No evento inédito no Legislativo foram registrados mais de R$ 600 milénio em vendas diretas e R$ 650 milénio em acordos comerciais fechados em rodadas de negociação.O saldo foi anunciado no fechamento do evento pelo presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União).
Na solenidade de fechamento, ao recontar sobre o sucesso do evento, Marcelo citou o exemplo de uma agroindústria de laticínios que vendeu mais de 500 peças de queijo em exclusivamente três dias, número que normalmente só é obtido em três meses. O superintendente do Legislativo também falou que foi procurado por vários expositores que já querem prometer a vaga para os próximos eventos. “Já tem pedido. E eles não querem que seja daqui a um ano, não. Querem que isso aconteça com mais frequência”, destacou.
Depois de agradecer a todos os parceiros que atuaram na organização e nas oficinas, o presidente disse que, muito além dos números de comercialização e dos novos negócios, a feira trouxe o que considera mais importante para os empreendedores rurais: “É o conhecimento. Eles tiveram oportunidade de conhecer tanta coisa e vão levar isso tudo para o resto da vida deles e para gerar, cada dia mais, tudo que plantam em emprego e renda”, comemorou.
Marcelo explicou que essa edição foi pensada e preparada uma vez que um projeto piloto e que certamente será aprimorada e ampliada. E mais, ele espera que entre para o calendário de eventos do Parlamento. “É impossível que outro presidente que estiver aqui no Legislativo não dê continuidade a esse trabalho, até porque ficou cravado que isso deve fazer parte do calendário de realizações da Assembleia. A gente fecha com chave de ouro”, encerrou.
Meta alcançada
Para Joelma Costalonga, secretária da Vivenda dos Municípios da Reunião Legislativa do Espírito Santo (Ales) e organizadora da feira, o objetivo foi cumprido.
“Nós estamos muito felizes com o resultado da feira. Mais de 3 mil pessoas passaram por aqui nesses dias, nessa semana. E assim, hoje [sexta-feira], nossos expositores já estão quase sem mercadoria, porque estande que tinha 500, 600 peças de queijo já foi tudo. É mel, é fruta, é biscoito, é pão, linguiça… E o povo veio, participou, o povo adquiriu. Então, assim, o nosso produto é bom. A gente provou e mostrou que está pronto para ir pro nosso comércio local, para fora também (…)”, apontou Joelma.
Um dos pilares do evento foi ensinar aos produtores rurais formas de reunião de valor aos seus produtos, seja através de estratégias de beneficiamento focadas em qualidade, da obtenção de signos distintivos, uma vez que Indicação Geográfica e Marcas Coletivas, ou ainda através de ferramentas do marketing.
Ao todo, foram mais de 30 horas de programação com esse propósito, além de 36 horas de exposição de produtos, convertidas em vendas para os produtores rurais.
“(…) eu posso dizer que foi muito bom o resultado, as vendas com expectativa acima do que eu já tinha projetado (…). Teve bastante aceitação de público, teve bastante circulação de pessoas (…). Muito importante para o Espírito Santo, muito importante para o produtor e muito importante até mesmo para o consumidor, que tem a oportunidade de conhecer produtos que ele basicamente não conhece ainda”, afirmou o expositor e produtor rústico Lauro Neves, do Sítio Recanto do Sol.
Trabalhador de geleias e compotas da região de Biriricas, em Viana, Lauro reforçou a valimento da troca de experiências oportunizadas pela feira. “É um evento extremamente importante, muito bem localizado e (…) bastante positivo para nós. O intercâmbio que a gente faz com outros expositores de outros municípios também é muito legal, porque a gente faz um networking bacana, troca experiências mesmo, de fato, e isso (…) agrega muito valor pra todos nós”, concluiu o produtor.