Homiziado desde 5 de dezembro, o prefeito eleito de Choró (CE), Bebeto Queiroz (PSB), tentou destruir provas ao ser abordado por agentes da Polícia Federalista (PF) no início de outubro. Ele jogou seu celular em um espelho d’chuva de um prédio na Avenida Extremidade Mar, superfície superior de Fortaleza.
O aparelho, um iPhone Pro Max medido em murado de R$ 5,4 milénio, não sofreu danos, e a PF conseguiu recuperá-lo. O celular agora é peça-chave na investigação de um esquema criminoso que inclui compra de votos, meandro de verbas e ocultação de valores.
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Queiroz não compareceu à cerimônia de posse em Choró. O vice-prefeito eleito, Bruno Jucá Bandeira (PRD-CE), também não foi empossado. Quem está comandando o município interinamente é o vereador Paulo George Saraiva, divulgado porquê “Paulinho”, também do PSB.
Tentativa de ocultação de provas
O incidente ocorreu quando os agentes foram ao apartamento de Queiroz, por volta de 6 horas da manhã de outubro. Eles cumpriam um mandado de procura e consumição no contexto da Operação Mercato Clauso.
O político, no entanto, não estava em lar, mas na Avenida Extremidade Mar praticando atividade física. Quando os políticos identificaram o sege e o abordaram, ele decidiu destruir o celular.

O relatório da Força Integrada de Combate ao Delito Organizado (Ficco), feito a partir de uma investigação da Polícia Federalista, descreve todo o caso. Câmeras de segurança gravaram o lançadura do celular.
“No momento em que a equipe procedeu com a abordagem, Carlos Alberto, de maneira furtiva, lançou seu aparelho celular em direção ao espelho d’água do edifício ao lado (…) numa tentativa evidente de ocultar provas e dificultar o acesso a informações potencialmente comprometedores à investigação”, informaram os agentes policiais.
PF aponta ocultação de provas e compra de votos
O relatório detalha que o celular contém mensagens, áudios e comprovantes de transferências, que indicam a compra de escora político e votos. Segundo os investigadores, Bebeto liderava um esquema estruturado, com empresas em nome de laranjas e envio de recursos ilícitos para campanhas.


Em novembro, a PF prendeu um policial militar ligado ao político com R$ 599,4 milénio em espécie. A corporação acredita que Bebeto mantinha possante influência sobre o esquema e teria relação com a partido criminosa Guardiões do Estado (GDE).
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A investigação também envolve outros municípios e alcançou o deputado federalista Júnior Mano (PSB-CE), coligado de Bebeto. O caso do parlamentar está no Superior Tribunal Federalista (STF) devido ao mensalidade privilegiado. Mano negou as acusações e afirmou que provará sua inocência.
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O juiz Flávio Vinicius Bastos Sousa, responsável pelo mandado de prisão, classificou Bebeto porquê líder da organização criminosa e ressaltou que só sua prisão poderia prometer a ordem pública e evitar novos crimes.
O prefeito eleito segue fugido. No dia 3 de dezembro, publicou nota nas suas redes sociais negando as acusações:
“Sua defesa ainda analisará todo o contexto da investigação que lastreou a decisão judicial amplamente noticiada, com a finalidade de lançar luz sobre todos esses eventos, esclarecer para a sociedade a sua total absoluta isenção e inocência, além de continuar colaborando com as autoridades competentes para esclarecer todos os fatos.”