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A agenda globalista não é aplicada da mesma forma ao redor do mundo; para cada cultura, o método é diferente, porém, o objetivo é o mesmo: a destruição do ser humano. Por conta da ação distinta em determinados lugares, alguns dos que se dizem de direita acabam se enganando e pensando que há um tipo de “conservadorismo” sendo aplicado, quando, na verdade, é o exato oposto.
Temos como exemplo Vladimir Putin. A BBC chama o russo de “conservador” por sua “defesa dos valores tradicionais” e ser filiado ao partido nacionalista Rússia Unida; mas quais “valores” Putin defende? Para entender isso, é necessário voltar algumas décadas passadas.
Putin é um entusiasta do ditador comunista Josef Stalin; especialistas afirmam que Putin tem usado o legado de Stalin como propaganda política para fortalecer seu governo e sustentar suas ações expansionistas no exterior.
“Stalin foi uma figura importante na história soviética e, na opinião de Putin, fez do país uma potência relevante no cenário mundial – e é exatamente isso o que o atual presidente deseja fazer com a Rússia atual”, diz Mohsin Hashim, professor de política russa da Muhlenberg College, nos Estados Unidos.
Não conseguirei me aprofundar em Stalin neste artigo, pois o mesmo se tornaria deveras longo para explicar todos os males que o mesmo praticou; recomendo a leitura das obras “O livro negro do comunismo” e “Camaradas” para entender o processo. Mas vamos apenas pincelar alguns fatos: os gulags, campos de trabalho forçado da URSS existentes entre 1930 e 1960, foram utilizados por Stalin para aprisionar seus opositores. Parece que Hitler quis imitar o amiguinho e construiu os campos de concentração na Alemanha, nos mesmos moldes dos gulags.
Falando ainda em Revolução Russa (movimento que faz os olhos de Putin brilharem), cito Alexandra Kollontai; em sua obra “A família e o feminismo”, ela se declara contra o aborto. Oras, acaso isso faz dela conservadora? De modo nenhum! Ela explica o motivo:
“Além do desenvolvimento em larga escala da proteção da maternidade, a Rússia operária tem o dever de fortalecer nas mulheres o instinto maternal, que é saudável, de fazer com que a maternidade e o trabalho pelo coletivo sejam compatíveis e, desse modo, eliminar a necessidade do aborto (…) Na Rússia soviética, a operária e a camponesa colaboram com o Partido Comunista na construção de uma nova sociedade e no desmantelamento do velho modo de vida, que escravizava as mulheres. Assim que a mulher passa a ser vista essencialmente como uma unidade de trabalho, encontra-se a solução para a complexa questão da maternidade.”
Ou seja, para Kollontai, é importante ter filhos para sustentar o partido comunista. E este é o mesmo pensamento de Putin.
Atualmente, a China, que, por anos segue a “política do filho único” (com relatos de abortos e abandonos de crianças oriundas de segunda gestação) segue o mesmo caminho; Xi Jinping disse que as mulheres têm um papel fundamental e precisam estabelecer uma “nova tendência de família”, no momento em que o país está enfrentando o envelhecimento da população e o declínio recorde da taxa de natalidade.
A mídia estatal sempre associou o desenvolvimento populacional à força, seguindo a linha de raciocínio de Kollontai; governos ditatoriais entendem que, para se manterem no poder, precisam de mão-de-obra humana doutrinada. Por isso, a promoção de agendas como o aborto e LGBT são rejeitadas.
Em contrapartida, no ocidente, o discurso é outro; enquanto que, nas ditaduras (especialmente do oriente), quanto mais soldados fortes e moldados pelo Estado, melhor, nos regimes tidos como democráticos, o modus operandi é o exato oposto: destruir a família e corromper os valores para que tudo seja o mais líquido possível, como já dizia Zygmunt Bauman.
Enquanto que o aborto não é recomendado em ditaduras, nas democracias se tornou “direito”; o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o seu governo planeja inscrever o direito ao aborto na Constituição para torná-lo “irreversível”. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF), usurpando os poderes do Legislativo, tentou legalizar a prática; o projeto, porém, foi retirado de pauta pelo ministro Luis Roberto Barroso, por enquanto (um alívio, por um momento). Na Colômbia, o aborto foi autorizado até 24 semanas (seis meses de gestação).
O leitor, ao observar mais atentamente, perceberá que as agendas estão seguindo seu curso, porém, de modo distinto. Assim como “todos os caminhos levam à Roma”, todas as multiformas do cumprimento da agenda globalista levam ao mesmo objetivo: destruição do ser humano, dos seus valores e crenças. E há quem não vá gostar deste final, mas deixarei registrado: apenas no cristianismo há a libertação de todas estas ideologias nefastas que aprisionam o homem.
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36)
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