Um levantamento feito pelo Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR), dirigido pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Cultivação, apontou que o Espírito Santo foi o terceiro estado do país que restaurou a maior quantidade de espaço virente em nos últimos três anos. Foram 27,55 milénio hectares, o equivalente a mais de milénio quatrocentos estádios do Maracanã.
Os dados foram analisados de 2021 até 2024 e mostram que o Estado fica detrás exclusivamente de São Paulo, com 37,53 milénio hectares e Minas Gerais, 30,55 milénio hectares. Somados, eles dedicam 95 milénio hectares para a restauração ecológica, o equivalente a dois terços do totalidade de espaço recuperada em todo o país. As três cidades estão inseridas no bioma da Mata Atlântica.
Ou por outra, as cidades de Aracruz e Serra aparecem no ranking dos dez municípios que mais conseguiram restaurar florestas, os dois com 2,08 milénio hectares restaurados. Os dados foram coletados até setembro deste ano.
A plataforma foi lançada em 2021, e na quadra, o país tinha 79 milénio hectares de restauração. Esse ano, já são 150 milénio hectares em processo de restauração.
Porquê funciona o observatório?
O observatório funciona porquê uma plataforma única do país que consegue solidar dados a partir de levantamentos feitos não só com os governos estaduais, mas também de ONGs e coletivos de biomas.
Na plataforma é verosímil velejar por bioma e também por estados e municípios. O observatório possui três categorias de recuperação de espaço virente: restauração, reflorestamento e vegetação secundária. Para cada categoria, há um método dissemelhante de obtenção de dados.
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O oferecido considerado mais significativo e relevante para a recuperação dos biomas é o de restauração, que funciona porquê um oferecido autodeclarado, ou seja, as instituições e organizações que fazem a restauração suceder repassam esses dados de forma geoespacializada.
Já o levantamento de reflorestamento são dados de plantios silviculturais, com fins comerciais, e representam plantios de espécies exóticas ou nativas para produção de madeira, celulose e etc.
E a vegetação secundária é aquela que surge posteriormente a perda totalidade ou parcial da vegetação original, seja por causas naturais ou por ações humanas.
O comitê gestor do Observatório é formado por Coalizão Brasil, WWF, WRI, Imazon e The Nature Conservancy.
Restauração no Estado
A secretária executiva do observatório destacou que as ações agroflorestais, além de ajudarem na recuperação da espaço virente, também trazem benefícios para o produtor rústico.
“O que a gente mais tem encontrado são sistemas agroflorestais que aliam produção agrícola e produção de árvores. E nesse sistema é possível gerar os benefícios ecossistêmicos e também gerar renda, empregos. É bom para a natureza e para o produtor”, disse.
Ou por outra, a Secretaria do Meio Envolvente e Recursos Hídricos (SEAMA) disse que, desde 2019, já foram investidos mais de R$ 50 milhões na recuperação e manutenção da Mata Atlântica a partir do Programa Reflorestar.
Ao todo o programa já atendeu mais de cinco milénio produtores rurais, apoiando a manutenção e recuperação de mais de 25 milénio hectares.
“O Reflorestar é o maior programa de pagamentos por serviços ambientais (PSA) do Brasil e tem por objetivo a obtenção da restauração do ciclo hidrológico bem como o aumento da biodiversidade, através do apoio ao produtor para reflorestar áreas estratégicas da sua propriedade, manter a vegetação nativa existente e ainda ter a oportunidade de transformar áreas de produção convencionais em áreas de produção mais sustentáveis, como por exemplo por meio de Sistemas Agroflorestais”, informou a secretaria.
O Reflorestar é gerenciado pela Secretaria Estadual de Meio Envolvente e operacionalizado pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). A expectativa do governo é de que mais de R$ 80 milhões sejam investidos no programa.
A nível municipal, as cidades de Aracruz e Serra se destacaram com iniciativas de restauração, detrás municípios de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Piauí.
Em Aracruz, uma das ações foi o início da recuperação do manguezal do Piraquê-Açú-Mirim. O sítio foi destruído por uma chuva de saraiva em 2016. Em junho deste ano, as primeiras mudas foram plantadas por ribeirinhos, catadores de caranguejos e pesquisadores da Universidade Federalista do Espírito Santo (Ufes).
O projeto de reflorestamento do mangue é um estudo inédito realizado pela Ufes, com espeque da Prefeitura de Aracruz. O objetivo é restaurar os 200 hectares da espaço destruída.
A prefeitura da cidade disse que se comprometeu a realizar a construção de barraginhas, que são estruturas de contenção de chuva que captam enxurradas e as infiltram no solo, recarregando o lençol freático e por consequência fortalece a recuperação da cobertura vegetal.
Ou por outra, a Secretaria de Meio Envolvente apontou projetos que fazem o manejo da vegetação e ações de instrução ambiental e de recuperação de nascentes.
Já a cidade de Serra, também no Setentrião do estado, informou que possui um Programa de Recuperação de Áreas degradas (PRAD), e também operações com empresas privadas, além do viveiro municipal que distribui mudas gratuitamente para o produtor rústico e para a população de forma universal.
O município também destacou que realiza ações de instrução ambiental nas escolas.