No dia 26 de outubro de 1917, o então presidente do Brasil, Venceslau Brás, declarou guerra ao bloco liderado pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial. A decisão ocorreu depois de uma série de ataques a navios brasileiros, que aumentaram as tensões entre o maior país da América Latina e as Potências Centrais.
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No dia 5 de abril daquele ano, um submarino alemão atacou o Navio Paraná, mesmo com as exigências de neutralidade da embarcação. A ofensiva gerou grande comoção no país. No dia 11, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha. No dia 20 de maio, os alemães atacaram o navio Tijuca perto da costa francesa. O movimento intensificou o descontentamento brasileiro. Como resposta, o governo confiscou 42 navios de origem alemã, austro-húngara e turco-otomana. A medida indicava um posicionamento cada vez mais firme.
No dia 23 de outubro, a Alemanha lançou um torpedo contra o cargueiro Macau, que navegava sob bandeira brasileira perto da Espanha. O ataque resultou na captura do comandante da embarcação, que aumentou a pressão popular para que o governo brasileiro tomasse uma postura mais ativa no conflito.
Em meio à crescente insatisfação da população, o Brasil finalmente declarou guerra aos Poderes Centrais. A decisão marcou a entrada da gestão Venceslau no conflito global.
A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial
Apesar do cenário, a atuação brasileira na guerra teve limitações, principalmente em virtude da falta de estrutura militar e da oposição política interna. Em 1918, o governo enviou aviadores ao front ocidental, onde se integraram à Força Aérea Real Britânica.
Além disso, um corpo médico-militar brasileiro se uniu ao Exército francês, o que contribuiu para o esforço aliado. A participação era simbólica, mas demonstrava o comprometimento brasileiro em apoiar os países aliados.
A Marinha brasileira também teve um papel relevante no conflito. O governo destacou uma divisão para patrulhar a costa noroeste da África, que partia de Dacar. Além disso, determinou uma missão no Mediterrâneo, com base em Gibraltar.
A força naval ajudava a conter a ação de submarinos inimigos, que garantia maior segurança às rotas comerciais. Mesmo com limitações, o Brasil conseguiu desempenhar um papel importante na contenção de ameaças submarinas e na assistência aos aliados.