notíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
Facebook X (Twitter) Instagram
Trending
  • Bolsonaro afirma que não falou com EUA sobre sanções a ministros
  • Empate discreto na estreia de Ancelotti pela seleção brasileira
  • Operação anticorrupção revela esquema milionário envolvendo juiz e políticos
  • Política econômica: comparação entre Tarcísio de Freitas e Lula em São Paulo
  • Montadoras enfrentam crise e domínio chinês ameaça setor automobilístico
  • Santa Catarina realiza maior simulado de desastres naturais do Brasil
  • Lula e Macron tiram selfie com Torre Eiffel iluminada em verde e amarelo
  • Janja da Silva segue orientação de Macron na França em momento estratégico
Facebook X (Twitter) Instagram
notíciasnoBRnotíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
notíciasnoBR
Home - Diversos - O que foi o grupo guerrilheiro MR-8

O que foi o grupo guerrilheiro MR-8

Escrito por Tiago Cordeiro6 de fevereiro de 2025Tempo de Leitura 7 Mins
Gostou? Compartilhe essa matéria Facebook Pinterest WhatsApp
Ícone de Busca
Gostou?
Facebook Pinterest WhatsApp

“Sabemos o que o vil metal significa para certo tipo de pessoas. Ainda assim, ao que tudo indica, ele está pedindo para perder algo mais. Pode ficar tranquilo. Não faltarão almas pias para fazer a sua vontade”. Publicada na primeira página do jornal a Hora do Povoem 27 de abril de 2007, a ameaça era dirigida contra o jornalista Diogo Mainardi, então colunista da revista Veja.

O jornal foi fundado em 1979 pelo grupo MR-8, o Movimento Revolucionário Oito de Outubro. Como ficou claro no episódio de ataque a Mainardi, o gosto pela violência não acabou, mesmo depois da redemocratização do país.

Famoso em todo o país pelo sequestro do embaixador americano Charles Elbrick em 1969, o MR-8 contou em seus quadros com nomes como Carlos Lamarca, Iara Iavelberg, Fernando Gabeira, Franklin Martins, Cid Benjamin, Stuart Angel Jones, Daniel Aarão Reis Filho, Vera Silvia Magalhães, Franklin de Mattos, Alfredo Iser e João Manoel Fernandes.

A partir do final dos anos 1970, aliou-se ao MDB e tornou-se braço político de apoio do político paulista Orestes Quercia. Ainda hoje, mantém vínculos com o movimento estudantil. O MR-8 chegou a fundar uma agremiação própria em 2009 — o Partido Pátria Livre (PPL) lançou João Goulart Filho à presidência em 2018, mas na sequência foi incorporado ao Partido Comunista do Brasil (PcdoB). Sinal de que, para os integrantes do grupo, a luta pelo socialismo continua.

Nome repetido, data errada

As origens do MR-8 datam de 1964, quando universitários do antigo estado da Guanabara criaram um grupo dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), a Dissidência Comunista da Guanabara (DI-GB). Em 1966, romperam formalmente com o PCB e passaram a apoiar abertamente a luta armada como a única estratégia viável para combater o regime militar. Vladimir Palmeira, um dos líderes estudantis mais conhecidos do país na época, fazia parte do grupo.

Em 1969, a DI-GB foi rebatizada quando do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick. O grupo tinha duas exigências para devolver o representante do governo dos Estados Unidos com vida: a libertação de 15 guerrilheiros presos e a divulgação de um manifesto. Enquanto o texto era elaborado, seus autores decidiram provocar o governo, adotando o nome de um grupo que já havia existido.

Meses antes, o MR-8 original, fundado em Niterói, foi desmantelado, um feito muito comemorado pela ditadura. O “oito de outubro” fazia referência ao dia da morte de Che Guevara – a data, na verdade, estava errada, já que o guerrilheiro argentino foi morto no dia 9.

“Depois da captura do embaixador, os militantes e dirigentes do MR-8 sofreram grandes golpes da repressão. Mas continuaram com a realização de operações armadas como roubos ou assaltos a bancos e supermercados, principalmente no Rio de Janeiro”, descreve a historiadora Eladir Fátima Nascimento dos Santos em artigo acadêmico sobre o grupo.

