Insurgentes sírios declararam neste domingo a deposição do presidente Bashar Al-Assad em seguida tomarem o controle da capital do país. A vitória dos rebeldes marca o término da dinastia da família Assad em seguida mais de 13 anos de guerra social. Através do aplicativo de mensagem Telegram, os rebeldes declararam a “cidade de Damasco livre”.
Por sua vez, o primeiro-ministro sírio, Mohamed Ghazi al-Jalali, afirmou neste domingo que está estendendo a mão a “qualquer sírio que se interessa pelo país para preservar suas instituições”, em vídeo divulgado em seguida a tomada da capital por segmento dos rebeldes.
“Estou em minha casa, não a deixei porque pertenço a este país e não conheço nenhum outro. É a minha terra natal. Nessas horas em que as pessoas estão preocupadas e com medo (…) Eu, pelas instituições do Estado, que não são de minha propriedade ou de qualquer outra pessoa, mas pertencem a todos os cidadãos sírios. Estendemos nossa mão a todos os sírios que se preocupam com este país para preservar suas instituições”, declarou.
O triunfo dos jihadistas também representa um golpe na influência russa e iraniana no Oriente Médio, os maiores aliados do regime de Assad nos momentos mais duros da guerra social.
O comandante do tropa sírio notificou as autoridades neste domingo a queda do governo. Entretanto, afirmou que as operações contra “grupos terroristas” terão perenidade nas principais cidades de Hama, Homs e na zona rústico de Deraa.
Onde está Assad?
Confira:
A questão mais levantada neste domingo tem uma resposta simples: não se sabe o paradeiro do ditador, nem de sua esposa Asma e seus dois filhos. De consonância com dados do site Flightradar, um avião da Syrian Air decolou próximo da hora que a capital foi tomada pelos rebeldes. A aeroplano voou inicialmente em direção à região costeira da Síria, um reduto da seita alauíta de Assad, fez uma curva fechada, em seguida, voou na direção oposta por alguns minutos e desapareceu do planta.
Uma nascente síria disse a dependência de notícias Reuters que o avião pode ter sido quebranto no ar, e essa, pode ser ter sido a justificação de seu desaparecimento no radar.
“Ele desapareceu do radar, possivelmente o transponder [dispositivo que transmite dados da aeronave para o controle aéreo] foi desligado, mas acredito que a maior probabilidade é que a aeronave tenha sido abatida”, disse uma nascente síria sem dar mais detalhes.
Ainda segundo a dependência, a medida que os rebeldes iam ganhando força, crescia o boato de que o ditador poderia buscar refúgio em Moscou ou no Irã.
Rebeldes não enfrentaram resistência do tropa
Vitoriosos na guerra social, os grupos rebeldes que tomaram Damasco e puseram término a tirania de Assad declararam que não enfrentaram resistência por segmento do tropa sírio na tomada da capital.
“Celebramos com o povo sírio a notícia da libertação de nossos prisioneiros, da quebra de suas correntes e do anúncio do fim da era de injustiça na prisão de Sednaya”, disseram os rebeldes, referindo-se a uma grande prisão nos periferia de Damasco, onde o governo sírio deteve milhares de pessoas.
Os insurgentes afirmaram também que continuam fazendo esforços para que a transferência de poder seja concluída e tem a intenção de realizá-la a partir de um órgão governamental de transição com plenos poderes executivos.
“A grande revolução síria passou do estágio de luta para derrubar o regime de Assad para a luta para construir juntos uma Síria que seja digna dos sacrifícios de seu povo”, declararam, em enviado.
Celebração nas ruas
Posteriormente o proclamação da deposição do governo, milhares de pessoas se reuniram na terreiro principal de Damasco para celebrarem a quedar do ditador. Os festejos contaram com gritos de “liberdade”, carros de som e tiros.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, é provável ver pessoas subindo em tanques militares abandonados para tirar fotos e comemorar a tomada do país por forças rebeldes.
Ofensiva surpreendente
A ofensiva do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), iniciada semana passada e de forma surpreendente, teve uma vez que conquista inicial Aleppo, Deraa e Hama. Os alvos seguintes foram Homs e Damasco, tomada oficialmente neste domingo.
Outras milícias rebeldes também partiram rumo ao cerco de Damasco através de Deraa, localizada ao sul. Os acessos do país ao Iraque, na cidade de Deir al-Zour, haviam sido fechados por grupos curdos.