões. Isso é resultado do trabalho incansável dos nossos profissionais e do apoio de instituições financiadoras, como a Seag, a Fapes, a Embrapa, o Mapa e o MDA. A partir desses projetos serão gerados novos conhecimentos e inovações que vão contribuir para desenvolver cadeias produtivas e melhorar a vida das famílias no campo”, destaca Antonio Elias, lembrando que o Incaper fez mais de 73 milénio atendimentos de Ater a produtores, em 2023.
Restruturação
Em setembro, o instituto reforçou sua equipe com novos agentes de extensão e técnicos em desenvolvimento rústico aprovados em concurso público. Inicialmente, 46 profissionais ingressaram, fortalecendo as atividades de assistência técnica, extensão rústico e escora à pesquisa, em 26 municípios. Novas convocações de candidatos dessas carreiras estão sendo feitas e a expectativa é de que, em breve, pesquisadores também sejam empossados.
Também neste ano, a frota do Incaper foi reforçada com 25 novas picapes, fruto de investimento de R$ 2,4 milhões, com recursos do Governo do Estado. Os veículos são usados para dar suporte aos serviços de pesquisa agropecuária e de atendimento ao produtor rústico.
Outra conquista importante foi a compra de novas máquinas e caminhões para escora nos serviços de manutenção e nos trabalhos de pesquisa desenvolvidos nas fazendas experimentais da instituição. Foram investidos R$ 3,4 milhões, por meio de convênio com o Ministério da Cultura e Pecuária (Planta).
“O Incaper chega aos 68 anos se preparando para enfrentar os novos desafios do setor agropecuário capixaba. Estamos reforçando nossa presença em várias regiões do Estado, aprimorando nossa infraestrutura e implementando ferramentas digitais, para ampliar nossa capacidade de apoio aos produtores. Esses avanços são fundamentais para que possamos seguir cumprindo a nossa missão de promover a inovação, a sustentabilidade e o desenvolvimento no campo, sempre ao lado do produtor rural, dando continuidade ao trabalho iniciado em 1956, pela Associação de Crédito e Assistência Técnica Rural do Espírito Santo (Acares). Estamos construindo um Incaper mais forte, mais presente e alinhado às necessidades do Espírito Santo”, pontua o diretor administrativo-financeiro do instituto, Cleber Guerra.
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