Em meio a um cenário econômico reptante e altamente dinâmico, o mercado brasiliano de fertilizantes apresenta resultados estáveis e promissores para o fecho de 2024, de congraçamento com o balanço e as projeções divulgadas pelo presidente do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná – Sindiadubos, Aluísio Teixeira, durante o 18º. Simpósio NPK 2024.
A estudo de três cenários distintos para o ano indica entregas totais variando entre 45 e 46 milhões de toneladas, com estoques de passagem entre 9 e 10 milhões/ton, números que refletem uma performance alinhada às expectativas do setor.
Estudo dos cenários de entrega

No primeiro cenário, as entregas de agosto a dezembro são projetadas em torno de 45,7 milhões de toneladas, com uma importação estimada em 40 milhões e uma produção vernáculo de 6,7 milhões de toneladas. Com uma exportação de 646 milénio toneladas, o estoque de passagem deve se situar em muro de 9,6 milhões de toneladas ao final do ano. O segundo cenário, que considera uma ligeira queda de 2,5% nas entregas, resultaria em um estoque de passagem de 10,2 milhões de toneladas. “Os especialistas avaliam que uma redução desta magnitude é improvável”, disse o presidente da entidade.
Já o terceiro cenário prevê um aumento de entregas no último trimestre, mantendo-se a tendência de importação e produção anual, com estimativas de entrega totalidade de 46,3 milhões de toneladas e um estoque final de 9 milhões de toneladas.
Desafios e perspectivas do setor
Para 2024, observa-se uma grande demanda interna que pressiona os estoques, mas sem comprometer a oferta. Mesmo diante de um cenário global de oscilações, com muitas consultorias prevendo baixas de preços devido ao aumento dos estoques, os dados do setor indicam que essa relação nem sempre se confirma no mercado de fertilizantes. “Em um contexto onde a sazonalidade agrícola tem grande peso, como na safra de verão, o estoque atual de 9 milhões de toneladas não é considerado excessivo, já que o ciclo de demanda tende a crescer entre janeiro e fevereiro do próximo ano”, ressalta.
A estudo por resultado revela que o aprovisionamento de ureia se encontra inabalável, com muro de 1,5 milhão de toneladas ainda previstas para o mercado até o final do ano. Já o cloreto de potássio, das quais consumo atingiu níveis recordes ao longo do ano, apresenta cenário cordato: “Enquanto algumas consultorias indicam uma possível queda nos preços, o setor adverte sobre o cuidado ao realizar previsões de curto prazo, dado que o ajuste ao final do ano ainda pode surpreender”, adverte Teixeira.
Segundo o presente do Sindiadubos, ao longo do ano, diversas consultorias recomendaram a espera por quedas de preço, numa visão unânime de expectativa de baixa. Porém, o setor enfatiza a relevância de considerar as variáveis reais do mercado, uma vez que o volume de produtos efetivamente disponíveis. “Produtos como o superfosfato simples e o superfosfato triplo, por exemplo, apresentam estoques próximos aos do ano passado, e embora haja um déficit de MAP (Fertilizante Fosfato Monoamônico) em relação a 2023, a oferta de fósforo para o mercado é considerada confortável até o final do ano”, considera.
O setor se mantém otimista, prevendo um fechamento de ano equilibrado em termos de entregas e estoques, garantindo um aprovisionamento adequado para os produtores nacionais. “Com uma logística aprimorada e unidades de distribuição em expansão pelo país, o mercado de fertilizantes segue forte e resiliente, acompanhando de perto as demandas e garantindo a disponibilidade de produtos essenciais para o setor agrícola brasileiro”, considera o presidente.
O 18. Simpósio NPK 2024, aconteceu em Curitiba, na última semana, e é o maior evento presencial de fertilizantes do país. O evento reuniu uma ampla gama de participantes, incluindo importadores, fabricantes, distribuidores de fertilizantes, produtores de aditivos, fornecedores de insumos, e outras partes interessadas no agronegócio. Esse ano o Simpósio reuniu muro de 1000 participantes.