Com uma vasta população de mais de 200 milhões de pessoas, o Brasil é um dos mercados consumidores mais promissores entre as economias emergentes. Com a terceira maior classe média do mundo em desenvolvimento, detrás somente de China e Índia, o país representa uma oportunidade que não pode ser ignorada pelos investidores estrangeiros. Além de seu tamanho, a recuperação econômica brasileira pós-pandemia tem superado muitas outras economias globais, o que recoloca o país no radar dos investidores. Esse envolvente favorável tem sido evidenciado pelo aumento de investimentos estrangeiros, que, no primeiro semestre de 2024, somaram US$ 28,5 bilhões, posicionando o Brasil porquê o quinto principal sorte global de capital extrínseco, segundo a consultoria de M&A Redirection.
Entre os fatores que impulsionam esse cenário positivo está o aumento do Índice de Crédito Empresarial (ICEI), que, em setembro de 2024, subiu 1,6 ponto, atingindo 53,3%. Esse aumento reflete a expectativa de uma redução nas taxas de juros e uma melhora contínua nas previsões de desenvolvimento do PIB. Esses fatores fazem do Brasil um sorte ainda mais atrativo para investidores estrangeiros que buscam tanto firmeza quanto oportunidade de desenvolvimento.
Com os ativos brasileiros mais baratos em termos de dólar, a perspectiva de valorização da moeda nos próximos anos, associada a reformas econômicas e a um envolvente regulatório mais amigável, torna o momento atual mormente propício para novos investimentos no Brasil
Outro paisagem importante a ser considerado é a série de vantagens competitivas que o Brasil oferece, porquê sua autossuficiência em commodities, uma posição estratégica de relativo isolamento geopolítico e um endividamento extrínseco relativamente ordinário. A dívida brasileira em dólar fechou 2023 em somente 16,6% do PIB, o que, coligado às grandes reservas cambiais, que atingiram US$ 335 bilhões em agosto de 2024, confere ao país uma posição de solidez fiscal e monetária. Ou por outra, a elevação do rating soberano pela sucursal de classificação Moody’s, que em outubro de 2024 colocou o Brasil a um passo do intensidade de investimento, fortalece ainda mais o apelo do país aos olhos dos investidores estrangeiros.
As operações de fusões e aquisições (M&A) também reforçam o dinamismo da economia brasileira. Em 2023, 38% do capital envolvido nas 1.505 transações de M&A realizadas no Brasil foram de origem estrangeira. Entre os maiores negócios desse período, destacam-se o investimento de US$ 3,4 bilhões da Manara Minerals na Vale e a compra da Aēsop, da Natureza, pela gigante L’Oréal por US$ 2,56 bilhões. Mais recentemente, em 2024, transações entre o Brasil e o Reino Uno têm desenvolvido, porquê a compra da startup SalaryFits pela Experian e a compra da escola Móbile pelo grupo Nord Anglia Education. A compra pela BP da totalidade da BP Bunge Bioenergia, em agosto, por murado de US$ 1,4 bilhão, consolida a empresa porquê uma das maiores produtoras de etanol do Brasil, refletindo o interesse internacional no setor de bioenergia.
O setor de biocombustíveis, aliás, é um dos mais promissores no Brasil. A transição global para energias limpas, impulsionada pela premência de descarbonização e práticas ESG, encontra no país um terreno fértil para investimentos. Segundo a Sucursal Internacional de Virilidade, a demanda por bioenergia deve crescer mais de 20% até 2026, e o Brasil, com sua capacidade produtiva robusta e recursos naturais abundantes, está muito posicionado para aproveitar essa tendência. Com 9 milénio trabalhadores e uma produção diária de 50 milénio barris de etanol, a BP Bioenergy exemplifica o potencial desse mercado.
Outros setores também atraentes incluem infraestrutura, mineração, agropecuária, saúde, alimento, construção social e, em privativo, o setor de tecnologia. O Brasil tem sido líder em volume de transações de M&A em tecnologia, com uma média de 602 negócios por ano nos últimos quatro anos, demonstrando o vigor e a inovação do mercado brasiliano.
Adicionalmente, a desvalorização do real, que desde 2019 perdeu 30% de seu valor, oferece ao investidor estrangeiro uma janela de oportunidade única. Com os ativos brasileiros mais baratos em termos de dólar, a perspectiva de valorização da moeda nos próximos anos, associada a reformas econômicas e a um envolvente regulatório mais amigável, torna o momento atual mormente propício para novos investimentos no Brasil. O cenário está mais positivo, e a combinação de fatores econômicos e competitivos mostra que investir no Brasil agora pode trazer retornos significativos no médio e longo prazo.
Lorena Nogaroli é jornalista e empreendedora. Fundadora da Meão Press Brazil, dirige atualmente o escritório da empresa em Londres.