Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiram esteio na estudo das medidas de namoro de gastos anunciadas pela gestão petista nesta semana.
Nesta sexta-feira, 29, Pacheco emitiu uma nota em que disse ser necessário “preciso afastar o medo da impopularidade que constantemente ronda a política”. A fala ocorre em meio à crescente subida do dólar em relação ao namoro de gastos do governo e à isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 milénio.
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“Nesse sentido, é importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e corte de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas”, disse. “Inclusive outras podem ser pensadas, pois esse pacote deve ser visto como o início de uma jornada de responsabilidade fiscal.”
Em relação ao pregão da isenção do IR, Pacheco disse que embora seja uma tarifa de interesse pátrio, não é um tanto “para agora”. O presidente do Senado sinalizou que a medida so vai ocorrer se “tivermos condições fiscais para isso”.
“Se não tivermos, não vai acontecer. Mas essa é uma discussão para frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos”, afirmou Pacheco.
Lira garante compromisso com estudo do pacote de namoro de gastos
Pelo seu perfil solene no Twitter/X, o presidente Arthur Lira reafirmou o “compromisso inabalável” da Câmara dos Deputados “com o arcabouço fiscal” do governo Lula.
“Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”, afirmou.
Lira ainda sinalizou que a subida da inflação e do dólar são “mazelas que atingem de forma mais severa os mais pobres”.
“Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, destacou Lira.
Haddad anuncia ajustes fiscais e reforma na renda
Nesta semana, o ministro da Quinta, Fernando Haddad, realizou um pronunciamento à pátria sobre o namoro de gastos do governo federalista e uma reforma na renda — prevista para 2026.
“Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda”, afirmou.
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O ministro destacou que a novidade medida não deve acarretar em “impacto fiscal” para o governo. “Isso será possível porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais”, declarou.
Haddad explicou que o novo imposto, assim uma vez que uma mudança nas aposentadorias dos militares e uma reforma nas “regras do orçamento” vão proporcionar ao governo federalista uma “economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos”.
O integrante do cimo escalão afirmou que “essas medidas” vão facilitar nessa economia, tal uma vez que “consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país”. “Para garantir os resultados esperados, em caso de déficit primário, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”, acrescentou.
Leia as três mudanças anunciadas para a economia de R$ 70 bilhões:
- “Para garantir que as políticas públicas cheguem a quem realmente necessita, vamos aperfeiçoar os mecanismos de controle, que foram desmontados no período anterior. Fraudes e distorções atrasam o atendimento a quem mais precisa. Para as aposentadorias militares, promoveremos mais igualdade, instituindo uma idade mínima para a reserva e limitando a transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias.”
- “Para atender às famílias que mais precisam, o abono salarial será assegurado a quem ganha até R$ 2.640. Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio. As medidas também combatem privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade. Vamos corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional.”
- “Junto com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, aprimoramos as regras do orçamento. O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ser obrigatoriamente destinadas à saúde pública, reforçando o SUS.”