O jornalista Allan dos Santos, fugido da Justiça brasileira, participou do dança da posse do presidente norte-americano Donald Trump. O evento ocorreu nesta segunda-feira, 20, na sede do jornal O Washington Timesem Washington, capital dos Estados Unidos.
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Durante a celebração, Allan dos Santos posou para fotos com figuras públicas brasileiras. Entre elas estavam o senador Jorge Seif (PL-SC), o jornalista Luís Ernesto Lacombe e Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan.
Desde 2021, Allan dos Santos é considerado fugido pela Justiça brasileira. No mesmo ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), ordenou sua prisão preventiva no contexto do interrogatório das supostas fake news. O jornalista responde a acusações de calúnia, injúria e maledicência na investigação.
O exílio e a perseguição contra Allan dos Santos
Allan dos Santos, jornalista e idealizador do Terça Livretem sido uma das figuras mais controversas e perseguidas do cenário político brasílio. A perseguição contra o jornalista começou quando ele e sua equipe começaram a fazer denúncias que envolviam figuras poderosas de Brasília.

A viradela no caso de Allan ocorreu no dia em que a Polícia Federalista invadiu sua lar em maio de 2020.
“O dia em que a Polícia Federal entrou na minha casa foi um show de horror”, relembrou com tarar. “Você imagina que, ao fugir de criminosos, quem vai te fazer mal é a polícia, que você sempre defendeu. O Estado se tornou o agente de terror que eu temia vir de criminosos.”
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Esse incidente, que marca o auge da perseguição política contra Allan, fez com que ele se visse forçado a deixar o Brasil.
“A partir de então, decidi que iria cobrir as eleições orte-americanas, algo que já estava agendado, mas a perseguição complicou ainda mais minha vida”, explicou o jornalista. “Não podia mais ficar no Brasil, minha família estava em risco.”
A perseguição judicial: mandados de prisão e extradição
No entanto, a perseguição a Allan dos Santos não se limitou à repressão policial. Ele também se viu claro de uma verdadeira cruzada jurídica promovida por membros do Supremo Tribunal Federalista (STF), em privativo o ministro Alexandre de Moraes.


O STF, por meio de Moraes, emitiu uma série de mandados de prisão e procura e consumição contra o jornalista, com a justificativa de “incentivo ao golpe” e “incitação à violência” no contexto de sua atuação nas redes sociais e de suas denúncias sobre figuras do estabelecimento político brasílio.
A vida no exílio e a verdade financeira
No exílio nos Estados Unidos, Allan vive uma verdade muito dissemelhante da vida de antes. Recentemente, o jornalista declarou que trabalha uma vez que motorista de aplicativo e entrega.
“Hoje, minha rotina está bem corrida”, declarou Allan. “Preparo as matérias da Revista Timelineajudo na Academia Conservadora e também trabalho com aplicativos de entrega e transporte para complementar a renda. Isso é necessário, porque não posso ter uma empresa no Brasil, não posso ter nada relacionado ao público brasileiro.”
O jornalista ainda revela que se sente restringido pela impossibilidade de entrevistar pessoas ou realizar outras atividades essenciais para seu trabalho.
“Estou limitado no exílio, financeiramente e profissionalmente, mas sigo com projetos importantes.”