A dois dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, uma pesquisa da AtlasIntel colocou Donald Trump na liderança nos sete estados-pêndulo, os chamados swing states, sugerindo que o ex-presidente tem reais chances de voltar à Moradia Branca.
Com uma vantagem média de 3,2 pontos percentuais sobre Kamala Harris nesses estados, a pesquisa AtlasIntel mostrou um cenário favorável para Trump.
Esse oferecido é reforçado pelo agregador de pesquisas Real Clear Politics, que aponta uma vantagem média de 1,2 ponto percentual para Trump nos mesmos estados.
A pesquisa, realizada entre 1 e 2 de novembro, revela que Trump tem uma vantagem significativa no Arizona (6,5 pontos), Nevada (5,5 pontos) e Carolina do Setentrião (3,4 pontos).
Na Geórgia, Trump lidera com uma vantagem de 2,5 pontos percentuais. Mesmo em estados onde a disputa é mais acirrada, uma vez que Pensilvânia (1,8 ponto), Michigan (1,5 ponto) e Wisconsin (1 ponto), Trump mantém uma ligeiro vantagem, indicando uma disputa acirrada e uma provável volatilidade até o dia da votação.
Perfis demográficos e surpresas no esteio de minorias
Confira:
Um ponto que labareda a atenção é o incremento de Trump entre grupos que tradicionalmente apoiam candidatos democratas. No Arizona e em Nevada, por exemplo, ele lidera entre os hispânicos, com 51,4% e 49,5% dos votos, respectivamente.
Outrossim, a AtlasIntel revelou uma expressiva liderança de Trump entre eleitores negros em Wisconsin, onde ele alcança impressionantes 64,8%, comparados aos 35,2% de Harris.
Esse número é altamente significativo, uma vez que o voto preto tem sido um pilar do Partido Democrata por décadas. Caso essa tendência se mantenha, ela pode refletir uma mudança inédita no cenário eleitoral, possivelmente impulsionada por temas econômicos e de segurança, frequentemente enfatizados pela campanha republicana.
Diferenças regionais e o peso dos eleitores suburbanos
A pesquisa também destaca as diferenças regionais dentro dos swing states, com eleitores suburbanos emergindo uma vez que o fator decisivo. Nos estados em estudo, mais da metade dos eleitores vive em áreas suburbanas, uma vez que é o caso de 59% na Geórgia e 57,2% no Arizona.
Esse perfil de eleitores tende a apresentar um estabilidade entre valores tradicionais e preocupações com economia e segurança pública, tornando-os mais suscetíveis a oscilarem entre candidatos. Com eleitores urbanos inclinados aos democratas e rurais aos republicanos, as regiões suburbanas concentram o voto que pode selar o resultado eleitoral.
Mudanças nas preferências nacionais
No quadro pátrio, Trump também apresenta uma ligeiro vantagem sobre Harris, com 1,8 ponto percentual de diferença na pesquisa da AtlasIntel.
Esse resultado reflete um cenário de reversão em conferência às eleições anteriores: em 2020, Biden liderava por 7,2 pontos na mesma quadra, e Hillary Clinton mantinha uma vantagem de 1,8 ponto em 2016, de negócio com o agregador Real Clear Politics.
Essa diferença, hoje favorável a Trump, pode indicar um desgaste da agenda democrata, principalmente em temas de economia, inflação e políticas de segurança – áreas que impactam diretamente a vida dos eleitores.
Embora Kamala Harris tenha uma ligeira vantagem entre mulheres e ainda mantenha a maioria do voto latino e preto em nível pátrio, a erosão do esteio em certos estados críticos e entre minorias sugere uma provável mudança de tendência.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa da AtlasIntel foi realizada com uma exemplar representativa de eleitores prováveis, entre 1 e 2 de novembro de 2024, com margem de erro de ±2 a ±4 pontos percentuais, dependendo do estado.
Utilizando o método de Recrutamento Do dedo Aleatório (Random Do dedo Recruitment – Atlas RDR), a pesquisa teve um nível de crédito de 95% e foi ajustada para refletir a constituição demográfica de cada estado, incluindo gênero, fita etária, renda e escolaridade.
Em estados uma vez que Pensilvânia, onde a exemplar foi mais ampla (2.049 eleitores), a margem de erro foi menor, de ±2 pontos, o que dá maior robustez aos dados.
Nos estados com amostras menores, uma vez que Wisconsin e Nevada, a margem de erro aumentou para ±4 pontos, recomendando uma versão mais cautelosa dos resultados.