O Google anunciou nesta terça-feira, 18, a aquisição da Wiz, comece israelense especializada em cibersegurança na nuvem, por US$ 32 bilhões, depois de meses de negociações. Esse é o maior valor já pago em uma transação pela Alfabetogrupo controlador do Google.
No ano passado, a grande tecnologia havia oferecido US$ 23 bilhões pela Wiz, mas a proposta foi rejeitada. Na época, a Wiz considerou a possibilidade de abrir capital em bolsa de valores, mas desistiu da ideia.
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O Google assinou um acordo definitivo para adquirir @Wiz_io – Um passo significativo para melhorar a segurança da nuvem, reduzir o custo e estimular a adoção do multicloud na era da IA → pic.twitter.com/norfo53ntc
– Google Cloud (@GOOGLECLOUD) 18 de março de 2025
O acordo fechado agora será uma transação direta, sem troca de ações nem participação. Ou seja, os fundadores e investidores da Wiz receberão o valor oferecido pela Alphabet integralmente em dinheiro. A negociação ainda precisa da aprovação das autoridades regulatórias.
De acordo com a Alphabet, a aquisição faz parte de uma estratégia para acelerar o que a empresa considera duas grandes tendências em crescimento na era da inteligência artificial: fortalecimento da segurança na nuvem e a capacidade de trabalhar com múltiplas nuvens.
“O papel crescente da IA e a adoção de serviços em nuvem mudaram drasticamente o cenário de segurança para os clientes, tornando a segurança cibernética cada vez mais importante na defesa contra riscos emergentes e na proteção da segurança nacional”, afirmou a companhia, em comunicado.
Google anunciou agora há pouco que vão comprar a Wiz por $32B de dólares. Será um investimento para melhorar a segurança do cloud business. É o maior investimento já realizado pela empresa. Grande teste para saber se o governo Trump vai olhar com bons olhos para isso.
– Doutrader (@docroger) 18 de março de 2025
Com essa aquisição, o Google quer ficar mais competitivo em relação à Amazon e à Microsoft, que também têm aumentado os investimentos em cibersegurança para o mercado de nuvem. Apesar do crescimento nos últimos anos, a divisão de nuvem da Alphabet ainda está atrás da AWS (Amazon) e do Azure (Microsoft) em participação de mercado.
Até a compra da Wiz, a maior aquisição já feita pelo Google foi a da Motorola Mobility, por US$ 12,5 bilhões, concluída em 2012.
União com o Google “prende um foguete” nas costas da Wiz, diz CEO
O CEO da Wiz, Assaf Rappaport, descreveu a aquisição como um grande passo para a empresa, que está no mercado há apenas cinco anos. Segundo ele, a união com o Google seria como “prender um foguete às costas” da comece. “Isso acelerará nosso ritmo de inovação além do que poderíamos alcançar como empresa independente.”

Fundada em 2020, a Wiz cresceu rapidamente ao oferecer soluções inovadoras em segurança na nuvem, pelas quais atraiu grandes clientes e investidores de peso.
Depois de uma rodada de financiamento de US$ 1 bilhão no ano passado, a comece foi avaliada em US$ 12 bilhões. Entre seus investidores estão fundos de capital de risco de destaque do Vale do Silício, como Andreessen Horowitz, Lightspeed Venture Partners, Salesforce Ventures e Sequoia Capital.
Thomas Kurian, CEO do Google Cloud, disse que os produtos da Wiz vão continuar a ser oferecidos em nuvens de concorrentes, como Amazon Web Services (AWS), Azure e Oracle Cloud. Ou seja, a empresa seguirá operando de forma independente e compatível com diversos provedores de nuvem além do Google.
O Google acabou de fazer seu maior negócio de todos os tempos, e as 8º maior aquisições da história. Adivinha com quem está?
Uma empresa de segurança cibernética israelense Wiz, que o Google está comprando por US $ 32 bilhões.
Você pode agradecer a Israel quando sua conta estiver segura 💪 pic.twitter.com/2yabdt7bwk
– Hen Mazzig (@henmazigt) 18 de março de 2025
“Nosso objetivo é oferecer aos clientes maior segurança para sistemas empresariais e reduzir os custos de manutenção da segurança em ambientes locais e Multicloud”, disse o executivo que comanda a divisão de computação em nuvem do Google.
O acordo ainda precisa da aprovação dos reguladores antitruste dos EUA. Durante o governo de Joe Bideneles adotaram uma postura mais rigorosa em relação às grandes empresas de tecnologia. A expectativa é que, sob o governo Trump, a tendência de menor regulação permita uma aprovação mais rápida.
A decisão final sobre a transação deve ser tomada em 2026.