Rota Quilombola, em São Mateus e Conceição da Barra; região do Grande Buda, em Ibiraçu; Lajinha, em Pancas; Polo Cervejeiro e Araçatiba, em Viana; Pindobas, em Venda Nova do Imigrante; Araguaia, em Marechal Floriano; Rota da Ferradura, em Guarapari e os 7 Cumes, no Caparaó. Esses são os territórios capixabas que estão na base da estratégia do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES) para o fortalecimento do turismo no Estado.
A ideia, segundo o presidente do órgão, Pedro Rigo, é levar em conta a maturidade turística de cada região e apoiar o fortalecimento da governança local, caso necessário. Nos locais onde a atividade já está consolidada, os esforços se concentrarão na melhoria da infraestrutura. Na prática, o objetivo é criar um ecossistema turístico integrado e competitivo, alinhado às necessidades de cada ambiente.
“A escolha desses territórios é fruto de um trabalho meticuloso com todas as regionais do Sebrae/ES no Estado. Continuaremos trabalhando em todos os territórios, mas entendemos que é preciso focar em lugares potenciais para ter ainda mais êxito nessas ações. Mais do que uma diretriz institucional, nosso propósito representa um compromisso real com as pessoas, os negócios e os municípios que fazem do Espírito Santo um estado dinâmico e repleto de oportunidades”, afirmou Rigo no evento Comunicar para Transformar, que reuniu jornalistas e influenciadores do turismo em Vitória, nesta quarta-feira (30).

Durante a coletiva, foram apresentados também os resultados do turismo capixaba no ano passado, quando as ações de fomento do setor foram implantadas e intensificadas no Espírito Santo. Hoje, o Estado tem quase 62 mil empresas de turismo, das quais 97,74% são pequenos negócios. Entre as ações adotadas estão famtours, que apresentou os destinos turísticos aos profissionais do setor, e os presstrips, que têm o mesmo propósito, mas com profissionais da imprensa.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), Idalberto Moro, disse que a divulgação do Estado já rendeu frutos. “A Festa da Penha deu uma escalada turística fora de série. Este ano, trouxemos mais de mil pessoas de fora por meio de pacotes de agências. Podemos tornar a Festa da Penha uma referência. Hoje, já temos quatro operadoras oferecendo produtos turísticos do Espírito Santo e este número deve aumentar, com o trabalho feito com uma operadora de turismo religioso”, pontuou.
Turismo forte
Em 2024, o Sebrae/ES avançou no fortalecimento do setor turístico do Espírito Santo, alcançando 19.261 empresas — o equivalente a 33,8% dos negócios do estado enquadrados na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) ligadas ao turismo. Essa presença expressiva reflete o foco na valorização das economias regionais e no apoio estratégico às vocações locais.
Por meio de iniciativas que atendem às demandas locais, a instituição fortalece a sustentabilidade dos negócios turísticos, promovendo o crescimento alinhado às características de cada território. A meta para novos produtos turísticos de experiência é alcançar 500 experiências turísticas até novembro de 2026, com o objetivo de chegar a 179 empresas com experiências formatadas até o ano de 2025.
Além disso, há uma proposta para que a variação do número de novas empresas de atividades turísticas no estado seja ≥ 30% acima da variação geral de empresas no Espírito Santo, conforme dados da Receita Federal de 24 de abril de 2025. Já no desempenho do turismo, destaque para o faturamento no Espírito Santo em janeiro de 2025, que apresentou um crescimento de 11,8% em relação a 2024.
Em termos de posição nacional, o estado ocupa o segundo lugar, com um diferencial de apenas 0,1% em relação ao primeiro colocado, Goiás, segundo dados da FecomércioSP, com base na Pesquisa Mensal de Serviços realizada pelo IBGE. Por fim, a meta para governanças fortalecidas é atingir 100% das governanças com pontuação acima de 9 até novembro de 2026. Para isso, estão sendo aplicados diagnósticos de maturidade nas governanças municipais, regionais e estaduais.