A movimentação nas primeiras semanas da novidade legislatura da Câmara Municipal de Curitiba mostra que o prefeito Eduardo Pimentel (PSD) dificilmente encontrará resistência para passar projetos de interesse do Executivo, seguindo o mesmo cenário do predecessor dele no incumbência, Rafael Greca (PSD). Nos últimos quatro anos, o que o ex-prefeito enviou para a Moradia foi autenticado.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Esse ilustração era previsto desde os resultados das eleições municipais de 2024, quando 21 vereadores de partidos da coligação de Pimentel foram eleitos. Outras siglas de representatividade da centro-direita e da direita, apesar de não concorrerem ao lado do prefeito eleito, faziam secção da base de Greca. E do outro lado, a esquerda conseguiu seleccionar sete vereadores, sendo seis da coligação do portanto candidato Luciano Ducci (PSB).
A primeira mostra de força da base do prefeito foi a eleição da Mesa Diretora da Câmara logo no segundo dia do ano. Pelo regramento da proporcionalidade, os vereadores se dividiram em dois blocos. O maior deles, com 31 representantes, elegeu Tico Kuzma (PSD) presidente da Moradia para o biênio 2025-2026, e emplacou a 1ª e a 2ª vice-presidências e a 1ª, 2ª e 3ª secretarias. O conjunto menor, de esquerda, conseguiu unicamente a 4ª secretaria.
Logo que foi eleito presidente, Kuzma prometeu que respeitará “as diferenças de ideias e de opiniões” e que trabalhará “sempre em parceria” com a prefeitura de Curitiba, “mas respeitando a nossa autonomia [da Câmara Municipal]”. Já Pimentel falou que tem a expectativa de que os vereadores levem “ideias e críticas construtivas” ao Executivo e que a Câmara deve ter “liberdade para trabalhar, dentro do debate democrático.”
Para fazer a interlocução entre prefeitura e Câmara Municipal, o prefeito escolheu o vereador Serginho do Posto (PSD) porquê líder de governo na Moradia Legislativa — ele está no sexto procuração e já foi presidente entre 2017 e 2018 — tendo Jasson Goulart (Republicanos) porquê primeiro vice-líder e Rafaela Lupion (PSD) porquê segunda vice-líder. Essa costura foi feita junto com Marcelo Fachinello (Podemos), vereador reeleito e ex-presidente da Câmara Municipal que assumiu a secretaria de Governo Municipal na gestão de Pimentel.
Serginho do Posto disse, posteriormente a definição das lideranças, que “levará de forma responsável e de forma concreta” as mensagens do Executivo ao Legislativo em relação aos projetos que a prefeitura pretende subscrever. Ou por outra, discursou sobre transparência e saudação aos poderes, e acrescentou que o papel da Câmara é dar “consistência aos projetos que serão apresentados para a população de Curitiba”.
A reportagem da Publicação do Povo entrou em contato com os gabinetes de Tico Kuzma e Serginho do Posto para entrevistas, mas não houve retorno por secção dos vereadores.
Saída de PDT encolheu ainda mais o conjunto de oposição na Câmara de Curitiba
Se os partidos de centro-esquerda e esquerda somaram o totalidade de sete vereadores nas eleições municipais do ano pretérito, o tirocínio porquê conjunto de oposição na Câmara Municipal será ainda mais difícil. Isso porque o PDT decidiu pelo caminho da independência e não fará secção oficialmente da constituição contrária à maioria da Moradia — o partido elegeu os vereadores Marcos Vieira e Laís Leão .
O partido chegou a criar o conjunto logo no início deste ano para viabilizar a 4ª Secretaria da Mesa Diretora para Giorgia Prates (PT), mas em seguida anunciou que não continuaria na constituição. “Optamos por não ter amarras e votar independentemente de onde vem o projeto. Não queremos entrar na questão da ideologia. A polarização não traz benefícios para a cidade”, afirmou Vieira.
O PDT fez secção da placa do ex-candidato a prefeito Luciano Ducci com o deputado estadual Goura (PDT) porquê candidato a vice-prefeito. Na coligação ainda estavam o PSB de Ducci, o PT, o PCdoB e o PV. Goura, que é presidente estadual do PDT, afirmou nas redes sociais que a “postura independente dos vereadores Marcos Vieira e Laís Leão vai dar mais voz e força ao nosso partido em busca de soluções para a cidade.”
A postura de independência foi lamentada pelos outros partidos de esquerda na Câmara. A vereadora Camilla Gonda (PSB) vem liderando o grupo de oposição no início da legislatura e disse que a decisão do PDT “não foi uma surpresa”, mas que “isso nos deixa tristes porque temos uma composição já menor, o que dificulta para trabalhar as pautas em grupo”.
A bancada de oposição, que ainda tem Angelo Vanhoni (PT), Giorgia Prates (PT), Vanda de Assis (PT) e Professora Angela (Psol), sabe das dificuldades que terá para não unicamente barrar, mas até mesmo para debater com profundidade os projetos encaminhados pelo Executivo. Da mesma forma, sabe que será difícil emplacar projetos que estão na tarifa da esquerda.
“Esses projetos que serão encaminhados pela prefeitura devem ter um movimento semelhante ao que acontece no governo estadual”, destaca Camilla, referindo-se a projetos do governo Ratinho Junior (PSD) que são enviados para a Câmara Legislativa do Paraná (Alep) e andam em regime de urgência para serem rapidamente aprovados — foi assim com os projetos de privatização da Copel e da Celepar, por exemplo.
Apesar disso, a hoje líder da oposição na Câmara Municipal acredita que a renovação que ocorreu no pleito do ano pretérito — dos 38 vereadores eleitos, 20 não estavam na Moradia — pode aumentar o debate das pautas, mesmo as com origem no Executivo. “Temos a maior bancada feminina da história, uma grande renovação na Casa, então esperamos que esses outros parlamentares não fiquem presos às condições do prefeito”, completa Camilla.