Vereadores aprovaram nesta quarta-feira (7) um projeto de lei que transforma Belo Horizonte na “Capital do Bitcoin”. A sessão foi marcada por trocas de ofensas entre políticos de esquerda e de direita.
Chamado PL 124/25o projeto de lei foi apresentado pelo vereador Santos vildo Partido Liberal.
Dos 34 vereadores, 20 votaram a favor da proposta8 contra, totalizando 6 abstenções.
Vereadores abordaram projeto de lei que transforma BH em Capital do Bitcoin
Iniciando a sessão, o vereador Vile Santos notou que o Bitcoin está se tornando um tema de extrema importância na economia global. Como destaque, o autor do projeto que transforma Belo Horizonte na Capital do Bitcoin, aponta que os EUA estão liderando essa corrida.
“Que satisfação ver esse tema debatido nessa casa aqui, um tema que tenho certeza que será a pauta principal dos próximos anos no mundo inteiro. Hoje os Estados Unidos já tem uma reserva estratégica de Bitcoin, que foi anunciada pelo presidente Donald Trump, que já tem 200.000 bitcoins de reserva estratégica.”
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“As coisas mais baratas do mundo, a gente paga com Real, mas liberdade a gente só conquista à custa de muito sangue ou Bitcoin”continuou o vereador Vile. “Boa parte dos belo-horizontinos já entenderam isso, é tirar o Estado do seu dinheiro, um estado que cada vez mais cobra imposto do cidadão, que cada vez mais aumenta sua base monetária, um estado que não tem interesse nenhum em fazer sua moeda se valorizar a cada dia.”
Já o vereador Cláudio do Mundo Novotambém pelo PL, apontou que já existem mais de 2 milhões de usuários de Bitcoin em Minas Gerais, justificando o título em votação.
Contra a proposta, diversos vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) mostraram seus argumentos para barrar o projeto de lei.
O destaque fica para as falas da vereadora Luiza Dulci. Na sua visão, o Bitcoin “não é uma moeda”, mas sim um “ativo sem qualquer tipo de lastro e regulamentação pública”.
“É muito complicado é a gente vir aqui ouvir um vereador dizendo que as pessoas precisam sair fora do Estado para gerar economia. A gente ta falando então de uma economia que acumula, e não uma economia que tá gerando e distribuindo renda para as pessoas, que tipo de emprego que a gente tá falando que a gente falando que está sendo ou que pode ser criado com a questão do Bitcoin?”questionou Dulci.
Conforme a discussão passou para ideologias entre esquerda e direita, o vereador Vile apontou que o Bitcoin é um ativo como qualquer outro, mas digital.
“Não coloque ideologia nisso, você sabia que o sobrinho do Fernando Haddad, ele é presidente da Binance, principal corretora de criptomoedas do Brasil? Fernando Haddad, ministro da Economia do PT. Não é economia, ele é um ativo digital, nós estamos tentando explicar pra você (que) não é ideologia, não é PT, não é esquerda, não é nada disso”explicou Vile.
“O que eu estou querendo trazer é Belo Horizonte pra inovação, pra capital, querendo trazer pros comércios, podem trabalhar com a criptomoeda. Não é questão de ideologia, nada disso.”
Após esse ponto, o debate ficou mais polarizado, com vereadores do PT e do PL saindo do assunto principal.
Como votou cada vereador sobre transformar Belo Horizonte na “Capital do Bitcoin”
Após a apresentação do projeto e às ressalvas contra o mesmo, os vereadores aprovaram o PL 124/25 que transforma Belo Horizonte na Capital do Bitcoin.
Dos 36 vereadores, 20 foram a favor da proposta. Oito deles votaram contra, sendo 4 do PT, 4 do PSOL e 1 dos Republicanos. Somado a esses votos, também tiveram 6 abstenções.
“Encerrada a votação. Com 20 votos ‘sim’, 8 votos ‘não’, 6 abstenções, fica aprovado o PL 124/25 primeiro turno de autoria do vereador Vile.”

A sessão completa pode ser assistida na íntegra no vídeo abaixo.