Entre as últimas quarta-feira (11) e a sexta-feira (13), estudantes do curso de Agronomia do Instituto Federalista de Minas Gerais (IFMG), campus São João Evangelista, participaram de uma visitante técnica ao Espírito Santo, conhecendo as principais áreas de fruticultura do Estado. A iniciativa teve porquê objetivo proporcionar uma experiência prática aos futuros agrônomos, abordando a produção desde o campo até o beneficiamento e comercialização. A viagem contou com o comitiva de pesquisadores e extensionistas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rústico (Incaper), além de técnicos e produtores do setor privado, que compartilharam conhecimentos e experiências com os visitantes.
A jornada começou em Linhares, no setentrião do Espírito Santo, onde os estudantes foram recebidos pelo pesquisador Inorbert de Melo, do Meio de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Setentrião (CPDI Setentrião) do Incaper. O primeiro dia foi devotado ao mamoeiro, uma das culturas mais relevantes para a economia estadual. Os estudantes acompanharam todo o ciclo produtivo, desde o cultivo no campo até o beneficiamento, passando pela pós-colheita e o processo de embalagem para os mercados interno e extrínseco. Essa vivência aprofundou a compreensão dos desafios e demandas de uma enxovia produtiva de grande impacto para a região.
Ainda em Linhares, a turma visitou uma lavoura de cacau, onde exploraram técnicas de fitotecnia, manejo integrado e enfrentamento de desafios porquê pragas, doenças e mudanças climáticas. “Foi impressionante observar como o cacau e o mamão podem ser manejados de forma eficiente, mesmo diante de tantos desafios climáticos e fitossanitários. Essa experiência nos mostrou como a inovação é essencial para superar adversidades”, destacou Jheniffer Dayrell, aluna do sexto período.
No segundo dia, os estudantes visitaram o viveiro Frucafé, referência vernáculo na produção de mudas frutíferas. A atividade foi conduzida pelo pesquisador Inorbert de Melo e pelo proprietário Erli Ropke. Durante a visitante, os alunos aprenderam sobre a produção de mudas de citrus, cacaueiro e goiabeira, compreendendo a relação direta entre a qualidade das mudas e a formação de pomares produtivos e sustentáveis.
O terceiro e último dia foi devotado ao sul do Espírito Santo. Em Cachoeiro de Itapemirim, os futuros agrônomos visitaram a Herdade Experimental Bananal do Setentrião, onde foram recebidos pelo coordenador do CPDI Sul, Luiz Carlos Caetano. Ali, conheceram experimentos com abacaxi, acerola e maracujá, além de pesquisas voltadas à adequação da produção e ao controle fitossanitário.
Encerrando a programação, o grupo visitou uma lavoura mercantil de abacaxi em Marataízes, onde foram recebidos pelo extensionista Antônio Carlos Franco, coordenador do Escritório Lugar de Desenvolvimento Rústico (ELDR) do Incaper. Durante a atividade, foram detalhadas estratégias de manejo que fazem do abacaxi de Marataízes um dos mais procurados no mercado vernáculo.
Para os estudantes, a visitante foi uma oportunidade valiosa de integrar teoria e prática. “A experiência no Espírito Santo foi enriquecedora. Pudemos observar como o Estado se destaca na fruticultura com um manejo técnico e sustentável. Isso amplia nossa visão sobre as possibilidades do agronegócio brasileiro”, afirmou o professor Alisson Roble, que acompanhou a turma.
O pesquisador e engenheiro agrônomo Inorbert de Melo destacou a relevância das visitas técnicas na formação de futuros agrônomos, promovendo uma instrução contextualizada e alinhada aos desafios do setor. Ele ressaltou ainda que a estrutura dos alojamentos do Incaper, localizados nos CPDIs de Linhares e Cachoeiro de Itapemirim, foi forçoso para viabilizar a logística da viagem. “O Espírito Santo se mostrou um modelo de inovação na produção de frutíferas, evidenciando como a colaboração público-privada pode impulsionar a fruticultura e fortalecer o agronegócio nacional”, concluiu.