De concórdia com o relatório estatístico mensal do Recomendação dos Exportadores de Moca do Brasil (Cecafé), o país exportou 4,662 milhões de sacas de 60 kg do resultado em novembro, o que implica um incremento de 5,4% em relação aos 4,422 milhões de sacas embarcados no mesmo mês de 2023. Em receita cambial, o prolongamento é de 62,7%, com os ingressos saltando de US$ 825,7 milhões para os atuais US$ 1,343 bilhão no mesmo pausa comparativo.
Nos cinco primeiros meses do ano safra 2024/25, as remessas cafeeiras do Brasil ao exterior subiram para 22,017 milhões de sacas e renderam US$ 5,955 bilhões, apresentando saltos de 16,5% e 61,4%, respectivamente, frente ao desempenho registrado entre julho e o termo de novembro de 2023.
Confira:
Ainda restando dezembro para o fechamento de 2024, as exportações brasileiras de moca já alcançaram o recorde anual de 46,399 milhões de sacas, superando em 3,78% o maior volume registrado até portanto, nos 12 meses de 2020 (44,707 mi de sacas). Diante de a performance de janeiro a novembro de 2023 (35,102 mi de sacas), a evolução é de 32,2%.
Em receita cambial, o desempenho é ainda mais significativo e também recorde anual, mesmo faltando um mês para o fechamento de 2024. Nos primeiros 11 meses deste ano, o Brasil recebeu US$ 11,302 bilhões com as remessas de moca ao exterior, apresentando prolongamento de 22,3% sobre o maior registro precedente, de US$ 9,244 bilhões entre janeiro e dezembro de 2022, e de substanciais 56% em relação ao obtido no primeiro andecamestre do ano pretérito.
Alternativas e custos extras
“Ao analisarmos a performance das exportações brasileiras de café, na teoria, teríamos motivos somente para comemorar, mas a realidade é um pouco mais cruel. Esse desempenho recorde ocorre devido ao profissionalismo e à criatividade dos exportadores associados ao Cecafé, que buscaram alternativas, como o embarque via break bulk, e vêm arcando com milionários gastos adicionais em seus processos de exportação devido à falta de infraestrutura, especialmente nos portos brasileiros, para honrarem os compromissos com os clientes internacionais dos cafés do Brasil”, analisa o presidente da entidade, Márcio Ferreira.
Em 2024, os muitos atrasos e alterações constantes de graduação de navios para exportação, muito uma vez que as frequentes rolagens de cargas, fizeram com que o país acumulasse 1,717 milhão de sacas – 5.203 contêineres – do resultado não embarcadas no reunido do ano até outubro, conforme levantamento do Cecafé junto a seus exportadores associados. O não embarque desse volume, considerando preço médio da saca e do dólar no período, aponta que o Brasil deixou de receber US$ 489,72 milhões, ou R$ 2,754 bilhões, uma vez que receita cambial.
O cenário é mais agravante quando se analisam os custos adicionais que os exportadores de moca do Brasil têm para conseguir honrar seus compromissos. “Por causa dos entraves logísticos nos portos brasileiros, nossos associados acumularam um ‘prejuízo portuário’ de R$ 7 milhões em outubro, que envolvem gastos extras com armazenagens adicionais, detentions, pré-stacking e antecipação de gates. No acumulado de 2024, esses valores já chegam a incomodantes e inacreditáveis R$ 30,4 milhões e indicam que, mais do que obsoleta, a infraestrutura logística nacional precisa de atenção para que nosso país possa exercer sua excelência no agro”, comenta.
Principais destinos
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking dos principais importadores dos cafés do Brasil no reunido de 2024. Os norte-americanos importaram 7,419 milhões de sacas de janeiro a novembro, o que equivale a 16% de todas as exportações e significa prolongamento de 35% na conferência com os 11 primeiros meses do ano pretérito.
A Alemanha, com 15,6% de representatividade, adquiriu 7,228 milhões de sacas (+63,4%) e ocupa o segundo lugar na tábua. Na sequência, vêm Bélgica, com a importação de 4,070 milhões de sacas (+108,1%); Itália, com 3,702 milhões de sacas (+28,8%); e Japão, com 2,053 milhões de sacas (-0,3%).
