As empresas do agronegócio, cuja produção vem sendo impactada continuamente pelos eventos climáticos intensos, estão buscando, cada vez mais, usar tecnologias de monitoramento do clima para planejar o plantio e a colheita de suas safras. Essa demanda é observada pela Climatempo, que vem fornecendo ao setor serviços de previsão do tempo e de mudanças climatológicas, com boletins diários e alertas para eventos extremos. Atualmente, mais de 350 produtores estão conectados à plataforma da Climatempo e utilizando as previsões e análises da fornecidas para a tomada de decisões.
“A maioria dos produtores rurais demanda previsões de curto e médio prazo, a fim de definir quando começar a plantar e realizar a colheita”, afirma Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo. “Já os fornecedores de insumos, de máquinas e implementos buscam previsões de maior alcance, para planejarem a produção e terem estoque para vender no momento oportuno”.
Nadiara explica que a demanda por serviços meteorológicos tem desenvolvido nos últimos anos devido ao aumento da incidência de eventos climáticos extremos registrados. “Os produtores buscam informações meteorológicas mais precisas, especialmente os das regiões mais centrais do Brasil, como os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e os da região conhecida como Matopiba”, salienta Nadiara.
Verão 2025. Porquê fica o clima?
Confira:
O verão 2025 terá menos calor intenso, menor risco de eventos severos e maior variação de temperatura e chuvas, segundo Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo.
Veja a estudo por Região brasileira
As ondas de calor que impactaram o início da primavera nascente ano ou que marcaram o verão de 2024 não deverão se repetir no próximo verão, mas as diversas regiões do País viverão dias de maior variação de temperatura e do volume de chuvas. Isso indica que as empresas e órgãos públicos deverão realizar um séquito meteorológico de mais limitado prazo, a termo de planejar melhor suas vendas e atividades.
“O próximo verão não será tão quente como o último, que bateu recordes de calor. Haverá alguns picos de temperaturas altas, mas depois elas diminuirão, com variações mais frequentes. As chuvas também terão maior oscilação e há a expectativa de longos períodos chuvosos ao longo do verão”, afirma Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo.
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Ela explica que, sem a ocorrência de fenômenos de grande graduação muito marcados, uma vez que o La Niña ou o El Niño, o clima tende a ser pautado mais por fenômenos de limitado prazo, oscilando entre semanas mais quentes, e outras mais amenas. Por outro lado, sem a previsão de ondas de calor extremo, podem diminuir os riscos de eventos severos, embora a verosimilhança de que ocorram seja maior, devido ao impacto das mudanças climáticas, que podem gerar rapidamente uma conjunção de diversos fatores, uma vez que oceano quente e frentes frias.
Região Sudeste
A meteorologista da Climatempo observa que a Região Sudeste pode esperar um verão mais pluvioso, sem tantos picos de calor, com menos dias totalmente ensolarados, mas ainda abafados. “A previsão é de temperaturas mais amenas em relação ao último ano, e de menor probabilidade de que haja duas semanas, por exemplo, de temperaturas elevadas. O clima vai oscilar mais, embora, na média, deva manter o comportamento de verão”, avalia Ana Clara.
Essa oscilação exigirá que as empresas de setores cujas vendas de produtos ou serviços são diretamente influenciados pelo clima – uma vez que o de confecções, condicionadores de ar, turismo, protetores solar e bebidas, por exemplo – tenham de programar ações de marketing, uma vez que promoções, com olhos mais ligados no limitado prazo e às variações pontuais, de forma a aproveitar as oportunidades.
Região Sul
Na Região Sul, sem a formação dos fenômenos intensos do El Níño ou do La Niña, as chuvas tendem a ser mais espaçadas e irregulares entre um evento e outro, embora estejam previstos picos de calor nas capitais da região.
Região Setentrião
Já a Região Setentrião deve ter um verão marcado por um bom volume de chuvas, ainda que não intensas na primavera, devem aumentar durante o verão. As primeiras chuvas já estão acontecendo na cabeceira dos rios, o que ajudará na navegabilidade dos rios nas próximas semanas – depois da região ter atingido nível recorde aquém da quinhão mínima neste ano.
Região Nordeste
O Nordeste, por sua vez, terá um verão mais sedento, com previsão de que haja um detença nas chuvas geralmente previstas no período entre o verão e o outono. “Vai demorar para as chuvas começarem no Nordeste, mas depois elas serão mais fortes e frequentes”, prevê.
Região Meio-Oeste
O clima nas regiões produtoras de milho e soja do Meio-Oeste deverá ser mais comedido no próximo verão, embora o início do plantio tenha se caracterizado por uma quesito climática irregular, que obrigou alguns produtores a replantar as culturas, principalmente em Goiás e no Mato Grosso.
“Não há previsão de chuvas fortes, mas, por outro lado, deverão ocorrer períodos mais longos de tempo fechado e invernadas, o que pode prejudicar o desenvolvimento das plantas”, alerta a meteorologista da Climatempo.