A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o Projeto de Lei 5.349, denominado de Lei de Ensino Crucial do Comunismo, por um placar de 327 votos favoráveis a 62 contrários. O projeto foi apresentado pela deputada republicana María Elvira Salazar, que representa o Estado da Flóridana última sexta-feira, 6.
Na prática, a lei disponibiliza materiais educacionais às escolas norte-americanas por meio da organização sem fins lucrativos Instauração Memorial das Vítimas do Comunismo. Segundo Salazar, a lei garante que as próximas gerações “lembrarão da dor e do sofrimento causados pela brutal ideologia comunista”.
A deputada evidencia que seus eleitores “entendem muito bem os males do comunismo”, já que a Flórida tem uma considerável população refugiada da ditadura comunista de Cuba. Os cubanos representam muro de 28,5% de todos os latino-americanos no Estado.
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“As realidades do comunismo são frequentemente negligenciadas ou minimizadas em nosso sistema educacional, permitindo que atores estrangeiros malignos promovam suas agendas e influenciem instituições americanas”, denuncia o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson.
“É mais importante do que nunca que nossos estudantes aprendam os verdadeiros perigos do comunismo e a importância de proteger nossas liberdades”, concluiu Johnson.
A estrutura do projeto é inspirada no Never Again Education Act, revalidado pelo Congresso em 2020, que criou um programa para educar estudantes norte-americanos sobre o Imolação.
Uma pesquisa de 2020 conduzida pela Instauração Memorial das Vítimas do Comunismo mostrou que a maioria dos jovens adultos não compreende o verdadeiro significado e a história do comunismo. A mesma pesquisa revelou que um em cada cinco geração do milênio e um em cada três membros da geração Z têm uma visão favorável do comunismo.
Comunismo não é divulgado pelas novas gerações, diz profissional
Dr. Eric Patterson, presidente e CEO da Instauração Memorial das Vítimas do Comunismo, acredita que esse cenário se deve à falta de conhecimento sobre o socialismo. “Os estudantes americanos estão cada vez mais alheios à história e ao legado do comunismo.”
A Instauração Memorial das Vítimas do Comunismo foi fundada em 1993 por uma lei unânime do Congresso dos EUA. Ela se dedica ao propósito de “educar os americanos sobre a ideologia, a história e o legado do comunismo.”
Segundo o Comitê de Ensino e Trabalho, “o comunismo possui uma longa e sombria história de repressão política, perseguição e violência, que está sendo encoberta por atores estrangeiros malignos que infiltram instituições educacionais americanas”.
Uma vez que exemplo, ele cita as Salas de lição de Confúcio — o equivalente, para o ensino substancial e médio, dos Institutos Confúcio presentes em universidades — utilizadas pelo Partido Comunista Chinês para disseminar propaganda nas escolas norte-americanas e ocultar as atrocidades cometidas por regimes comunistas no pretérito.
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“Mais de 500 escolas de ensino básico e médio nos Estados Unidos permitiram que o PCC se estabelecesse em suas instalações sob o disfarce das Salas de aula de Confúcioque têm se concentrado especialmente próximas a bases militares norte-americanas”, denuncia o comitê.
Deputado brasílio se inspira em projeto de lei norte-americano
O deputado federalista Cabo Gilberto Silva (PL-PB) propôs o Projeto de Lei 4.771/2024, declaradamente inspirado na lei apresentada por Salazar. Para Silva, a inclusão de conteúdos que abordem os males do comunismo nos currículos escolares “visa a proporcionar aos estudantes uma compreensão abrangente das consequências históricas dessa ideologia”.
“Ao incluir esse conteúdo nos currículos do ensino fundamental e médio, o Brasil alinha-se
a práticas educacionais que valorizam a memória histórica e a prevenção de atrocidades futuras, assegurando que as novas gerações estejam cientes dos erros do passado e preparadas para construir um futuro mais justo e democrático”, ressalta o documento apresentado pelo deputado do PL da Paraíba.
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