A organização, ela acrescenta, “ampliou seu trabalho junto aos setores populares. Passou a estabelecer contatos em fábricas e em áreas rurais. Em 1971, o MR-8 publicou textos sobre experiências de trabalho político em áreas rurais e urbanas, nos quais mostrava-se como uma das organizações mais sólidas da esquerda revolucionária”.

Entre o final do ano e ao longo de 1972, suas lideranças começaram a se mudar voluntariamente para o Chile, então governado por Salvador Allende. Naquele momento, os movimentos armados haviam perdido força e estava claro que não tinham condições de implementar a tão desejada ditadura do proletariado. A partir do final da década, a aliança com o MDB se solidificou, o que gerou outros atritos internos que levaram muitos dos dirigentes a abandonar o grupo.

Na prática, o MR-8 nunca deixou de existir, ainda que tenha perdido relevância. A ação que destacou o movimento e fez sua fama, entre tantos outros grupos guerrilheiros da época, acabou sendo mesmo o sequestro de Elbrick.

“Guerra revolucionária”

Como relata o historiador Higor Codarin, na tese defendida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre o grupo e posteriormente publicada na forma de um livro, as primeiras ações armadas do MR-8 começaram em fevereiro de 1969. Primeiro, no dia 15, tomaram uma metralhadora de um sentinela do Hospital da Aeronáutica, no Rio de Janeiro (RJ). “De posse da metralhadora, no dia 24 do mesmo mês, realizaram a segunda ação, quando expropriaram o Bar Castelinho. Por fim, exatamente um mês depois, fizeram a primeira ação de expropriação de agência bancária, no banco Crédito Territorial, localizado em Bonsucesso”.

https://diclotrans.com/redirect?id=41928&auth=49e94614f6987ef93673017ac5a16616c706109f

Num momento inicial, os assaltos eram realizados com grande facilidade, aponta Codarin. “O sucesso e a facilidade das primeiras ações geravam a impressão de que este era, realmente, o caminho da revolução, o caminho que os levaria a, como se dizia, construir a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do exército revolucionário”.

Mas a imprensa não noticiava os crimes dos quais os militantes tanto se orgulhavam. Foi quando surgiu a ideia de fazer uma ação de maior impacto midiático. “O sequestro de Elbrick foi a mais espetacular das ações praticadas pela luta armada brasileira”, argumenta Elio Gaspari no livro “A Ditadura Escancarada”. “Seu efeito político foi desmoralizante para o regime, tanto pela publicidade que a audácia do lance atraiu como pela humilhação imposta aos chefes militares, que, tendo atropelado a Constituição, se viram encurralados por alguns jovens de trabuco na mão”.

O texto que os militantes conseguiram que fosse divulgado em rádios, TVs e jornais dizia: “Grupos revolucionários detiveram hoje o sr. Charles Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum lugar do país, onde o mantêm preso. Este ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores. Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural”.

A ação ainda estabeleceu um novo procedimento para os demais guerrilheiros: o sequestro de diplomatas se repetiria outras três vezes em 1970, em março (com o cônsul-geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okushi), junho (o embaixador alemão Ehrenfried von Holleben) e dezembro (o embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher).

Filme indicado ao Oscar

Marcada por improvisos, como o aluguel de uma casa de grande porte poucos dias antes do rapto, sem que houvesse tempo de os vizinhos se acostumarem com a nova movimentação, ainda assim a operação alcançou seus objetivos. Em menos de 24 horas as forças policiais já sabiam onde o representante do governo americano estava sendo mantido, mas optaram por não colocar sua vida em risco. Estavam certos em adotar uma linha cautelosa. Como já declarou, em entrevista de 2014, um dos sequestradores, Cid Benjamin, que tinha 21 anos em 1969, “nós o teríamos matado se as exigências não fossem atendidas”.

O feito fez a fama dos 13 envolvidos e levou um deles, Fernando Gabeira, a escrever o livro “O Que é Isso, Companheiro”, adaptado para os cinemas em 1997, com Fernanda Torres em um dos principais papeis e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Mas, como analisa Gaspari, também deixou claro que a luta armada passava por dificuldades.

