A advogada Maira Pinho, que pediu a brecha de um questionário da Polícia Federalista (PF) para investigar o soldado israelense Yuval Vagdani, é ativista pró-Palestina.
![A advogada Maira Pinheiro | Foto: Reprodução/Youtube](https://noticiasnobr.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Advogada-brasileira-que-denunciou-soldado-israelense-e-militante-pro-Palestina.jpg)
O reservista israelense, que passava férias na Praia de Morro de São Paulo, no município baiano de Cairu, é investigado por suspeita de envolvimento em crimes de guerra na Fita de Gaza. Ele deixou o Brasil neste domingo, 5.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
O pedido de investigação foi feito pela organização internacional pró-Palestina Instauração Hind Rajab (HRF), que contratou Maira Pinho para ajudar no caso.
![O pedido de investigação contra Yuval Vagdani foi feito pela organização internacional pró-Palestina Fundação Hind Rajab (HRF) | Foto: Reprodução/Redes sociais](https://noticiasnobr.com.br/wp-content/uploads/2025/01/1736206163_255_Advogada-brasileira-que-denunciou-soldado-israelense-e-militante-pro-Palestina.jpg)
![O pedido de investigação contra Yuval Vagdani foi feito pela organização internacional pró-Palestina Fundação Hind Rajab (HRF) | Foto: Reprodução/Redes sociais](https://noticiasnobr.com.br/wp-content/uploads/2025/01/1736206163_255_Advogada-brasileira-que-denunciou-soldado-israelense-e-militante-pro-Palestina.jpg)
A HRF acompanha as atividades de soldados israelenses na região e apresentou documentos, uma vez que vídeos e imagens, que sugerem que o soldado participou de ações “criminosas” em Gaza. O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas já dura mais de 15 meses.
O conflito começou em razão de um ataque terrorista do Hamas, que controla a Palestina, em 7 de outubro de 2023. Os terroristas assassinaram mais de 1,2 milénio cidadãos em Israel.
Pai do militar pediu para o rebento deixar o Brasil
Confira:
Yuval Vagdani, pai do soldado, relatou ao jornal Haaretz que soube da investigação quando um companheiro do rebento recebeu uma mensagem da representação diplomática israelense no Brasil. Ele instruiu o rebento a deixar o país imediatamente.
“Disse a eles para escaparem imediatamente e não ficarem lá nem por mais um minuto”, declarou Vagdani ao jornal. “Eles rapidamente fizeram as malas e cruzaram a fronteira em poucas horas. Num piscar de olhos, eles passaram de turistas a fugitivos.”
Funcionários da Embaixada de Israel em Brasília acompanharam o soldado até o aeroporto. Ainda não há informações oficiais que revelam qual aeroporto ele usou para deixar o Brasil. O Itamaraty não se manifestou sobre o caso.
Governo israelense se manifestou
Em enviado, o governo de Israel reafirmou o recta do país à autodefesa depois do “massacre brutal cometido pelo grupo terrorista palestino Hamas”. O governo israelense ainda destacou que as operações em Gaza seguem estritamente o Recta Internacional.
Criticou, também, a HRF, e alegou que a organização manipula os sistemas legais para produzir uma narrativa contra o país.
O soldado foi identificado por meio de suas postagens nas redes sociais, em que aparecia em vídeos que mostravam áreas devastadas de Gaza. Em outros vídeos, ouviram-se risadas de soldados enquanto explosões controladas eram filmadas.
Esse incidente levou Yuli Edelstein, presidente da Percentagem de Relações Exteriores e Resguardo do Parlamento de Israel, a convocar uma reunião. O encontro tinha uma vez que objetivo discutir formas de proteger os soldados contra processos judiciais internacionais.
Depois da repercussão do caso, um parlamentar israelense chamou o Brasil de “patrocinador de terroristas”.
https://diclotrans.com/redirect?id=41928&auth=49e94614f6987ef93673017ac5a16616c706109f
A enunciação foi divulgada por Dan Illouz, político que ocupa uma das cadeiras no Knesset, a Plenário de Israel.
“O Brasil se tornou um Estado patrocinador de terroristas”, disse o político. “Em vez de perseguir terroristas, persegue um soldado das FDI — um judeu que sobreviveu a uma cozinha brutal e protege o seu povo.”
Bolsonaro sai em resguardo do militar de Israel
Por meio das redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também criticou a ação do governo brasiliano em relação ao soldado. Ele repostou uma publicação que lembrava que, em 2019, Israel foi um dos únicos países a enviar uma equipe militar para ajudar nas buscas em Brumadinho (MG).
“Hoje, o Estado brasileiro coloca a PF para investigar membros das Forças Armadas de Israel de férias no Brasil”, afirma a publicação.