Um encontro realizado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) nesta quinta-feira (12) teve uma vez que tema mediano as implicações da futura presidência de Donald Trump nos Estados Unidos para a economia global, e em peculiar para a indústria paranaense. O evento reuniu especialistas para debater o cenário político e econômico norte-americano e seus reflexos no setor produtivo.
Em uma breve fala ao início do encontro, o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, reforçou que o debate tinha uma vez que objetivo possibilitar aos industriais paranaenses as vantagens, perigos e oportunidades, principalmente entre aqueles que dependem diretamente do negócio com os Estados Unidos.
“Estamos trabalhando para que as indústrias vejam o nosso estado como o melhor lugar para investir e montar parques fabris. Por isso precisamos cuidar da nossa infraestrutura, ter energia de qualidade e menor burocracia. Temos uma estratégia clara de internacionalização para explorar novos mercados e fortalecer a competitividade da indústria paranaense”, detalhou.
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Para CEO da Amcham, novo procuração de Trump é “momento estratégico”
Confira:
Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, foi o primeiro a falar no evento. Ele destacou os números do negócio internacional entre brasileiros e americanos, e destacou o papel de destaque que o mercado norte-americano, detrás unicamente da China, nas exportações e importações brasileiras.
Segundo Abrão Neto, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro mercantil do Brasil, com uma tarifa de exportação de sobranceiro valor confederado, com 81% dos produtos exportados sendo da extensão industrial.
“Este é um momento estratégico para fortalecer essa relação. Se o Paraná quer ter uma estratégia de aumento do PIB e uma maior participação na pauta industrial do comércio exterior, os Estados Unidos são muito necessários nesta equação, e devem receber uma atenção muito grande.
Diretor da Eurasia destaca possíveis impactos da política migratória de Trump
Silvio Cascione, diretor de pesquisa da Eurasia Group no Brasil, destacou os possíveis impactos da política migratória que deve ser implantada por Trump logo no início de seu segundo mandato à frente da Casa Branca.
“A redução da força de trabalho, estimada entre 1,5 e 5 milhões de pessoas, tende a elevar os custos de mão de obra, afetando a competitividade. Além disso, o corte de impostos sem a contrapartida de redução de gastos agravará o déficit fiscal”, explicou.
Para o exegeta, a “lua de mel” entre o republicano e o Congresso, controlado em sua maioria por representantes do mesmo partido de Trump, deve ser impressionado pela midterm, a eleição para congressistas realizadas no meio do procuração presidencial.
“Esse governo Trump começa com uma impressão de força política maior, com o domínio do Congresso por parte dos Republicanos e a capacidade de implantar suas políticas de uma forma muito mais abrangente. Trump terá pressa para agir. É um mandato forte, mas com prazo de validade. E isso gera esse senso de urgência”.
Desenvolvimento econômico dos EUA seria impensável sem imigrantes
Em suas falas, Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial, e João Scandiuzzi, estrategista-chefe do BTG Pactual, exploraram os reflexos das políticas americanas no mercado financeiro global. Canuto, assim uma vez que Cascione, reforçou a possibilidade de grandes impactos serem causados pelas deportações em tamanho prometidas por Trump durante a campanha.
“Essas deportações de imigrantes ilegais é algo que o Trump realçou como prioridade máxima para o primeiro dia. Ele vai querer mostrar serviço nisso. Só que o crescimento da economia dos EUA, excepcional em comparação com seus pares, teria sido impensável sem o fluxo de imigrantes, legais ou ilegais. Isso não pode ser subestimado”, avaliou.
Scandiuzzi complementou, dizendo que “a política econômica interna será determinante para a estabilidade do Brasil frente a esses choques externos. É crucial que o país mantenha disciplina fiscal e controle inflacionário”.
Indústria do Paraná precisa se diferenciar para ser competitiva na gestão Trump
O economista e ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento BRICS Marcos Troyjo apontou que os Estados Unidos, assim uma vez que Trump, estão mais fortes agora do que na primeira passagem do republicano pela Vivenda Branca. Fazendo um comparativo, o economista apontou que se a Grã-Bretanha fosse um estado norte-americano, ficaria na 51ª posição em relação ao PIB per capita, detrás até mesmo do Mississipi, o estado mais pobre dos Estados Unidos.
Dentro do cenário de desafios e oportunidades, Troyjo apontou para a urgência de diferenciação da indústria paranaense. Ele, assim uma vez que os outros especialistas, acredita que é muito difícil para o estado se distanciar da verdade econômica brasileira na procura por novos negócios.
Para ele, não é provável separar o Paraná do Brasil nesta questão econômica. Se o presidente Donald Trump prescrever uma taxação aos produtos brasileiros, explicou, isso vai ocorrer para todos os estados, sem exceção.
“E o que as indústrias daqui podem fazer? Precisam se diferenciar. O empresário paranaense vai ter que correr mundo mostrando mais do que agro, energia e economia verde. É preciso participar de feiras, visitar destinos, fazer o dever de casa para conseguir entrar nesse lugar da produção que hoje é dominado pela China. É um cenário desafiador, mas com muitas oportunidades”, concluiu.