“A vitória dos sequestradores é um divisor na história do surto terrorista brasileiro. De um lado, marca o seu ápice. De outro, revela na sua própria finalidade os ingredientes do resgate que a corroía. Manobra ofensiva bem-sucedida em relação ao efeito externo, a ação foi concebida como instrumento de defesa, destinada a libertar militantes presos. A audácia dos sequestradores indicava o desassombro do grupo, mas a razão que os moveu estava ligada à luta por sobrevivência”.

De fato, alguns dos envolvidos com o rapto de Elbrick, como o próprio Gabeira, seriam posteriormente presos – e enviados ao exílio por ocasião dos sequestros realizados meses depois. A partir de 1972, o MR-8, assim como todos os demais grupos guerrilheiros, já tinha perdido o fator surpresa. Seus integrantes estavam mortos, presos ou exilados. Ao ressurgir, no final da década, já atuavam como um braço de apoio a Orestes Quércia. Hoje, seus líderes são apoiadores incondicionais do governo Lula – o jornal Hora do Povoo mesmo que publicou a ameaça contra Mainardi, segue produzindo textos favoráveis às pautas do Partido dos Trabalhadores (PT).

leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br

Post AnteriorDeputada apresenta projeto de lei em defesa da autocustódia de Bitcoin e criptomoedas
Próximo Post Confira seis opções para ‘fugir’ do Carnaval no Estado de SP
Tiago Cordeiro

Veja outras matérias!

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Ícone de Busca

Lula quer importar censura chinesa Noticias No BR

Ícone de Busca

Bets e a responsabilidade jurídica dos influenciadores Noticias No BR

Ícone de Busca

Senado aprova novas regras para licenciamento ambiental Noticias No BR

Ícone de Busca

Baptista Júnior compromete mais Bolsonaro que Freire Gomes Noticias No BR

Ícone de Busca

O que Janja fez para merecer a Ordem do Mérito Cultural? Noticias No BR

Ícone de Busca

Câmara aprova aumento de cargos e reajuste aos servidores Noticias No BR

Ícone de Busca

O custo da degradação da ética pública Noticias No BR

EM DESTAQUE
Constituição de 1934: Pilares Históricos

Constituição de 1934: Pilares Históricos

7 de março de 2025
STF pode gerar impacto financeiro de R$ 777 milhões com mudança no Marco Civil

STF pode gerar impacto financeiro de R$ 777 milhões com mudança no Marco Civil

2 de junho de 2025
Como a China utiliza a IA para censurar

Como a China utiliza a IA para censurar

18 de maio de 2025
Mercado Livre aciona Justiça contra bloqueios de plataformas piratas

Mercado Livre aciona Justiça contra bloqueios de plataformas piratas

3 de junho de 2025
Tenho um terreno? Saiba como ganhar dinheiro com ele

Tenho um terreno? Saiba como ganhar dinheiro com ele

2 de junho de 2025
NOVIDADES
Bolsonaro afirma que não falou com EUA sobre sanções a ministros

Bolsonaro afirma que não falou com EUA sobre sanções a ministros

6 de junho de 2025
Empate discreto na estreia de Ancelotti pela seleção brasileira

Empate discreto na estreia de Ancelotti pela seleção brasileira

6 de junho de 2025
Operação anticorrupção revela esquema milionário envolvendo juiz e políticos

Operação anticorrupção revela esquema milionário envolvendo juiz e políticos

6 de junho de 2025

Links rápidos

  • Sobre nós
  • Anuncie conosco
  • Quero ser um redator
  • Contato

Transparência

  • Informações de Propriedade e Financiamento
  • Política de Correções
  • Política de Diversidade
  • Política de Ética
  • Política de Feedback Acionável
  • Política de Princípios de Publicação
  • Política de privacidade
  • Relatório de Pessoal de Diversidade

Contatos

  • [email protected]
  • [email protected]
  • +55 (11)94720-6114
  • © 2024 NoticiasnoBR Todos os direitos reservados
  • Desenvolvido por Creativelabs Studio

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Digite Esc para sair.

Ad Blocker Habilitado!
Ad Blocker Habilitado!
Nosso site é possível exibindo anúncios online para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos desabilitando seu Ad Blocker.