Um relatório anual da a16z publicado nesta quarta-feira (22) aponta que as criptomoedas saíram de sua adolescência e estão entrando em sua fase adulta.
Dentre os destaques estão a entrada de grandes instituições como Visa, BlackRock, Fidelity e JPMorgan, bem como mais de US$ 175 bilhões aplicados via ETFs.
Do lado on-chain, o texto aponta que blockchains estão processando 3.400 transações por segundoum crescimento de 100 vezes nos últimos cinco anos. Já as moedas estáveis movimentaram US$ 46 trilhões (bruto) ou US$ 9 bilhões (ajustado) anualmente, rivalizando com Visa e PayPal.
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Criptomoedas estão entrando em sua fase adulta, diz a16z
Confira:
Iniciando o relatório, a a16z aponta que o mercado de criptomoedas já passou pelos ciclos de ICOs, DeFi, NFT, ETFs e memecoins. Indo além, os analistas apontam que estamos entrando na fase das stablecoins e da mudança regulatória.
Bitcoin continua sendo o líder, uma “âncora da economia moderna”que as vezes age como um porto seguro, outras como um ativo de risco.
“Estimamos que o número de usuários ativos de criptomoedas tenha crescido para entre 40 a 70 milhões.”

Uma das explicações para estes números é a entrada de grandes players. Dentre os destaques, a a16z faz menção à BlackRock, Fidelity, Robinhood, PayPal, Mastercard, Shopify, JPMorgan, Morgan Stanley e Visa.


Somado a isso, as empresas de tesouraria já acumulam mais de 3,5% da oferta total de Bitcoin e Ethereum, bem como outros 2% de Solana. Os destaques são Estratégia (NASDAQ: MSTR), BitMine (NYSE: BMNR) e Fordward (NASDAQ: FORD).
Stablecoins assumem papel fundamental na adoção das criptomoedas
Um dos setores de maior crescimento nos últimos anos foi o de moedas estáveis. Em detalhes, a a16z aponta que o número de menções a stablecoins em pedidos enviados à SEC disparou em 2025.
Nomes como Visa, Citi e Paypal são gigantes interessados no potencial deste mercado.
“Stablecoins são uma das formas mais baratas de enviar dólar — em menos de 1 segundo, por menos de 1 centavo”escreveu a a16z.
Quem mais está se beneficiando disso é o próprio governo americano. Isso porque 99,8% das stablecoins do mercado são denominadas em dólar, aumentando seu uso global e casos de uso.
Além disso, emissoras dessas moedas já estão entre os 20 maiores detentores de títulos do Tesouro americano, ultrapassando países como Arábia Saudita, Coreia do Sul e Israel.


Outro gráfico que pode ser acompanhado em tempo real mostra que o volume de transações de stablecoins continua crescendo para novas máximas mês a mês.


Por outro lado, os NFTs caíram no esquecimento. Após registrarem um volume de US$ 16,8 bilhões em janeiro de 2022, somente US$ 537 milhões foram registrados em setembro deste ano.
DeFi e RWA continuam sendo duas fortes narrativas, diz a16z
Outros dois setores em destaque são DeFi (finanças descentralizadas) e RWA (ativos do mundo real). No primeiro caso, a Hiperlíquido é o principal exemplo de crescimento, registrando lucros anuais superiores a US$ 1 bilhão.
Em RWA, os principais usos são a tokenização de crédito privado, dívida americana e commodities.


Outros setores mencionados são Demin (rede descentralizada de estrutura física), memecoinse mercados de predição.
Outra página mostra um forte interesse em tecnologias como IA (inteligência artificial), ZK (Conhecimento Zero), ETEs (ambientes de execução confiáveis), NFTs, MPC (computação multipartidária segura), FHE (criptografia homomórfica completa) e DAOs (organizações autônomas descentralizadas).


Blockchains estão processando mais de 3.400 transações por segundo
Embora o Bitcoin e outras criptomoedas mais antigas sejam famosas por sua falta de escalabilidade, novas soluções de primeira e segunda camada estão permitindo um crescimento de atividade on-chain.
Enquanto menos de 25 transações por segundo (TPS) eram registradas em 2020, agora são mas 3.400 TPS.
Como comparação, a Nasdaq processa 2.400 TPS durante horário de funcionamento e cartões de crédito outras 24.500 TPS.


Ao mesmo tempo, o estudo aponta para uma queda nas taxas de transações.
Outro ponto mencionado é a privacidade. Segundo a a16z, a necessidade da privacidade é “mais urgente do que nunca”mas que essa busca iniciou há décadas.

