Nesta segunda-feira (20), celebra-se o Dia do Queijo. A Família Andrade da Cunha tem muito a comemorar: com o escora da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Vernáculo de Aprendizagem Rústico do Espírito Santo (Senar-ES), a família vê sua produção de leite e seu negócio de queijo crescer.
Foi na cidade de Ordinário Guandu, na propriedade onde o produtor rústico Ronaldo da Cunha foi criado, que a família tinha porquê objetivo aumentar o mancheia, para assim ter uma maior produção de leite. Mas foi por meio da ATeG que as dificuldades deram lugar para a evolução.
“De um tempo para cá, as coisas evoluíram, graças ao conhecimento da técnica que veio para ajudar. Se não fosse a gente estar engrenando nesse apoio, a gente não estaria onde estamos hoje”, afirma Cunha.
O Senar-ES está presente desde a ajuda no processo de certificação de construção das instalações da futura queijeira da família, no suporte de orientação de porquê conseguir os selos da secção de fundação, até os cursos EAD feitos pela filha de Ronaldo, Raiane.
“No início eu queria somente ajudar meu pai a aumentar a produção, ter mais bezerro, um pouco mais de leite… Mas com o passar do tempo a gente foi tendo outra visão. Como sempre tive vontade de ter um negócio próprio, voltamos nosso foco agora no aumento da produção de leite, para poder montar uma queijaria e futuramente um café colonial. E poder contar com o apoio do Senar, da assistência técnica de uma profissional como a Rosa Carla pra gente foi um divisor de águas”, ressalta a produtora.
A técnica de campo citada por Raiane, é quem dá o suporte na propriedade dos Andrade da Cunha. Além dos procedimentos gerenciais citados, Rosa Carla explica quais foram os processos técnicos realizados no lugar.
“Fizemos análise de solo, corrigimos com calcário, iniciamos as adubações e só com o aumento de produção de forragem, nós conseguimos mais do que dobrar a produção de leite com as mesmas vacas. É um ganho para a propriedade”, pontua.
Com o aumento na produção de leite, a família decidiu comercializar os queijos feitos pela matriarca da família. A partir dos ensinamentos da sogra, Maria passou a fazer queijos, especialidade que foi aprimorando, até chegar em uma receita própria que já faz sucesso. A filha é só elogios. “Minha mãe sempre foi muito inteligente, muito habilidosa. Tudo que ela faz é muito bom e muito aceito por todos. E foi assim com a receita que ela criou”, destaca.
Para além do gerencial, da técnica e do incremento dos negócios, a Família Andrade da Cunha ensina que o mais importante é fazer o que gosta, junto de quem mais importa.
“Poder participar do dia a dia da propriedade junto com meu pai, é o que tá no meu coração. É o que eu sempre quis. Poder estar junto com ele é o melhor momento pra mim. Não tem preço”.
Assistência Técnica e Gerencial
A ATeG acompanha o produtor individualmente durante dois anos. Com visitas mensais de quatro horas em cada propriedade, o serviço oferecido gratuitamente tem o foco na gestão, geração de renda e na melhoria de produção, fundamentado em cinco ações: Diagnóstico produtivo individualizado; Planejamento estratégico; Adequação tecnológica; Capacitação profissional complementar; e Avaliação sistemática de resultados.
A Assistência Técnica e Gerencial do Espírito Santo abrange atualmente a cafeicultura, bovinocultura de leite, bovinocultura de incisão, cacauicultura, fruticultura, pipericultura, piscicultura, apicultura, olericultura, ovinocultura e agroindústria, podendo se expandir para outras cadeias produtivas.
Para ter chegada aos serviços disponibilizados pelo Senar-ES, basta buscar o Sindicato Rústico do seu município.
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