Quando se analisam as exportações de moca virente realizadas pelo Brasil a outros países produtores, o México lidera o ranking com a obtenção de 1,116 milhão de sacas do resultado, o que representa um aumento de 177,3% frente ao comprado de janeiro a novembro de 2023.
O Vietnã, segundo maior produtor global, aparece na sequência, ampliando suas importações dos cafés verdes brasileiros para 638.733 sacas, com sucoso elevação de 389,4% sobre o volume adquirido nos 11 primeiros meses do ano pretérito. Destaca-se, ainda, o desempenho para a Índia, que ampliou em expressivos 1.412,3% suas compras dos cafés in natureza do Brasil, para 248.619 sacas.
Na reparo das exportações realizadas por blocos econômicos, com exceção ao Mercosul (-25,1%), os demais aumentaram a importação de todos os tipos de moca do Brasil. A União Europeia, que responde por 47,7% dos embarques, lidera a lista com a obtenção de 22,136 milhões de sacas, apresentando subida de 48,4%.
Aparecem, na sequência, os países do Tratado de Associação Transpacífico (TPP), com 6,177 milhões de sacas (+44%); Oriente Médio, com 2,953 milhões de sacas (+24,3%); BRICS, com 2,375 milhões de sacas (+26,3%); Países Árabes, com 2,227 milhões de sacas (+36,1%); e Leste Europeu, com 1,755 milhão de sacas (+71%).
Tipos de moca
O moca arábica, com o envio de 33,973 milhões de sacas ao exterior entre janeiro e novembro, é a espécie mais exportada pelo Brasil em 2024. Esse volume é o maior da história para esse período de 11 meses, equivale a 73,2% do totalidade e implica subida de 23,2% em relação ao mesmo pausa no ano pretérito.
A espécie canéfora (conilon + robusta) vem na sequência e apresenta o maior progressão percentual nos embarques deste ano, ao registrar prolongamento de 107,4 pontos na conferência com 2023. Foi remetido o recorde de 8,692 milhões de sacas ao exterior, o que gerou uma representatividade de 18,7% para essa espécie nas exportações totais.
O segmento do moca solúvel, com 3,690 milhões de sacas – progressão de 12,1% e 8% do totalidade –, e o resultado torrado e torrado e moído, com 43.627 sacas (-6,4% e 0,1% de representatividade), completam a lista.
Cafés diferenciados
Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis respondem por 17,5% das exportações totais brasileiras entre janeiro e novembro de 2024, com a remessa de 8,112 milhões de sacas ao exterior. Esse volume é 33,5% superior ao registrado nos 11 primeiros meses do ano pretérito.
O preço médio do resultado foi de US$ 269,41 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 2,185 bilhões, o que corresponde a 19,3% do obtido com os embarques totais de moca de janeiro a novembro deste ano. No comparativo anual, o valor é 57% maior do que o registrado nos mesmos 11 meses de 2023.
No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados neste ano, os EUA estão na liderança, com a compra de 1,817 milhão de sacas, o equivalente a 22,4% do totalidade desse tipo de resultado exportado.
Fechando o top 5, aparecem Alemanha, com 1,498 milhão de sacas e representatividade de 18,5%; Bélgica, com 909.247 sacas (11,2%); Holanda (Países Baixos), com 559.386 sacas (6,9%); e Itália, com 325.981 sacas (4%).
Portos
O Porto de Santos é o principal exportador dos cafés do Brasil entre janeiro e novembro de 2024, com 31,351 milhões de sacas e representatividade de 67,6% do totalidade. Na sequência, aparecem o multíplice portuário do Rio de Janeiro, que responde por 28,2% dos embarques ao remeter 13,084 milhões de sacas ao exterior, e o Porto de Vitória (ES), que exportou 473.298 sacas e teve representatividade de 1%.
O relatório completo das exportações dos cafés do Brasil, até novembro de 2024, está disponível no site do Cecafé: https://www.cecafe.com.br/.
SOBRE O CECAFÉ
Fundado em 1999, o Cecafé representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de moca nos âmbitos vernáculo e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de lucidez de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade socioambiental. Atualmente, possui 126 associados, entre exportadores de moca, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 96% dos agentes desse mercado no país.